No jornal i a 20/12/2009: "Está nas mãos dos professores e da escola acabar com os casos de indisciplina. Ambos são responsáveis por boa parte dos maus comportamentos que os alunos têm dentro da sala de aula. Esta é uma das principais conclusões do estudo "A Indisciplina em Sala de Aula: Uma Abordagem Comportamental e Cognitiva", do coordenador do Instituto Superior de Ciências Educativas (ver em . Luís Picado, especialista em psicologia da educação, defende no seu ensaio que muitos dos problemas têm por base a incapacidade da classe docente de encontrar novos modelos de convivência escolar: "Os professores são os responsáveis pelos problemas de indisciplina em sala de aula, mas não são os culpados por todas as situações de indisciplina em sala de aula. Pode parecer uma imagem demasiado forte, mas não me importo de a usar se isso contribuir para alertar para este fenómeno", esclarece o investigador e autor de vários estudos sobre psicologia escolar.(...)"
Ver Artigo Completo (i)
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Comentário: O que "falar" de um estudo destes?! Bem... Já o li (de forma algo transversal) e posso concluir que embora algumas conclusões e recomendações tenham alguma razão de ser, a base da "culpa da indisciplina" poderia estar na escola e nos professores se a legislação que nos rege não nos atasse completamente as mãos e os pés, em questões de indisciplina.
Para além disso, algumas das técnicas aconselhadas para resolver conflitos implicariam turmas substancialmente mais pequenas. Também me parece que ocorreu aqui mais um problema de desconhecimento da realidade (e não da teoria, pois nessa o autor do estudo deve saber bem mais que qualquer um de nós) que de conclusões falaciosas ou cegueira académica... Só para dar um exemplo da falência parcial deste estudo: Por vezes, os conflitos não surgem com apenas um único aluno, mas com vários em simultâneo e nesse caso, ignorar a situação, representar papéis ou enveredar por uma discussão em grupo (todas sugeridas pelo autor do estudo) não seriam técnicas minimamente viáveis... Mas isso sou eu que sou leigo em teorias da educação.
Para quem quiser ler o estudo, basta clicar aqui.
Para além disso, algumas das técnicas aconselhadas para resolver conflitos implicariam turmas substancialmente mais pequenas. Também me parece que ocorreu aqui mais um problema de desconhecimento da realidade (e não da teoria, pois nessa o autor do estudo deve saber bem mais que qualquer um de nós) que de conclusões falaciosas ou cegueira académica... Só para dar um exemplo da falência parcial deste estudo: Por vezes, os conflitos não surgem com apenas um único aluno, mas com vários em simultâneo e nesse caso, ignorar a situação, representar papéis ou enveredar por uma discussão em grupo (todas sugeridas pelo autor do estudo) não seriam técnicas minimamente viáveis... Mas isso sou eu que sou leigo em teorias da educação.
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Será mesmo da legislação? Haverá legislação que valha a quem se habituou a resolver os problemas mandando os miúdos para a rua?
ResponderEliminarCertamente que não deve ser professor. Caso contrário saberia que nenhum professor pode actualmente mandar miúdos para a rua.
ResponderEliminarSinceramente só mesmo uma pessoa que não está dentro do sistema, para dizer uma barbaridade destas.
ResponderEliminarGostava muito de ver esse senhor dentro de uma sala de aula, com os recursos que o ministério disponibiliza.
PS.:s
Pessoal, estou nesnte momento numa reuniao de avaliação. Ouço os meus colegas ler os relatorios de avaliação das suas turmas...é sistematico o "compostamento insatisfatorio" e "indisciplina da sala de aula"...e nós o que podemos fazer? Nada, absolutamente nada... nao temos hipotese...
ResponderEliminarCada vez temos mais teóricos a opinar sobre aquilo que não compreendem na totalidade... E pior, conseguem argumentar com base em estudos que estão longe de representar a realidade das nossas escolas.
ResponderEliminarLeiam o estudo e vejam lá se as estratégias sugeridas são passíveis de ser implementadas em turmas com as dimensões das nossas! É quase impossível.