...se realmente forem confirmadas!
O que poderão ler abaixo é a cópia de uma mensagem que alguns colegas receberam no seu endereço de correio eletrónico, e que foi sendo difundida na 2.ª feira (30 de março) de uma forma mais ou menos restrita. No entanto, o Rui Cardoso (do Blog DeAr Lindo) acabou por divulgá-la aqui. Pela sua relevância, transcrevo-a, com recomendação para que a leiam com muita atenção.
Atenção que nada disto fará sentido se não for convertido para normativo legal (seja ele de que tipologia for), principalmente porque existem escolas que querem equiparar a totalidade da componente letiva em sala de aula a trabalho síncrono, algo que contraria aquilo que poderão ler abaixo e de alguma forma ultrapassando aquilo que faria sentido num panorama de exceção como aquele que atravessamos.
Nota: os negritos e sublinhados são de minha autoria.
"Reunião com o Secretário de Estado da Educação
- Começou a reunião por saudar as Comunidades Educativas (docentes, não docentes e direções) e reconhecer, agradecendo, todo o esforço de rápida reação a uma situação inesperada e sem precedentes.
- Ressalvou a capacidade que as escolas tiveram em montar uma forma de continuar a contactar com os alunos, mesmo sem estarem habituadas a usar tais meios.
Fez depois um breve ponto de situação:
– Escolas de referência para entrega de refeições vão manter-se nas férias da Páscoa;
– Escolas de referência para acolhimento de filhos de agentes prioritários, também se manterão;
– Alertou para a necessidade de consulta regular do site apoio às Escolas, da DGE, que contem contribuições das Associações de Professores, e outros parceiros, com muitos recursos em atualização permanente;
– Avisou para a questão da Proteção de Dados, referindo que a forma de se divulgarem as pautas não pode ser pública.
– Referiu que a sua principal preocupação neste momento se prende com uma questão constitucional, que é a do acesso universal à escola, sendo que os alunos sem conectividade e com fracos recursos tecnológicos, podem ficar excluídos das formas de ensino à distância baseadas apenas em formatos digitais.
– Foi pedido a todas as direções que seja feito um levantamento dos alunos com acesso e tipo de acesso, para se estudarem outras formas de contacto com os alunos, que poderão passar por emissões de conteúdos educativos na RTP, por ciclos de escolaridade.
No que toca ao 2.º ponto, o que se prevê para o 3.º período, referiu:
– O ME está a fazer cenários de retorno à normalidade por quinzenas. Regressar após a Páscoa é um cenário posto de parte. A 2.ª quinzena de Abril, parece ser também impossível, pelo que está em análise, com forte probabilidade de ocorrer, o cancelamento das Provas de Aferição. Mas haverá uma indicação quando a decisão for tomada;
– Sendo assim, prevendo-se uma longa ausência de contacto presencial com os alunos, há que minimizar a falta de contacto, que provocaria um “esquecimento” de aprendizagens já consolidadas, que levaria a um forte retrocesso nas competências dos alunos, com efeitos graves no seu percurso escolar, sendo necessário investir-se no contacto à distância;
– Devem as escolas eleger uma única plataforma de contacto, de modo a não causar dispersão de tempo a conhecer mais aplicações, devendo a plataforma conter formatos de trabalho síncrono e assíncrono, complementando-se assim as diversas hipóteses de contacto;
– Devem as Escolas promover um horário de contacto com as turmas, que pode ser diferente do seu horário escolar, onde se prevêem momentos assíncronos (por email e/ou pela plataforma escolhida) e momentos síncronos (em chat ou videoconferência pela plataforma escolhida), cabendo ao Conselho de Turma configurar um Plano Semanal de Turma;
– Os momentos síncronos devem acontecer para todas as disciplinas, curtos (não mais de 45 min) e uma vez por semana, procurando combinar uma hora que não colida com pais em teletrabalho, que podem usar o mesmo PC;
– Os momentos assíncronos devem ser dispersos, com tarefas mais longas para vários dias, de modo a não sobrecarregar os alunos e docentes, em reporte permanente;
– A questão dos conteúdos é pouco importante, pois o mais importante é o exercício de competências, onde se poderá fazer um avanço em conteúdos, mas que não podem ser formais, dada a impossibilidade de garantir a universalidade do acesso;
– A questão da avaliação, se será a proferida até agora a valer, será alvo de diploma legal próprio, conforme a necessidade de o fazer, mas apenas se tal for necessário, posto o evoluir da situação da crise de saúde publica."
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