Se quiserem aceder à versão mais completa do plano de desconfinamento, o melhor mesmo é clicar AQUI (link para o portal do Governo Português).
quinta-feira, 30 de abril de 2020
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Nunca a letra de uma música...
...fez tanto sentido.
Pois vão...
Comentário: Na eventualidade das escolas "reabrirem" obviamente que teremos regras de saúde específicas para esta situação, mas a questão não está no "manual das regras".
Posso estar errado, mas não temos neste momento, nem conseguiremos ter (principalmente se a data de reabertura for a anunciada para daqui a pouco mais de 15 dias) condições logísticas, de formação e de recursos (humanos e físicos) para o regresso ser feito com um mínimo de garantias de segurança. Não basta fazerem um conjunto de regras e enviá-las às escolas para que as cumpram. Neste caso específico, as regras têm mesmo de ser cumpridas com rigor, e a experiência diz-me que muitas vezes as escolas "desenrascam". E aqui não podemos arriscar no desenrascanço, uma vez que a consequência poderá ser a derradeira.
Posso estar errado, mas não temos neste momento, nem conseguiremos ter (principalmente se a data de reabertura for a anunciada para daqui a pouco mais de 15 dias) condições logísticas, de formação e de recursos (humanos e físicos) para o regresso ser feito com um mínimo de garantias de segurança. Não basta fazerem um conjunto de regras e enviá-las às escolas para que as cumpram. Neste caso específico, as regras têm mesmo de ser cumpridas com rigor, e a experiência diz-me que muitas vezes as escolas "desenrascam". E aqui não podemos arriscar no desenrascanço, uma vez que a consequência poderá ser a derradeira.
Regresso à escola marcado para 18 de maio?! Veremos...
Comentário: Começo a achar que estas datas são "lançadas" com algum tempo de antecedência para análise da reação da opinião pública... E depois, conjugam a "estatística da reação" com os dados dos "especialistas" em saúde (que deverão ser conhecidos amanhã), e lá decidem.
Resta saber se os encarregados de educação e os professores decidem no mesmo sentido, e optam por depositar a vida dos seus e deles próprios, nas "mãos" de quem decide tendo como base os exames nacionais.
Sim... Algures no tempo teremos de interromper o confinamento social. Mas o argumento para quebrar o confinamento apenas para os alunos e professores dos 11.º e 12.º anos com exame nacional, não me inspira qualquer confiança. E já nem abordo a questão das creches. Como é possível implementar regras de saúde com crianças de tão tenra idade?
Neste momento, ainda não dou nada por certo, pois continuo a considerar que estas "fugas" de informação para os meios de comunicação social são testes, para ver como os portugueses reagem. Se repararem o Governo preparava-se para não encerrar as escolas, mas depois lá avançaram para o encerramento, porque souberam ler as reações (mesmo que o leitor tenha sido o atual Presidente da República). Agora chegam-se à frente com mais umas datas... Veremos o que acontece.
Resta saber se os encarregados de educação e os professores decidem no mesmo sentido, e optam por depositar a vida dos seus e deles próprios, nas "mãos" de quem decide tendo como base os exames nacionais.
Sim... Algures no tempo teremos de interromper o confinamento social. Mas o argumento para quebrar o confinamento apenas para os alunos e professores dos 11.º e 12.º anos com exame nacional, não me inspira qualquer confiança. E já nem abordo a questão das creches. Como é possível implementar regras de saúde com crianças de tão tenra idade?
Neste momento, ainda não dou nada por certo, pois continuo a considerar que estas "fugas" de informação para os meios de comunicação social são testes, para ver como os portugueses reagem. Se repararem o Governo preparava-se para não encerrar as escolas, mas depois lá avançaram para o encerramento, porque souberam ler as reações (mesmo que o leitor tenha sido o atual Presidente da República). Agora chegam-se à frente com mais umas datas... Veremos o que acontece.
A resposta é... sim!
Ainda hoje recebi algumas mensagens de correio eletrónico a questionar se a hipótese de "regresso à escola" seria apenas para as disciplinas de 11.º ou 12.º ano que iriam ter exame final nacional no presente ano escolar ou se, pelo contrário, esse regresso seria para as disciplinas de 11.º ou 12.º ano de escolaridade que iriam ter exame nacional neste e no próximo ano escolar. A resposta é positiva para a segunda situação.
