domingo, 18 de maio de 2008

Manifestações de 17 de Maio.

No Diário de Notícias de 18/05/2008: "Pouco mais de 200 professores concentraram-se ontem no Porto para uma manifestação contra políticas da ministra da Educação. A concentração ficou, aliás, aquém das expectativas. A mesma fraca adesão ocorreu nas manifestações de Coimbra, Lisboa e Évora. "Os professores têm a garantia de que os sindicatos não vão ceder e de que o protocolo assinado com o Ministério salvaguardou as questões essenciais", justificou o líder da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva. A pouca participação também tem a ver, segundo o sindicalista, como facto de "muitos professores estarem a trabalhar, a corrigir provas".

No entanto, o sindicalista frisou que "a manifestação pretende dizer que o protocolo de entendimento assinado a 17 de Abril não significa que os professores estão resignados", frisando a necessidade de negociar com o Governo "matérias relevantes" que não foram contempladas no protocolo. "Não desistimos de defender a dignidade que nos tentaram roubar, contribuindo para que seja devolvido às escolas o respeito que, por acção do Ministério e do Governo, se deteriorou". (...) "

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No Jornal de Notícias de 18/05/2008: "(...)Dirigentes sindicais presentes na Praça D. João I comentavam que à reduzida participação não será estranho o facto de os professores estarem sobrecarregados com a elaboração e correcção de testes de avaliação de final de período. Mário Nogueira, da Fenprof, tinha outra explicação que "os professores estarem aliviados do que mais os preocupava, a avaliação, fez com que não estivesse tanta gente presente".
(...)
Abel Macedo recordou que a luta prosseguirá em Setembro, já que, agora, se aproxima o período de avaliações finais. Entretanto, instigou os professores a recusarem integrar os conselhos gerais transitórios, no âmbito da nova gestão escolar. "O modelo de gestão só se derrota se aqueles conselhos não forem constituídos", sublinhou.

Mário Nogueira sublinhou que a luta dos professores "não é só por questões corporativas, mas também pelos problemas da escola pública, que está a ser ameaçada", pedindo aos professores que mantenham a luta, "que à medida que as eleições se aproximam será maior". As manifestações regionais realizaram-se ainda em Lisboa, Évora e Faro."

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No Público de 17/05/2008: "(...)O dirigente sindical comentava a fraca adesão registada na manifestação convocada pela Plataforma Sindical dos Professores para protestar contra o modelo de avaliação de desempenho e o novo regime de autonomia, gestão e administração das escolas.
(...)
Os professores aprovaram uma moção em que se defende "a dignificação da profissão docente" e se exige a "melhoria das condições de trabalho nas escolas"."

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No Público de 17/05/2008: "(...)Mário Nogueira, também porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, frisou que os docentes se mantêm "mobilizados e coesos" na defesa de uma escola pública de qualidade e a que a luta vai intensificar-se no próximo ano lectivo, depois de um período de "tréguas" resultante do entendimento com o ME para resolver "questões imediatas".
(...)
Um docente com mais de 30 anos de serviço, que pediu o anonimato, disse que "é visível uma certa desmobilização dos professores na sequência do memorando de entendimento assinado com o ME". "É visível uma certa decepção, pois o entendimento com a tutela surgiu quando já não era possível ao ME aplicar as regras este ano e teria de recuar", frisou o professor, actualmente a leccionar na Escola Secundária da Lousã. Segundo o docente, "este sistema de avaliação veio destruir as relações de trabalho dentro da escola".(...)"

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Comentário: São várias as notícias (coloquei aqui, apenas algumas das que podemos ler e ver na comunicação social) referentes às manifestações de ontem. Em todas elas é visível a desmobilização dos professores... Não sei se os motivos desta desmobilização são a discordância com o entendimento da Plataforma Sindical com o ME e/ou a falta de objectivos concretos para esta manifestação e/ou ainda a possibilidade de mudança no próximo ano lectivo. O que é certo é que algo está a provocar a desmobilização.

Também é claro o incómodo
dos dirigentes sindicais com a falta de docentes, nas últimas manifestações, mas continuam a argumentar com justificações que sabem não ser as reais. Não existe de todo, a resignação, mas sim uma eventual decepção... Decepção essa, que se não "trabalhada" pelos sindicatos, irá levar ao fracasso, qualquer futura iniciativa. Mesmo as iniciativas que sejam organizadas a partir de Setembro.
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