No "Sol" de 22/04/2008: "O coordenador da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) garantiu hoje que a luta dos professores «não vai acabar enquanto este Governo continuar a destruir a escola pública», apesar do memorando de entendimento assinado com o Ministério da Educação.
(...)
Mário Nogueira rejeitou que o memorando de entendimento assinado com o Ministério tenha provocado brechas ou «quebras de solidariedade» na união entre os professores, admitindo que tenha existido alguma «confusão» sobre o acordo alcançado.
«Neste momento, há muita falta de informação. Acho que aquele memorando de entendimento originou alguma confusão nas escolas mas, à medida que vão decorrendo as iniciativas de esclarecimento, os colegas que se mostravam contra mudam de opinião, porque desconheciam o texto», afirmou.
(...)
«O que vamos continuar a ter é um conjunto de professores que, com uma plataforma sindical activa e unida, vai continuar a combater estas políticas educativas e continuar a exigir uma educação e escola pública com qualidade e uma profissão de professor estável, dignificada e valorizada», frisou o dirigente sindical.
No próximo ano lectivo, acrescentou, os professores vão voltar «a fazer muita pressão sobre este Governo, porque há malfeitorias que foram feitas ao longo de três anos e algumas delas têm ainda de ser desfeitas antes de terminar legislatura».
José Ricardo, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, lamentou que «se tivesse aproveitado o memorando para dividir os professores», salientando que o acordo foi conseguido com «base nas nossas exigências». (...)"
Ver Artigo Completo (Sol)
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Mário Nogueira rejeitou que o memorando de entendimento assinado com o Ministério tenha provocado brechas ou «quebras de solidariedade» na união entre os professores, admitindo que tenha existido alguma «confusão» sobre o acordo alcançado.
«Neste momento, há muita falta de informação. Acho que aquele memorando de entendimento originou alguma confusão nas escolas mas, à medida que vão decorrendo as iniciativas de esclarecimento, os colegas que se mostravam contra mudam de opinião, porque desconheciam o texto», afirmou.
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«O que vamos continuar a ter é um conjunto de professores que, com uma plataforma sindical activa e unida, vai continuar a combater estas políticas educativas e continuar a exigir uma educação e escola pública com qualidade e uma profissão de professor estável, dignificada e valorizada», frisou o dirigente sindical.
No próximo ano lectivo, acrescentou, os professores vão voltar «a fazer muita pressão sobre este Governo, porque há malfeitorias que foram feitas ao longo de três anos e algumas delas têm ainda de ser desfeitas antes de terminar legislatura».
José Ricardo, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, lamentou que «se tivesse aproveitado o memorando para dividir os professores», salientando que o acordo foi conseguido com «base nas nossas exigências». (...)"
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Comentário: Não nutro pelos sindicatos qualquer tipo de "ódio visceral" (já visitei blogs em que esse sentimento "salta à vista"), mas há que reconhecer que a assinatura do entendimento provocou roturas (para não utilizar o termo rombo) e fez retornar a "eterna" desunião (que há muito abunda na nossa "classe" profissional). E basta comparar os números das últimas manifestações com as de Fevereiro. Se nestas últimas os números rondavam (quase sempre) os milhares, agora são na ordem das centenas. A redução é clara e preocupante...
Não concordo em pleno, com as declarações de Mário Nogueira quando afirma que «os colegas que se mostravam contra mudam de opinião, porque desconheciam o texto». Conheço alguns colegas, que conheciam plenamente o memorando de entendimento, e discordavam com a assinatura. Aliás, eu li-o atentamente e também não concordei com a sua assinatura (as razões já as enumerei num post anterior). No início, foi bastante difícil (principalmente porque achei o Dia D uma "fantochada") e pensei por diversas vezes em desistir da "luta". No entanto, uma vez que o tal acordo (ou entendimento, como quiserem) foi assinado, optei por não desistir de uma luta, que no final é de todos nós. Há que compreender que os maiores prejudicados com a desmobilização seremos nós. Não se esqueçam disso...
Embora não seja estratega profissional (nem sequer amador!), creio que os sindicatos não estão a saber agir no plano da mobilização. Não basta afirmar na imprensa que os professores vão voltar «a fazer muita pressão sobre este Governo». Não estamos no anúncio do BES (com o Cristiano Ronaldo) em que basta desejar e já está! É preciso mobilizar e neste momento existem muitos colegas que se sentem (de certa forma) atraiçoados pela Plataforma Sindical e acabam por ficar em "casa". Uma estratégia baseada na negação das evidências, não é certamente a melhor estratégia!
Não concordo em pleno, com as declarações de Mário Nogueira quando afirma que «os colegas que se mostravam contra mudam de opinião, porque desconheciam o texto». Conheço alguns colegas, que conheciam plenamente o memorando de entendimento, e discordavam com a assinatura. Aliás, eu li-o atentamente e também não concordei com a sua assinatura (as razões já as enumerei num post anterior). No início, foi bastante difícil (principalmente porque achei o Dia D uma "fantochada") e pensei por diversas vezes em desistir da "luta". No entanto, uma vez que o tal acordo (ou entendimento, como quiserem) foi assinado, optei por não desistir de uma luta, que no final é de todos nós. Há que compreender que os maiores prejudicados com a desmobilização seremos nós. Não se esqueçam disso...
Embora não seja estratega profissional (nem sequer amador!), creio que os sindicatos não estão a saber agir no plano da mobilização. Não basta afirmar na imprensa que os professores vão voltar «a fazer muita pressão sobre este Governo». Não estamos no anúncio do BES (com o Cristiano Ronaldo) em que basta desejar e já está! É preciso mobilizar e neste momento existem muitos colegas que se sentem (de certa forma) atraiçoados pela Plataforma Sindical e acabam por ficar em "casa". Uma estratégia baseada na negação das evidências, não é certamente a melhor estratégia!
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Concordo inteiramente com o teu comentário. Eu fui à manif em Viseu, mas tal como eu, havia muitos que lá estavam descontentes com o memorando. E a maioria, nem sequer foi! Isto não augura nada de bom, até porque a luta apenas agora começou, visto que, apesar do que os sindicatos dizem, nada mudou, e pouco se conseguiu. Se desmobilizarem agora, então, toda esta mobilização histórica, será deitada ao lixo!
ResponderEliminarExactamente... Mesmo descontentes com a assinatura do entendimento, não podemos (nem devemos) deixar de aderir às iniciativas.
ResponderEliminarAs "birras" podem ter consequências devastadoras no futuro. Não concordei com a assinatura do entendimento (aliás, acabei por fazer um pouco de campanha contra o mesmo), no entanto, e como já referi temos de olhar para as consequências da falta de mobilização.