Não obstante da leitura do ponto 1 do artigo 3, do Decreto-Lei n.º 14-G/2020, de 13 de abril, não ser inequívoca (tanto quanto gostaríamos) ao "determinar a retoma das atividades letivas presenciais, nos 11.º e
12.º anos de escolaridade e nos 2.º e 3.º anos dos cursos de dupla certificação do ensino secundário, nas disciplinas que têm oferta de exame final nacional", o facto é que o esclarecimento a este ponto já é conhecido pelo nossos diretores há algum tempo.
Por exemplo: o exame final nacional de Matemática é concretizado no 12.º ano, no entanto, os alunos do 11.º ano (e 10.º ano, mas esses estão salvaguardados pelo ponto 2 do artigo supracitado) também têm esta disciplina. Isto é, o regresso à escola em termos de Matemática não só ocorrerá para os alunos de 12.º ano, mas também para os alunos de 11.º ano.
Os diretores sabem disto e será exatamente com base nestas orientações que terão de agir, se o "regresso à escola" for uma realidade. E se em algumas escolas / agrupamentos de escolas até poderá ser possível cumprir as denominadas "regras de saúde", tenho sérias dúvidas que em escolas e agrupamentos de escolas com um elevado número de turmas de secundário ou um elevado número de alunos por turma, consigam conduzir esta situação com um mínimo de seriedade.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Renovação da Mobilidade por Doença para o ano escolar 2020/2021
No normativo legal (aqui) que rege o período letivo que hoje inicia, para além de outras informações, encontramos um capítulo VI, relativo ao pessoal docente e não docente.
No ponto 4 do artigo 15.º irão encontrar o seguinte enunciado:
Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.
As situações de mobilidade por doença, autorizadas para o corrente ano letivo, são renovadas mediante requerimento dos docentes acompanhado de uma declaração sob compromisso
de honra de que a situação persiste, sem prejuízo de verificação posterior.
Deste modo, julgo que em breve teremos mais informações na página da DGAE (acolá), relativamente ao modo e prazo para o pedido de renovação ser concretizado. De igual modo, também acredito que deverão surgir mais informações no sentido de explicar os procedimentos para aqueles que pretendam requerer Mobilidade por Doença, mas que não se encontrem abrangidos por este mecanismo no presente ano escolar.
Publicado o Decreto-Lei relativo ao 3.º período...
Ontem foi publicado em Diário da República, o Decreto-Lei n.º 14-G/2020 que estabelece as medidas excecionais e temporárias na área da educação, no âmbito da pandemia da doença COVID-19. Por motivos óbvios deverá ser lido por todos nós, com muita atenção.
Para acederem ao mesmo, cliquem na imagem.
sábado, 11 de abril de 2020
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Resumo do Decreto-Lei relativo ao 3.º período letivo
Não é o normativo legal em si, mas contém aquilo que fará parte do mesmo. Tendo em conta que foi divulgado nas redes sociais em formato de imagem, para lerem melhor terão de clicar nas imagens.
As declarações do PM relativas ao 3.º período (em resumo)
Por motivos óbvios dificilmente um resumo ultrapassará a qualidade da visualização do vídeo que disponibilizei (aqui), no entanto, convém sistematizar o que foi referido, para não nos perdermos.
Assim, e no que concerne ao 3.º período, ficam algumas das principais orientações:
(1) não existirão atividades letivas presenciais para o ensino básico;
(2) decorrerá apoio diário com emissão televisiva de conteúdos pedagógicos no canal RTP Memória e a partir de 20 de abril;
(3) a avaliação no ensino básico será feita sem provas de aferição e exames no 9.º ano, no entanto, deverá considerar aquilo que for concretizado no Ensino à Distância;
(4) 2 possibilidades de ação: Plano A - possibilidade de atividades letivas presenciais no secundário, em concreto, nos 11.º e 12.º anos, mas apenas nas disciplinas sujeitas a exames nacionais; e Plano B - ensino à distância para todos os anos de escolaridade até ao final do terceiro período;
(5) calendário de exames do 11.º e 12.º anos será adiado para: 1.ª fase - 6 e 23 de julho e 2.ª fase - 1 e 7 de setembro;
(6) com base no calendário anterior, o terceiro período irá terminar a 26 de junho;
(7) todos os docentes que desenvolverem atividade letiva presencial terão de usar máscara (aparentemente fornecida pelo Ministério da Educação);
(8) os professores que integrem grupos de risco serão dispensados das atividades letivas presenciais.
