No Diário de Notícias de 17/04/2008: "(...) "Nós não vamos assinar nenhum acordo", reafirmou Mário Nogueira. Para haver um acordo, frisou, o governo teria de ter revisto a sua política na área da educação, revogando o Estatuto da Carreira Docente, eliminando as duas classes profissionais, extinguindo a prova de ingressão na carreira e alterando uma série de outras medidas com as quais os sindicatos discordam. O que há, explicou mais uma vez, é um entendimento que tem como objectivo "salvar o terceiro período", com "ganhos para os professores e para a educação". "Nós podíamos continuar a gritar suspenda-se a avaliação, suspenda-se, e à nossa volta todas as escolas estariam a aplicar o modelo de avaliação porque não teriam alternativa". A assinatura, por outro lado, "em nada altera as divergências de fundo" com a política do governo, em especial no que toca ao modelo de avaliação que considerou "injusto, burocrático, incoerente e desadequado".
Mário Nogueira reconhece que este entendimento "não resolve os problemas, mantém a luta dos professores" e permite aos sindicatos "ganhar tempo" para apresentarem propostas alternativas. Já em Maio, os sindicatos vão avançar com as reuniões e plenários agendados em algumas escolas para preparar a "estratégia de acção e de luta" para o ano lectivo 2008/09. Além disso, lembrou, no próximo ano, com a proximidade das eleições legislativas, é provável que o governo se mostre mais aberto a negociações, ao contrário do que tem acontecido."
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
Mário Nogueira reconhece que este entendimento "não resolve os problemas, mantém a luta dos professores" e permite aos sindicatos "ganhar tempo" para apresentarem propostas alternativas. Já em Maio, os sindicatos vão avançar com as reuniões e plenários agendados em algumas escolas para preparar a "estratégia de acção e de luta" para o ano lectivo 2008/09. Além disso, lembrou, no próximo ano, com a proximidade das eleições legislativas, é provável que o governo se mostre mais aberto a negociações, ao contrário do que tem acontecido."
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Comentário: Qual a diferença entre acordo e entendimento? Embora existam vários significados para este último, um deles é acordo, como se pode ver na listagem retirada do dicionário online da Porto Editora.
Entendimento: 1. capacidade de pensar e compreender; inteligência; razão; 2. conhecimento ou domínio de determinada matéria; 3. opinião; 4. interpretação; compreensão; 5. acordo; combinação; 6. FILOSOFIA (Kant) faculdade de ajuizar, ou seja, coordenar, por meio de categorias, os dados da experiência em sistemas coerentes;
Na realidade vai ser assinado um acordo temporário, mas que não deixa de ser um acordo! Não compreendo a reviravolta nas declarações de Mário Nogueira, que agora afirma que "nós podíamos continuar a gritar suspenda-se a avaliação, suspenda-se, e à nossa volta todas as escolas estariam a aplicar o modelo de avaliação porque não teriam alternativa". Então agora já não existe alternativa? Com declarações assim é complicado conseguir mobilizar os docentes... Se não existe alternativa (até porque o modelo já está legislado e em algumas escolas em franca evolução) para quê lutar? Ou será que a partir de Setembro já vai valer a pena lutar? Quem é que decide se vale a pena ou não "gritar"? E o timing da indignação, quem é que o estabelece?
Na minha opinião, deveria existir um maior cuidado nas declarações que são feitas para os meios de comunicação...
Compreendo em parte a razão pela qual este memorando será assinado, no entanto, sei também que ele é causador de graves fracturas no seio da nossa recente união. Eu próprio poderei estar a contribuir para essa clivagem (aliás, tenho quase a certeza disso), mas não me peçam para calar a indignação porque ela está cá "dentro". Não digo que não adira em futuras iniciativas propostas pelos sindicatos, mas permitam-me um tempo de reflexão (maior do que aquele que foi concedido pelo dia D) e não se esvaiam em justificações que acabam por esvaziar muito do que foi feito pelos professores (sindicatos incluídos, obviamente).
Entendimento: 1. capacidade de pensar e compreender; inteligência; razão; 2. conhecimento ou domínio de determinada matéria; 3. opinião; 4. interpretação; compreensão; 5. acordo; combinação; 6. FILOSOFIA (Kant) faculdade de ajuizar, ou seja, coordenar, por meio de categorias, os dados da experiência em sistemas coerentes;
Na realidade vai ser assinado um acordo temporário, mas que não deixa de ser um acordo! Não compreendo a reviravolta nas declarações de Mário Nogueira, que agora afirma que "nós podíamos continuar a gritar suspenda-se a avaliação, suspenda-se, e à nossa volta todas as escolas estariam a aplicar o modelo de avaliação porque não teriam alternativa". Então agora já não existe alternativa? Com declarações assim é complicado conseguir mobilizar os docentes... Se não existe alternativa (até porque o modelo já está legislado e em algumas escolas em franca evolução) para quê lutar? Ou será que a partir de Setembro já vai valer a pena lutar? Quem é que decide se vale a pena ou não "gritar"? E o timing da indignação, quem é que o estabelece?
Na minha opinião, deveria existir um maior cuidado nas declarações que são feitas para os meios de comunicação...
Compreendo em parte a razão pela qual este memorando será assinado, no entanto, sei também que ele é causador de graves fracturas no seio da nossa recente união. Eu próprio poderei estar a contribuir para essa clivagem (aliás, tenho quase a certeza disso), mas não me peçam para calar a indignação porque ela está cá "dentro". Não digo que não adira em futuras iniciativas propostas pelos sindicatos, mas permitam-me um tempo de reflexão (maior do que aquele que foi concedido pelo dia D) e não se esvaiam em justificações que acabam por esvaziar muito do que foi feito pelos professores (sindicatos incluídos, obviamente).
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O que há, explicou mais uma vez, é um entendimento que tem como objectivo "salvar o terceiro período", com "ganhos para os professores e para a educação". "Nós podíamos continuar a gritar suspenda-se a avaliação, suspenda-se, e à nossa volta todas as escolas estariam a aplicar o modelo de avaliação porque não teriam alternativa".
ResponderEliminarQual a parte que não se entende?
Por muito que seja confuso, eu acho que ele até é claro...pk a avaliação caso não se lembrem estava a ir em frente.
A questão que se coloca é:
- Como é que vamos LUTAR para o ano.
Pois eles não desistem tão facilmente.