No Correio da Manhã - Artigo de Opinião de Emídio Rangel - de 08/03/2008: "Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações.
Eles aí estão ‘em estágio’. Faz-me lembrar os hooligans quando há uma disputa futebolística em causa. Chegaram pela manhã em autocarros vindos de todo o País, alugados pelo Partido Comunista. Vestem de preto e gritam desalmadamente. Como diz um tal Mário Sequeira, em tom de locutor de circo, “à maior, à mais completa, à mais ruidosa manifestação de sempre que o País viu”.
Eu nunca tinha apreciado professores travestidos de operários da Lisnave, como aqueles que cercaram a Assembleia da República, nos anos idos de 1975, com os cabelos desalinhados, as senhoras a fazerem tristes figuras, em nome de nada que seja razoável considerar. Lembro-me bem dos meus professores. Não tinham nada que ver com esta gente. Eram referências para os seus alunos. A maior parte escolheu aquela profissão porque gostava de ensinar. Talvez por isso eram todos licenciados e com um curso (dois anos) de pedagógicas. Aprendi muito com eles e quando dei aulas, no liceu e na universidade, utilizei muitas vezes os seus métodos.
Estou-lhes grato para a vida inteira. Hoje as coisas são bem diferentes, embora seja óbvio que estes manifestantes são só uma parte dos professores. Felizmente ainda há milhares de professores (talvez a maioria) que exercem com toda a dignidade a sua profissão. A manifestação é contra uma professora que agora é ministra. Uma ministra sábia, tranquila, dialogante, que fala com uma clareza tal que só os inúmeros boatos, a manipulação e a leitura distorcida do que propõe podem beliscar o que de boa-fé pretende para Portugal. Se reduzirmos à expressão mais simples as suas pretensões tudo se pode resumir assim:
– Portugal não pode continuar a pôr cá fora jovens analfabetos, incultos e impreparados, como acontecia até aqui.
– Os professores colaboraram com um sistema iníquo que permitia faltas sem limites, baixas prolongadas sem justificação e incumprimento dos programas escolares.
– Os professores não são todos iguais. Quero referir-me àqueles que sem nenhuma vocação (com ou sem curso Superior) instalaram um culto madraceirão que ninguém punha em causa nem responsabilizava, mas que estava a matar o ensino.
Confesso que tenho vergonha destes pseudoprofessores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço. Maria de Lurdes Rodrigues é uma ministra determinada. Bem haja pela sua coragem. Por ter introduzido um sistema de avaliação dos professores, por ter chamado os pais a intervir, por ter fechado escolas sem alunos, por ter prolongado os horários e criado as aulas de substituição, por ter resolvido o problema da colocação dos professores, por ter introduzido o Inglês, por levar a informática aos lugares mais recônditos do País. Estas entre outras medidas já deram frutos. Diminuiu o abandono escolar, os métodos escolares estão a criar alunos mais preparados, os graus de exigência aumentaram. O PCP pode usar a tropa de choque que agora arranjou para enfraquecer o Governo e utilizar as suas artes de manipulação e demagogia até a exaustão. Mas creio que a reforma tem de se fazer, a bem do País. É absolutamente nítido que os professores não têm razão. E os estúpidos do PSD que se aliaram ao PCP perderam o tino de vez, porque Portugal não pode parar mais. Espero ver Luís Filipe Menezes à cabeça da manifestação contra os interesses do País."
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
Eles aí estão ‘em estágio’. Faz-me lembrar os hooligans quando há uma disputa futebolística em causa. Chegaram pela manhã em autocarros vindos de todo o País, alugados pelo Partido Comunista. Vestem de preto e gritam desalmadamente. Como diz um tal Mário Sequeira, em tom de locutor de circo, “à maior, à mais completa, à mais ruidosa manifestação de sempre que o País viu”.
Eu nunca tinha apreciado professores travestidos de operários da Lisnave, como aqueles que cercaram a Assembleia da República, nos anos idos de 1975, com os cabelos desalinhados, as senhoras a fazerem tristes figuras, em nome de nada que seja razoável considerar. Lembro-me bem dos meus professores. Não tinham nada que ver com esta gente. Eram referências para os seus alunos. A maior parte escolheu aquela profissão porque gostava de ensinar. Talvez por isso eram todos licenciados e com um curso (dois anos) de pedagógicas. Aprendi muito com eles e quando dei aulas, no liceu e na universidade, utilizei muitas vezes os seus métodos.
Estou-lhes grato para a vida inteira. Hoje as coisas são bem diferentes, embora seja óbvio que estes manifestantes são só uma parte dos professores. Felizmente ainda há milhares de professores (talvez a maioria) que exercem com toda a dignidade a sua profissão. A manifestação é contra uma professora que agora é ministra. Uma ministra sábia, tranquila, dialogante, que fala com uma clareza tal que só os inúmeros boatos, a manipulação e a leitura distorcida do que propõe podem beliscar o que de boa-fé pretende para Portugal. Se reduzirmos à expressão mais simples as suas pretensões tudo se pode resumir assim:
– Portugal não pode continuar a pôr cá fora jovens analfabetos, incultos e impreparados, como acontecia até aqui.