Se quiserem ler o comunicado do Conselho de Ministros de 9 de abril, poderão clicar acolá.
Se quiserem ler o comunicado do Conselho de Ministros de 9 de abril, poderão clicar acolá.
O que disse o PM sobre o terceiro período? (em vídeo)
Até poderia fazer um resumo do que foi dito pelo nosso Primeiro Ministro, mas tendo em conta que esta interrupção letiva foi profícua em aprendizagem na utilização de recursos multimédia para o Ensino à Distância, optei por gravar um vídeo e acrescentar o logótipo do blogue.
São quase 8 minutos de pura adrenalina... ;)
São quase 8 minutos de pura adrenalina... ;)
Exames nacionais "só com a matéria dada na escola"?!
Comentário: Se o "cancelamento" dos exames nacionais ainda no presente ano letivo (com consequente aplicação no início do próximo) é algo que compreendo tendo em conta a realidade pandémica do país, já a concretização de exames nacionais "só com a matéria dada na escola" me parece de mais difícil aplicação. E porquê?
Bem...
Em primeiro lugar, e partindo de um pressuposto de uniformidade nacional na sequência dos conteúdos lecionados, seria necessário fazer uma estatística nacional para conseguir determinar um ponto final comum a todas as turmas. Só por aqui já seria complicado (mas não impossível)...
Em segundo lugar, e a não ser que algo tenha mudado nos últimos dois anos (e não me estou a referir apenas à Flexibilidade Curricular), dando como exemplo a minha área disciplinar, por exemplo no 11.º ano de escolaridade a grande maioria das escolas costumava optar por iniciar pela Biologia, no entanto, conheci algumas que optavam por começar pela Geologia. Passou a existir obrigatoriedade na sequência dos conteúdos? Se não, como iriam encontrar um ponto comum nesta situação? Seria justo concretizar exames diferenciados com base na sequência? Não causaria isso situações de injustiça?
Como ainda não encontrei mais notícias que abordem esta proposta de enunciados de exames só com materia lecionada presencialmente, irei - para já - interpretar esta situação como a "necessitar de esclarecimento" ou a "necessitar de desmentido". E peço desde já desculpa, se esta situação for demasiado óbvia em termos de solução... No meu caso específico, não é cegueira ideológica ou partidária, mas sim mesmo uma restrição na capacidade de compreender de forma integral de que forma uma proposta destas se poderia implementar, mantendo a justiça para todos os alunos.
Aposto que se o meu raciocínio tiver um mínimo de erro, nas próximas horas serei "cilindrado". Felizmente, eu não vejo o erro como um defeito, mas sim como uma possibilidade de aprendizagem. Como tal, podem começar a "bater-me". Eh eh eh...
Bem...
Em primeiro lugar, e partindo de um pressuposto de uniformidade nacional na sequência dos conteúdos lecionados, seria necessário fazer uma estatística nacional para conseguir determinar um ponto final comum a todas as turmas. Só por aqui já seria complicado (mas não impossível)...
Em segundo lugar, e a não ser que algo tenha mudado nos últimos dois anos (e não me estou a referir apenas à Flexibilidade Curricular), dando como exemplo a minha área disciplinar, por exemplo no 11.º ano de escolaridade a grande maioria das escolas costumava optar por iniciar pela Biologia, no entanto, conheci algumas que optavam por começar pela Geologia. Passou a existir obrigatoriedade na sequência dos conteúdos? Se não, como iriam encontrar um ponto comum nesta situação? Seria justo concretizar exames diferenciados com base na sequência? Não causaria isso situações de injustiça?
Como ainda não encontrei mais notícias que abordem esta proposta de enunciados de exames só com materia lecionada presencialmente, irei - para já - interpretar esta situação como a "necessitar de esclarecimento" ou a "necessitar de desmentido". E peço desde já desculpa, se esta situação for demasiado óbvia em termos de solução... No meu caso específico, não é cegueira ideológica ou partidária, mas sim mesmo uma restrição na capacidade de compreender de forma integral de que forma uma proposta destas se poderia implementar, mantendo a justiça para todos os alunos.
