quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Argumento falacioso.

No Diário Digital a 06/01/2010: "A ministra da Educação revelou hoje que 83 por cento dos professores foram classificados com Bom no último ano lectivo e que por isso os docentes com melhores notas devem ser distinguidos com uma progressão mais rápida na carreira.

Para Isabel Alçada, este número elevado de classificados com Bom explica-se com «a tradição da atribuição desta nota aos docentes por parte de quem avalia», acrescentando que «houve menos de 0,5 por cento de classificações com a nota regular ou insuficiente».

«Estes dados também explicam a nossa intenção de distinguir os professores que obtenham Muito Bom e Excelente com uma progressão mais rápida» na carreira, destacou a ministra, que falava aos jornalistas em Castelo Branco."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

------------------------
Comentário: Que raio de argumento mais... mais... Bem, é melhor cingir-me à classificação que utilizei acima para não ferir susceptibilidades. Mas o que é que era suposto acontecer? Um número superior de "Bons"ou um número inferior de colegas com esta classificação? Não consigo compreender o valor deste argumento. As percentagens de "Bom" só estariam correctas se fossem inferiores e os "Regulares" e "Insuficientes" muito superiores? Serão os avaliadores pouco competentes ou Alçada acredita que o número de professores "regulares" e "insuficientes" é largamente superior a 0,5%? Será que existe algum estudo encomendado nesse sentido? Talvez algum relatório do CCAP? Em resumo, este tipo de declarações roça a fase mais grotesca de Maria de Lurdes Rodrigues e estou a ser meiguinho.

Por favor, acabem com o sofrimento deste Ministério da Educação. É insuportável ver a metamorfose de pessoas que até aqui eram estimadas e respeitadas...
------------------------

4 comentários:

  1. Estou farta. Não acredito em nada nem em ninguém. De tão aberrante tem sido este percurso, este dizer de disparates que: eu só anseio por poder reformar-me. Ainda falta infelizmente.

    ResponderEliminar
  2. Cada vez mais me parece que, não tarda, estaremos próximos da situação britânica... Hão-de querer professores e não hão-de ter!!! Temos pena...

    PQP esta gente toda, mazé!!!... ;)

    ResponderEliminar
  3. Mas que coisa, qual a solução para parar com esta perseguição?
    Vamos ficar muito pior e o "povo" ainda vai aplaudir e enxovalhar-nos.

    ResponderEliminar
  4. Lembrei-me de um pequeno pormenor...

    Importa saber, efectivamente, quantos Bons é que não são... É que eu tive Muito Bom, mas como não aderi à palhaçada das aulas observadas, pois não reconheço competência ao "meu" avaliador, a classificação baixou para Bom!!!

    Quantos casos destes é que existem pelo país fora?! E quantos é que dos que se "candidataram" às classificações mais elevadas ficaram fora das "quotas"?!

    E quantos é que apenas tiveram Bom porque foi definido não diferenciar as classificações de ninguém em determinadas escolas?!

    E... Podia continuar aqui a escrever sem parar, mas todas estas questões não são para trazer para a comunicação social... Ou será que são?!...

    Pois... Mas sem stress, porque esta é apenas mais uma artimanha do nosso maravilhoso (des)governo para, depois de amanhã, nos atacar sem dó nem piedade...

    Como diria o meu avôzinho, pqp estes c@br... todos que atirados ao fundo dum poço é que iam bem!!! Perdia-se o poço, mas era por uma boa causa... eheheheh

    ResponderEliminar