– Os professores colaboraram com um sistema iníquo que permitia faltas sem limites, baixas prolongadas sem justificação e incumprimento dos programas escolares.
– Os professores não são todos iguais. Quero referir-me àqueles que sem nenhuma vocação (com ou sem curso Superior) instalaram um culto madraceirão que ninguém punha em causa nem responsabilizava, mas que estava a matar o ensino.
Confesso que tenho vergonha destes pseudoprofessores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço. Maria de Lurdes Rodrigues é uma ministra determinada. Bem haja pela sua coragem. Por ter introduzido um sistema de avaliação dos professores, por ter chamado os pais a intervir, por ter fechado escolas sem alunos, por ter prolongado os horários e criado as aulas de substituição, por ter resolvido o problema da colocação dos professores, por ter introduzido o Inglês, por levar a informática aos lugares mais recônditos do País. Estas entre outras medidas já deram frutos. Diminuiu o abandono escolar, os métodos escolares estão a criar alunos mais preparados, os graus de exigência aumentaram. O PCP pode usar a tropa de choque que agora arranjou para enfraquecer o Governo e utilizar as suas artes de manipulação e demagogia até a exaustão. Mas creio que a reforma tem de se fazer, a bem do País. É absolutamente nítido que os professores não têm razão. E os estúpidos do PSD que se aliaram ao PCP perderam o tino de vez, porque Portugal não pode parar mais. Espero ver Luís Filipe Menezes à cabeça da manifestação contra os interesses do País."
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Nem me digno a fazer comentários a este artigo de opinião... Quem quiser que se chegue à frente...
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Estando completamente de “fora” apenas estranhei que todos os professores quando eram entrevistados pela televisão, despejavam uma enorme quantidade de banalidades e texto vazio, que estavam contra a avaliação, “nestes moldes” “na actual conjectura” e afins, e apenas ouvi um professor que teve a coragem de dizer que estão contra porque assim vão ter que trabalhar mais, se repararem nem sequer um único cartaz contra uma qualquer medida se conseguiu ler.
ResponderEliminarDá vontade de perguntar:
-Agora expliquem-me lá, como se eu fosse muito burro.
E para ser realistas, todos sabem que a classe está bem privilegiada em relação à média do resto da sociedade.
Será ? E que privilégios são esses que não os consigo descortinar?
ResponderEliminarEsta profissão, para quem não sabe, ou faz que não sabe, é extremamente desgastante. E também stressante.
O que eu digo, o que muitos professores dizem, é que toda a burocracia deste processo é inexequível. E envolve o preenchimento de tantos instrumentos de registo que, se agora já temos pouco tempo para preparar aulas e materiais, reflectir sobre as aulas, fazer testes, corrigir testes e outras coisas, se este processo for avante, com toda a sua subjectividade, temos duas opções: ou desistimos dos alunos e passamos o tempo a registar tudo e mais alguma coisa, ou continuamos a apostar nas aulas e lixamo-nos com a avaliação. Para além de tudo, este processo kafkiano assenta num processo ainda mais kafkiano, designado concurso para professor titular, onde ocorreram todas as ignomínias. E é também daí que vem a revolta. A minha escola é o triste exemplo daquilo que se passou. Uma das maiores nulidades a todos os níveis é titular. Realmente, a princípio ainda tive esperança.Pensei que esta equipa queria, efectivamente, melhorar a educação. Apertassem então com os que não cumpriam. Reduzissem a possibilidade de se faltar, mas com bom senso.Desta maneira, mesmo se um docente morrer, quase tem de pedir autorização para ir ao seu próprio funeral.
Tenho pena... Sempre achei que o senhor Rangel era uma pessoa inteligente. Afinal, ou não é, ou tem a lição bem encomendada. E fala de barriguinha cheia pois o seu ordenado deve ser muitíssimo maior do que o meu e já trabalho há mais de vinte anos. E uma coisa lhe digo: não trabalha, nunca trabalhou mais do que eu . Posso garantir-lhe. Gostava de o ver assegurar, durante uma semaninha as minhas cinco turmas do básico.E olhe que tenho muita sorte, não tenho 140 alunos mas menos, e não vou todos os dias com medo para as aulas como acontece com muitos dos meus colegas.
Olá ...vocês são a vergonha deste pais .....é graças a vocês que ainda andam pessoas nas faculdades sem saber o que é uma derivada ou uma reaccção química ou sem saber o que é uma hipálage, parem de uma vez por todas de se queixar e vão trabalhar que é aquilo que eu faço todos os dias da minha vida e não é a projectar acetatdos e distribuir fichinhas. (já agora porque não fizeram a manif num dia se semana??? teria menos impacto é ??? ou será porque não queriam perder um dia de "trabalho"
ResponderEliminarhttp://reflexoesactualidade.blogspot.com/
a maior parte destes profes nem ler sabem lol
ResponderEliminarVão para a faculdade com 9.5, que se pode esperar destes burros? lol
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