Aposto que se o meu raciocínio tiver um mínimo de erro, nas próximas horas serei "cilindrado". Felizmente, eu não vejo o erro como um defeito, mas sim como uma possibilidade de aprendizagem. Como tal, podem começar a "bater-me". Eh eh eh...
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Ainda o 4 de maio...
Comentário: A notícia já tem uma semana, no entanto, não é por isso que deixou de ser atual e que não deveria ser considerada numa eventual decisão política de reabertura das escolas (seja a 4 de maio ou numa outra data qualquer próxima do pico da pandemia em Portugal). Se a preocupação com os professores (classe bem envelhecida, com uma idade média de 49 anos e onde 20% tem mais de 60 anos de idade) é reduzida ou mesmo nula, quero acreditar que com os nossos jovens o mesmo já não se aplica.
Será que algum político está disposto a assumir mortes de jovens pela decisão de abrir escolas demasiado cedo, só para que o calendário dos exames nacionais possa ser cumprido?
Fica uma transcrição do artigo, que me parece relevante e que vai ao encontro de outros que entretanto já tive a oportunidade de ler:
"Relativamente à gravidade da doença nas crianças, Maria João Brito indica que «Nós pensávamos que esta doença não era grave em crianças e não é isso que está a acontecer. Nós temos crianças em estado grave, noutros países também já há relatos de crianças com gravidade e, embora as taxas de mortalidade sejam muito mais baixas, existem relatos de mortalidade infantil com este vírus», refere acrescentando ainda que a gravidade da doença «não tem bem a ver com a idade: miúdos saudáveis podem ter ser contagiados e ficar em estado grave»."
E sim... Eu sei que o "desespero" económico poderá levar a uma "reabertura" forçada, antecipada, e até por esse mesmo motivo, com o apoio de alguns encarregados de educação, no entanto, uma coisa é ver anunciada a morte de dezenas de adultos/idosos, outra bem diferente será anunciar a morte de crianças e adolescentes. É que o risco é inferior, mas é uma possibilidade!
Será que algum político está disposto a assumir mortes de jovens pela decisão de abrir escolas demasiado cedo, só para que o calendário dos exames nacionais possa ser cumprido?
Fica uma transcrição do artigo, que me parece relevante e que vai ao encontro de outros que entretanto já tive a oportunidade de ler:
"Relativamente à gravidade da doença nas crianças, Maria João Brito indica que «Nós pensávamos que esta doença não era grave em crianças e não é isso que está a acontecer. Nós temos crianças em estado grave, noutros países também já há relatos de crianças com gravidade e, embora as taxas de mortalidade sejam muito mais baixas, existem relatos de mortalidade infantil com este vírus», refere acrescentando ainda que a gravidade da doença «não tem bem a ver com a idade: miúdos saudáveis podem ter ser contagiados e ficar em estado grave»."
E sim... Eu sei que o "desespero" económico poderá levar a uma "reabertura" forçada, antecipada, e até por esse mesmo motivo, com o apoio de alguns encarregados de educação, no entanto, uma coisa é ver anunciada a morte de dezenas de adultos/idosos, outra bem diferente será anunciar a morte de crianças e adolescentes. É que o risco é inferior, mas é uma possibilidade!
De que forma os outros países estão a lidar com o encerramento das escolas?
Comentário: O artigo cujo link coloquei acima é relativamente interessante, porque nos permite perceber de que forma outros países europeus (e não só) estão a lidar com o encerramento das escolas, nomeadamente ao nível de exames nacionais.
Apenas a título de exemplo, deixo-vos com três situações:
Reino Unido
Todos os exames foram cancelados, indica um comunicado do Governo. As notas serão dadas com base nas avaliações existentes até ao encerramento físico das escolas. O professor vai indicar a nota que considera que o aluno conseguiria obter em exame, caso este se tivesse realizado. Depois, esse elemento será ponderado com o historial do aluno, por uma comissão centralizada. Será com uma nota ponderada que se candidata, por exemplo, à universidade. Se o aluno discordar, pode ir a exame no futuro.
França
As provas de avaliação foram suprimidas e substituídas por avaliação contínua. Os candidatos com 8 a 10 valores vão a oral, tal como habitualmente. Os candidatos com menos do que isso podem ir a uma prova escrita, mas em setembro. O mesmo acontece com os candidatos não inscritos e sem avaliação contínua. A segunda época de exames foi suprimida.
