No Correio da Manhã (Artigo de Opinião) de 18/03/2007: "Hoje toda a gente tem telemóvel, incluindo os miúdos de escola. É um sinal dos tempos, um avanço da nossa sociedade mais ou menos consumista, porque se trata de um equipamento que pode ser muito útil. Mas que também pode causar muitos problemas, pequenos e grandes.
Em Itália, o governo está a tentar fazer uma lei que proíba o uso do telemóvel pelos alunos durante o tempo escolar. Que os miúdos do liceu ou da escola primária sejam proibidos de utilizar os telemóveis nas aulas parece-me uma medida evidente. Que tenha de ser o governo a fazer uma lei, já me parece menos.
Não creio que em Portugal haja nenhuma lei dessas. E em muitas salas de aula – basta ouvir os professores – os telemóveis são uma verdadeira praga, porque os alunos nem educados são para desligarem o toque sonoro. Esta nova "tele-escola" é um efeito das teorias de ensino centradas no aluno e não no estudo. Facto é que os conselhos directivos deviam ter poder suficiente para impedir estes abusos. Esse é um dos poderes que mais falta hoje, porque a figura do reitor é associada ao regime fascista e não se inventou outra figura que represente uma autoridade democrática. E como é difícil mandar numa escola em que não há filtros e toda a gente entra e tem direito a lá andar, mesmo que não estude.
É fácil ver que as escolas que funcionam são aquelas em que há quem mande porque encontraram alguém que se adaptou a essa função e não tem medo que lhe chamem nomes. Se não resolvermos esse problema de autoridade primária, não resolveremos nenhum dos outros."
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
Em Itália, o governo está a tentar fazer uma lei que proíba o uso do telemóvel pelos alunos durante o tempo escolar. Que os miúdos do liceu ou da escola primária sejam proibidos de utilizar os telemóveis nas aulas parece-me uma medida evidente. Que tenha de ser o governo a fazer uma lei, já me parece menos.
Não creio que em Portugal haja nenhuma lei dessas. E em muitas salas de aula – basta ouvir os professores – os telemóveis são uma verdadeira praga, porque os alunos nem educados são para desligarem o toque sonoro. Esta nova "tele-escola" é um efeito das teorias de ensino centradas no aluno e não no estudo. Facto é que os conselhos directivos deviam ter poder suficiente para impedir estes abusos. Esse é um dos poderes que mais falta hoje, porque a figura do reitor é associada ao regime fascista e não se inventou outra figura que represente uma autoridade democrática. E como é difícil mandar numa escola em que não há filtros e toda a gente entra e tem direito a lá andar, mesmo que não estude.
É fácil ver que as escolas que funcionam são aquelas em que há quem mande porque encontraram alguém que se adaptou a essa função e não tem medo que lhe chamem nomes. Se não resolvermos esse problema de autoridade primária, não resolveremos nenhum dos outros."
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