No Correio da Manhã de 06/10/2007: "Os professores contestam a contratação de docentes a quatro euros à hora. A denúncia parte do secretário-geral da CGTP/IN, Carvalho da Silva, numa alusão aos contratos de professores de Inglês por empresas privadas para aulas extracurriculares. “Isto é um escândalo e uma aberração para o ensino”, disse Carvalho da Silva, ontem, no Coliseu de Lisboa, local escolhido pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para assinalar o Dia Mundial do Professor.
Na iniciativa que contou com cerca de dois mil professores, Carvalho da Silva teceu duras críticas ao primeiro-ministro José Sócrates que pouco antes afirmara, nas celebrações do 5 de Outubro: “O Governo não ataca os professores, ataca os problemas da Educação e é preciso que não se confundam professores com sindicatos”. Carvalho da Silva afirmou então que “os sindicatos têm um papel tão digno e de tanto valor em democracia como qualquer outra organização”. Acrescentando ser lamentável que “o primeiro-ministro exprima ódio para com os sindicatos”.
Pedindo a demissão da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, o dirigente sindical classificou o seu Ministério como “um desastre” ou “reunião de capatazes que funciona a chicote”.
MEDO NAS ESCOLAS
Por sua vez, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse existir um clima de medo nas escolas que conduz ao cansaço físico e psicológico, no que foi de imediato aplaudido. “Há o medo de denunciar o que está mal – sim, o medo que hoje se faz sentir nas escolas”, avançou. Mário Nogueira recordou então que o Ministério da Educação tentou separar os professores nas reuniões. “Tentaram impedi-los de participar em reuniões sindicais fora das suas escolas, mas o tribunal suspendeu o despacho”.
A estrutura sindical entende que a situação profissional “é extremamente preocupante”, sublinhado o desemprego, a precariedade que atinge 13 mil contratados a prazo e a instabilidade. Sindicatos contestam também o Estatuto da Carreira Docente, em vigor desde Janeiro, estando em curso negociações, entre sindicatos e Ministério, sobre a sua regulamentação.
NOTAS
Com base numa avaliação do sindicato dos inspectores, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse serem necessários três anos para se organizar as entrevistas individuais a 150 mil professores visando a sua avaliação. Mário Nogueira considera assim impossível aplicar o regime num espaço de 30 dias, como defende o ministério.
O desemprego, que atinge 35 mil professores, surge como o factor de maior instabilidade para a carreira. Essa foi a opinião da educadora de infância de Beja, Olinda Soeiro. Maria Moreira, de Évora, ao fim de 24 anos de carreira entende que os professores hoje têm de se desdobrar por várias funções.
(...)
ENSINO EM DEBATE
20 MIL HÁ UM ANO
A 5 de Outubro do ano passado, os 14 sindicatos do sector organizaram o maior protesto de sempre de docentes, numa marcha na Avenida da Liberdade, em Lisboa, que reuniu mais de 20 mil professores em protesto contra a revisão do Estatudo da Carreira Docente.
FNE REUNIU A NORTE
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação organizou quinta-feira um seminário com parceiros internacionais, na Póvoa do Lanhoso, sob o lema ‘Melhores condições de trabalho para os docentes portugueses’.
MANIFESTAÇÃO DIA 18
Os professores regressam à rua no dia 18 para participar numa manifestação em Lisboa contra a degradação dos salários reais dos trabalhadores da Administração Pública."
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
Na iniciativa que contou com cerca de dois mil professores, Carvalho da Silva teceu duras críticas ao primeiro-ministro José Sócrates que pouco antes afirmara, nas celebrações do 5 de Outubro: “O Governo não ataca os professores, ataca os problemas da Educação e é preciso que não se confundam professores com sindicatos”. Carvalho da Silva afirmou então que “os sindicatos têm um papel tão digno e de tanto valor em democracia como qualquer outra organização”. Acrescentando ser lamentável que “o primeiro-ministro exprima ódio para com os sindicatos”.
Pedindo a demissão da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, o dirigente sindical classificou o seu Ministério como “um desastre” ou “reunião de capatazes que funciona a chicote”.
MEDO NAS ESCOLAS
Por sua vez, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse existir um clima de medo nas escolas que conduz ao cansaço físico e psicológico, no que foi de imediato aplaudido. “Há o medo de denunciar o que está mal – sim, o medo que hoje se faz sentir nas escolas”, avançou. Mário Nogueira recordou então que o Ministério da Educação tentou separar os professores nas reuniões. “Tentaram impedi-los de participar em reuniões sindicais fora das suas escolas, mas o tribunal suspendeu o despacho”.
A estrutura sindical entende que a situação profissional “é extremamente preocupante”, sublinhado o desemprego, a precariedade que atinge 13 mil contratados a prazo e a instabilidade. Sindicatos contestam também o Estatuto da Carreira Docente, em vigor desde Janeiro, estando em curso negociações, entre sindicatos e Ministério, sobre a sua regulamentação.
NOTAS
Com base numa avaliação do sindicato dos inspectores, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse serem necessários três anos para se organizar as entrevistas individuais a 150 mil professores visando a sua avaliação. Mário Nogueira considera assim impossível aplicar o regime num espaço de 30 dias, como defende o ministério.
O desemprego, que atinge 35 mil professores, surge como o factor de maior instabilidade para a carreira. Essa foi a opinião da educadora de infância de Beja, Olinda Soeiro. Maria Moreira, de Évora, ao fim de 24 anos de carreira entende que os professores hoje têm de se desdobrar por várias funções.
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ENSINO EM DEBATE
20 MIL HÁ UM ANO
A 5 de Outubro do ano passado, os 14 sindicatos do sector organizaram o maior protesto de sempre de docentes, numa marcha na Avenida da Liberdade, em Lisboa, que reuniu mais de 20 mil professores em protesto contra a revisão do Estatudo da Carreira Docente.
FNE REUNIU A NORTE
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação organizou quinta-feira um seminário com parceiros internacionais, na Póvoa do Lanhoso, sob o lema ‘Melhores condições de trabalho para os docentes portugueses’.
MANIFESTAÇÃO DIA 18
Os professores regressam à rua no dia 18 para participar numa manifestação em Lisboa contra a degradação dos salários reais dos trabalhadores da Administração Pública."
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