Suécia
Só as escolas a partir do ensino secundário (inclusive) estão fisicamente encerradas, decorrendo as aulas através de ensino à distância. No pré-escolar, os pais podem decidir não levar os filhos à escola, mas a partir do primeiro ciclo as crianças estão obrigadas a ir. Os exames nacionais foram todos cancelados por se considerar que os professores não conseguem adaptar-se a tudo (aulas à distância, correção atempada de exames).
Apenas a título de exemplo, deixo-vos com três situações:
Reino Unido
Todos os exames foram cancelados, indica um comunicado do Governo. As notas serão dadas com base nas avaliações existentes até ao encerramento físico das escolas. O professor vai indicar a nota que considera que o aluno conseguiria obter em exame, caso este se tivesse realizado. Depois, esse elemento será ponderado com o historial do aluno, por uma comissão centralizada. Será com uma nota ponderada que se candidata, por exemplo, à universidade. Se o aluno discordar, pode ir a exame no futuro.
França
As provas de avaliação foram suprimidas e substituídas por avaliação contínua. Os candidatos com 8 a 10 valores vão a oral, tal como habitualmente. Os candidatos com menos do que isso podem ir a uma prova escrita, mas em setembro. O mesmo acontece com os candidatos não inscritos e sem avaliação contínua. A segunda época de exames foi suprimida.
Suécia
Só as escolas a partir do ensino secundário (inclusive) estão fisicamente encerradas, decorrendo as aulas através de ensino à distância. No pré-escolar, os pais podem decidir não levar os filhos à escola, mas a partir do primeiro ciclo as crianças estão obrigadas a ir. Os exames nacionais foram todos cancelados por se considerar que os professores não conseguem adaptar-se a tudo (aulas à distância, correção atempada de exames).
E quando o isolamento é bem mais do que social...
...eis que surge alguém a dar-se ao trabalho de colocar os posts que partilho no Facebook como spam. E se até dou de barato que alguns se possam sentir incomodados com as partilhas que eu faço, "denunciar" como spam as partilhas de posts deste blogue que alguns familiares e amigos próximos (estamos, assim, a "falar" de alguém que me conhece minimamente) fazem, é talvez, excessivo.
Mas, e se até já podemos estar no campo do excessivo, ou até mesmo persecutório, "denunciar" como spam todos os posts que divulguei do meu blogue, desde dezembro de 2019 até ao momento, deixa-me apreensivo, porque aparenta revelar problemas que não se justificam apenas com o isolamento social e algum excesso de tempo livre.
Enfim.
Há personalidades que não resistem ao facto de eu não responder a provocações nas redes sociais, sobretudo quando as mesmas são consequência de posts não lidos (ficam-se apenas pelos títulos ou pelos comentários feitos por outros), mal lidos ou lidos com intenção de integrar respostas que pouco ou nada estão relacionados com o post, mas sim com a necessidade de algum protagonismo.
Para aquele ou aqueles que se deram ao trabalho de tentar bloquear-me na rede social Facebook: eu não preciso do Facebook para continuar a escrever, e posso perfeitamente deixar de divulgar o que escrevo. Não é o número de seguidores e de likes que me move. Essa fase foi efémera e já passou há uma boa década. E quanto à divulgação dos meus posts, bem... essa será feita pelos vários colegas que me lêem, e se não for, é porque o que eu escrevo não é relevante ou interessante (e se assim for, também não merecerá divulgação).
Para terminar: sejam felizes e mantenham-se seguros.
O que já se sabia...
Comentário: Dificilmente alguém estaria à espera da comunicação governamental de hoje para ficar a saber se as escolas iriam abrir a 14 de abril. Seria incompreensível... Aliás, se alguma coisa de novo trouxer a comunicação governamental de hoje será mesmo a manutenção da especulação relativa à reabertura lá para a primeira semana de maio.
Esclarecimentos sobre o processamento das remunerações...
Eu até nem percebo muito da parte administrativa de processamento de vencimentos, mas atrevo-me a dizer que esta nota informativa de 7 de abril é publicitada mesmo muito "em cima do joelho".
Enfim.
Eu sei que esta parte é responsabilidade administrativa, mas é sempre bom estarmos atentos à forma de processamento dos vencimentos, para não irmos reclamar sem motivo ou, pelo contrário, reclamar com motivo (e argumento legal).
