Comentário: Inacreditável, mas cada vez mais provável. O apoio prestado pelos professor poderá enveredar por 4 modalidades: "em directo", via chat ou Messenger, ou "em diferido", através de email. Poderia fazer imensos comentários a esta notícia, no entanto, restrinjo-me a dois: 1) É ilegal pois obrigaria a uma redução na componente lectiva (ou ao pagamento de horas extraordinárias - só um «tolo» permitiria este tipo de situação; 2) É praticamente impossível de implementar sem correr o risco de descurar a preparação das aulas e outros elementos do trabalho individual.
Por acaso, quando vi a noticia no sapo
ResponderEliminarveio-me logo à cabeça a imagem que colocaste hehe coitados dos colegas Vianenses ...
:P
Os colegas vianenses não deveriam permitir tal «atrocidade»... A educação em Portugal já bateu no fundo. É uma tristeza.
ResponderEliminarSó me dá vontade de rir....
ResponderEliminarOs colegas de Viana que me desculpem, mas quem anda a "nanar" não são os alunos , são os professores que aprovaram isto.
Por favor, acordem!!!
Ana
"Algum professor desta escola que possa dizer mais alguma coisa? Como surgiu esta “ideia gira”, qual é a posição do corpo docente acerca disto,..."
ResponderEliminarPor acaso o idiota de serviço fui eu. A ideia foi apresentada por mim a um grupo de professores que constituem a equipa de promoção das TIC.
Estranho a agitação! mas não será sempre assim na nossa classe! temos as nossas ideias e não conseguimos ouvir o que nos é apresentado?
Vejam lá se me seguem neste raciocínio.
Eu sou professor de informática da ESM desde 2000 e desde sempre que tenho procurado reforçar a minha disciplina com actividades suportadas na web. No início desenvolvia sites dinâmicos em linguagens de programação para a web que me permitiam estender a minha tarefa de ensinar.
Quando conheci o moodle passei a usa-lo na minha actividade de forma permanente e procurei encontrar outros colegas que quisessem experimentar e me ajudassem a avaliar os resultados obtidos. No início éramos 5 e esse número foi crescendo na escola e ao que parece no país (procurem referencias ao caldasmoodle).
Durante muitos anos fui também o coordenador TIC da escola e trabalhei sempre na promoção das TIC.
Outro aspecto que deve ser também considerado prende-se com os estudos sobre estilos de aprendizagem e formas de ensinar (procurem referências a Felder).
Como já foi dito no blog por um colega da escola (Vitorino) a ESM tem um Centro de Recursos que dispõe de apoio tutorial e que funciona com uma bolsa de mais de 400 horas de CPL que resulta de uma ou duas horas que cada docente é obrigado a dar à escola fruto da adopção dos blocos de 90 min. (procurem também mais sobre o assunto).
Penso que já todos foram estudantes e tiveram dúvidas de ultimo minuto, e espero que todos já tenham de casa pelo telefone, ou mail ou o quer seja, tenham tirado uma dúvida qualquer a um aluno (não temam a proximidade..., naturalmente com regras para esse atendimento!)
Finalmente a cereja em cima do bolo, a famosa Gripe A e o seu plano de contingência (essa devem ter muitas referências..)
Assim o idiota de serviço lembrou-se de experimentar um serviço com algumas horas da bolsa, em horário em que os alunos não tinham aulas mas que havia profs com serviço, que obviamente é marcado por eles no seu horário de forma livre. Essa experiência é realizada com um grupo pequeno de gente que está motivada e interessada nisso, sem dedinho de director. Se a coisa funcionar e houver muitos alunos interessados o sinal não é mau, o sinal é que ainda temos gente interessada em aprender. E também nos pode servir para um cenário de quarentena nas escolas.
Espero ter ajudado a acalmar os mais nervosos e a clarificar o que se pretende e com que extensão se fará!
Eu por mim vou procurar ter sempre vontade de experimentar mas posso viver também com os que não o querem fazer!
alf@esmoserrate.org
Depois do esclarecimento anterior de colega da Escola Secundária de Monserrate, alguns reforços e aditamentos, por parte de professor (mero "executante", não titular nem detentor de qualquer cargo de chefia) da escola visada, que não integra o grupo de "escravos" por razão adiante exposta:
ResponderEliminar1. O apoio em questão foi proposto aos docentes da escola, por equipa responsável pelas TIC.
2. A adesão é voluntária.
3. O apoio é registado e contabilizado nas horas de CPL (compensação da prática lectiva) ou na componente não lectiva de trabalho do professor no estabelecimento de ensino.
4. Tal apoio também poderá ser prestado a partir dos computadores e da rede Internet da escola.
5. Em casa, tenho computador e ligação à Internet - ainda há algum professor que não tenha?! Ou que não os utilize para trabalho?! Vá lá!...
6. Entendi aquela proposta como uma oportunidade de diversificar estratégias e de tentar fazer mais e melhor, como colectivo (e humanos) que somos.
7. Não entendi, não espero nem desejo que o objectivo seja o "brilharete" a pensar na avaliação individual, que esmagadoramente recusámos no ano lectivo anterior, nos moldes que quiseram impor-nos.
8. Já utilizo a plataforma Moodle há alguns anos, como instrumento complementar, o mesmo acontecendo com a maioria dos professores da escola, para o que fomos tendo diversas oportunidades formativas.
9. A Escola Secundária de Monserrate tem ensino nocturno, recorrente e RVCC, terminando as actividades lectivas pelas 23.20 horas. Alguém acha ilegal - ou que os professores deverão recusar - a "escravidão" de sair do aconchego do lar para ir trabalhar à noite?
10. Nas minhas horas de CPL presto apoio a alunos em horário diurno - e só não integro a equipa de "web explicadores nocturnos" porque... tenho turmas nocturnas e acabo por vezes as minhas aulas às 23.20!
11. Quase a terminar: a Escola Secundária de Monserrate elegeu (mesmo!) o actual Director. Está na legislação... e também no espírito e na acção organizativa de uma comunidade docente (e educativa) pensante, combativa, inconformada com todos os tipos de escravidão.
12. Agora, sim, a terminar. Sobre tantos e tantos comentários anteriores, algumas observações finais: diverti-me com alguns - delirantes e "nonsense". Muitos sugerem-me, tristemente, que o velhinho "vemos, ouvimos e lemos" (saudoso Francisco Fanhais!) não se nos aplica, a nós professsores, que temos formação académica para não "engolir" qualquer notícia bacoca, para não cair no mais puro senso comum. E depois o anonimato abjecto, que rejeitamos nos outros, designadamente nos alunos, e que eu acho não podermos praticar!