Para acederem à nota informativa n.º 5 do Instituto de Gestão Financeira da Educação, o melhor mesmo é clicar na imagem ao lado.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
De leitura recomendada...
Comentário: Tenho por hábito ler os artigos de Santana Castilho.... Nem sempre os partilho. Talvez por saber que muitos o lêem, e que a minha divulgação se torna algo redundante.
No entanto, e mesmo pisando o risco daquilo que anteriormente reconheci, não consigo evitar de partilhar esta artigo, uma vez que o considero muito para além de uma mera opinião ou crítica. Neste caso específico é uma opinião que contém diversas sugestões, em jeito de plano estratégico, que seriam muito úteis se não estivéssemos perante um ministro "inexistente".
Espero estar errado, mas cada vez mais considero que no que concerne à escola, as decisões serão tomadas de 15 em 15 dias, sem plano a médio e longo prazo, até ser inevitável decidir aquilo que poderia ser útil no imediato.
No entanto, e mesmo pisando o risco daquilo que anteriormente reconheci, não consigo evitar de partilhar esta artigo, uma vez que o considero muito para além de uma mera opinião ou crítica. Neste caso específico é uma opinião que contém diversas sugestões, em jeito de plano estratégico, que seriam muito úteis se não estivéssemos perante um ministro "inexistente".
Espero estar errado, mas cada vez mais considero que no que concerne à escola, as decisões serão tomadas de 15 em 15 dias, sem plano a médio e longo prazo, até ser inevitável decidir aquilo que poderia ser útil no imediato.
Algumas hipóteses relativas ao 4 de maio como limite máxima para a reabertura das escolas...
Comentário: Ontem escrevi um post (aqui) exatamente sobre esta situação... Tirando a parte de alguns colegas considerarem que era uma mentira de 1 de abril (quem me lê, sabe que não tenho por tradição fazê-lo, mas mesmo assim achei curioso), parece que entretanto já foram surgindo algumas hipóteses, uma delas tem alguma convergência com o que já havia escrito como poderão ler no artigo acima.
quarta-feira, 1 de abril de 2020
"O dia 4 de maio é tido como o limite razoável para reabrir as escolas"
Comentário: De acordo com Expresso, António Costa poderá estar a considerar a reabertura as escolas, decisão que de acordo com aquilo que se vai sabendo até poderá ser gradual (seja lá o que isso significa).
Se a decisão de encerrar as escolas a 16 de março foi a mais acertada (se bem que poderia ter sido logo a seguir à interrupção letiva do Carnaval), já a opção de reabrir no próximo mês parece-me errada, e acredito que muitos professores (somos uma classe envelhecida) não irão arriscar o regresso.
Agora vamos ao título do artigo que foi retirado da notícia acima:
Nota: negritos e sublinhados são de minha autoria.
"Na próxima semana, quando a 9 de abril for reavaliada a situação, o líder socialista espera já ter todos os dados à disposição para tomar uma decisão. Mas existe uma linha vermelha: o dia 4 de maio é tido como o limite razoável para reabrir as escolas. Depois disso, sabe o Expresso, não fará sentido."
Certo é que utilizando o dia 4 de maio como referência teremos um mês de intervalo de tempo para o terminar das aulas nos 9.º. 11.º e 12.º anos de escolaridade (para estes anos, as aulas terminariam a 4 de junho), mas para além disso não vejo uma especial relevância nesta data. Espero que não considerem que com um mês de aulas na escola, é possível colocar todos os alunos em igualdade de circunstâncias (tendo em consideração que o ensino à distância dificilmente o fará) para não alterar as datas dos exames (que iniciam lá para meados de junho). É que se for isso, é uma asneirada monumental!
Se a decisão de encerrar as escolas a 16 de março foi a mais acertada (se bem que poderia ter sido logo a seguir à interrupção letiva do Carnaval), já a opção de reabrir no próximo mês parece-me errada, e acredito que muitos professores (somos uma classe envelhecida) não irão arriscar o regresso.
Agora vamos ao título do artigo que foi retirado da notícia acima:
Nota: negritos e sublinhados são de minha autoria.
"Na próxima semana, quando a 9 de abril for reavaliada a situação, o líder socialista espera já ter todos os dados à disposição para tomar uma decisão. Mas existe uma linha vermelha: o dia 4 de maio é tido como o limite razoável para reabrir as escolas. Depois disso, sabe o Expresso, não fará sentido."
Certo é que utilizando o dia 4 de maio como referência teremos um mês de intervalo de tempo para o terminar das aulas nos 9.º. 11.º e 12.º anos de escolaridade (para estes anos, as aulas terminariam a 4 de junho), mas para além disso não vejo uma especial relevância nesta data. Espero que não considerem que com um mês de aulas na escola, é possível colocar todos os alunos em igualdade de circunstâncias (tendo em consideração que o ensino à distância dificilmente o fará) para não alterar as datas dos exames (que iniciam lá para meados de junho). É que se for isso, é uma asneirada monumental!
Se é para utilizar uma plataforma digital por escola...
...o melhor mesmo é que os professores sejam informados da escolha o mais rapidamente possível, para que não ocorram perdas de tempo na preparação do ensino à distância para o terceiro período.
E deixo-vos com o meu exemplo.
Tendo em conta a suspensão da componente letiva de 16 de março, e considerando que não tive uma orientação rígida (e ainda bem) relativamente à plataforma de trabalho que poderia utilizar com os meus alunos, andei a estudar diversas possibilidades e acabei por selecionar uma (isto para além dos clássicos blogues de apoio e trocas de mensagens de correio eletrónico).
E qual a "plataforma" escolhida?
Bem.... Tendo em conta que a empresa que "gere" os endereços de correio eletrónico do Agrupamento é a Google, acabei por utilizar os recursos que lhe estão associados, nomeadamente a "Classroom", os formulários, a "Drive" e o "Hangout" (para o trabalho síncrono). Alguns destes recursos já utilizava, mas gostei de constatar a versão integrada de tudo, e de não ter de recorrer a diferentes serviços / empresas.
Agora, e de acordo com o secretário de estado, as escolas devem "eleger uma única plataforma de contacto, de modo a não causar dispersão de tempo a conhecer mais aplicações, devendo a plataforma conter formatos de trabalho síncrono e assíncrono, complementando-se assim as diversas hipóteses de contacto". Acho bem. Mas também considero que as escolas devem informar os professores com alguma antecedência relativamente a qual (ou quais) a plataforma escolhida, para que não iniciemos o 3.º período confusos quanto à(s) possibilidade(s) adotada(s).
Só assim fará sentido...
Comentário: O artigo do Correio da Manhã começa com algo que já ouvi e li demasiadas vezes ao longo das últimas semanas:
"Tenho vários professores que admitiram que ficaram praticamente arrasados com as duas últimas semanas de aulas", contou à Lusa o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, defendendo que será preciso "adaptar os horários" dos alunos.
E arrisco a dizer que não terão sido os únicos a ficar arrasados. Alunos e Encarregados de Educação também terão ficado! Aguardo com muita expectativa de que forma os horários serão alterados os horários de forma a comportar a componente síncrona (o tal máximo de 45 minutos de trabalho síncrono que o secretário de estado referiu - aqui) das várias disciplinas, com a multiplicidade de situações que se registam em cada turma. É que existem professores que também são pais, e cujos filhos também terão necessidade de aceder a um computador; existem famílias com mais do que um filho, mas onde só existe um computador; e alguns alunos que apenas têm internet no telemóvel. E apenas referi algumas das possibilidades que farão do ensino à distância, um desafio tremendo para as escolas.
"Tenho vários professores que admitiram que ficaram praticamente arrasados com as duas últimas semanas de aulas", contou à Lusa o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, defendendo que será preciso "adaptar os horários" dos alunos.
E arrisco a dizer que não terão sido os únicos a ficar arrasados. Alunos e Encarregados de Educação também terão ficado! Aguardo com muita expectativa de que forma os horários serão alterados os horários de forma a comportar a componente síncrona (o tal máximo de 45 minutos de trabalho síncrono que o secretário de estado referiu - aqui) das várias disciplinas, com a multiplicidade de situações que se registam em cada turma. É que existem professores que também são pais, e cujos filhos também terão necessidade de aceder a um computador; existem famílias com mais do que um filho, mas onde só existe um computador; e alguns alunos que apenas têm internet no telemóvel. E apenas referi algumas das possibilidades que farão do ensino à distância, um desafio tremendo para as escolas.
Informações relevantes para o 3.º período...
...se realmente forem confirmadas!
O que poderão ler abaixo é a cópia de uma mensagem que alguns colegas receberam no seu endereço de correio eletrónico, e que foi sendo difundida na 2.ª feira (30 de março) de uma forma mais ou menos restrita. No entanto, o Rui Cardoso (do Blog DeAr Lindo) acabou por divulgá-la aqui. Pela sua relevância, transcrevo-a, com recomendação para que a leiam com muita atenção.
Atenção que nada disto fará sentido se não for convertido para normativo legal (seja ele de que tipologia for), principalmente porque existem escolas que querem equiparar a totalidade da componente letiva em sala de aula a trabalho síncrono, algo que contraria aquilo que poderão ler abaixo e de alguma forma ultrapassando aquilo que faria sentido num panorama de exceção como aquele que atravessamos.
Nota: os negritos e sublinhados são de minha autoria.
"Reunião com o Secretário de Estado da Educação
- Começou a reunião por saudar as Comunidades Educativas (docentes, não docentes e direções) e reconhecer, agradecendo, todo o esforço de rápida reação a uma situação inesperada e sem precedentes.
- Ressalvou a capacidade que as escolas tiveram em montar uma forma de continuar a contactar com os alunos, mesmo sem estarem habituadas a usar tais meios.
Fez depois um breve ponto de situação:
– Escolas de referência para entrega de refeições vão manter-se nas férias da Páscoa;
– Escolas de referência para acolhimento de filhos de agentes prioritários, também se manterão;
– Alertou para a necessidade de consulta regular do site apoio às Escolas, da DGE, que contem contribuições das Associações de Professores, e outros parceiros, com muitos recursos em atualização permanente;
– Avisou para a questão da Proteção de Dados, referindo que a forma de se divulgarem as pautas não pode ser pública.
– Referiu que a sua principal preocupação neste momento se prende com uma questão constitucional, que é a do acesso universal à escola, sendo que os alunos sem conectividade e com fracos recursos tecnológicos, podem ficar excluídos das formas de ensino à distância baseadas apenas em formatos digitais.
– Foi pedido a todas as direções que seja feito um levantamento dos alunos com acesso e tipo de acesso, para se estudarem outras formas de contacto com os alunos, que poderão passar por emissões de conteúdos educativos na RTP, por ciclos de escolaridade.
No que toca ao 2.º ponto, o que se prevê para o 3.º período, referiu:
– O ME está a fazer cenários de retorno à normalidade por quinzenas. Regressar após a Páscoa é um cenário posto de parte. A 2.ª quinzena de Abril, parece ser também impossível, pelo que está em análise, com forte probabilidade de ocorrer, o cancelamento das Provas de Aferição. Mas haverá uma indicação quando a decisão for tomada;
– Sendo assim, prevendo-se uma longa ausência de contacto presencial com os alunos, há que minimizar a falta de contacto, que provocaria um “esquecimento” de aprendizagens já consolidadas, que levaria a um forte retrocesso nas competências dos alunos, com efeitos graves no seu percurso escolar, sendo necessário investir-se no contacto à distância;
– Devem as escolas eleger uma única plataforma de contacto, de modo a não causar dispersão de tempo a conhecer mais aplicações, devendo a plataforma conter formatos de trabalho síncrono e assíncrono, complementando-se assim as diversas hipóteses de contacto;
– Devem as Escolas promover um horário de contacto com as turmas, que pode ser diferente do seu horário escolar, onde se prevêem momentos assíncronos (por email e/ou pela plataforma escolhida) e momentos síncronos (em chat ou videoconferência pela plataforma escolhida), cabendo ao Conselho de Turma configurar um Plano Semanal de Turma;
– Os momentos síncronos devem acontecer para todas as disciplinas, curtos (não mais de 45 min) e uma vez por semana, procurando combinar uma hora que não colida com pais em teletrabalho, que podem usar o mesmo PC;
– Os momentos assíncronos devem ser dispersos, com tarefas mais longas para vários dias, de modo a não sobrecarregar os alunos e docentes, em reporte permanente;
– A questão dos conteúdos é pouco importante, pois o mais importante é o exercício de competências, onde se poderá fazer um avanço em conteúdos, mas que não podem ser formais, dada a impossibilidade de garantir a universalidade do acesso;
– A questão da avaliação, se será a proferida até agora a valer, será alvo de diploma legal próprio, conforme a necessidade de o fazer, mas apenas se tal for necessário, posto o evoluir da situação da crise de saúde publica."