Embora os sindicatos de professores e os professores não tenham qualquer poder de decisão na recente avalanche de reforço de partidarização (opps... municipalização) e de transferência do poder da cunha (peço desculpa, de competências) considero que a iniciativa tem alguma relevância, pois poderá demonstrar o nosso desagrado para com esta iniciativa.
Bem... Existe dentro da nossa classe quem esfregue as mãos com tal transferência, mas acredito que não seja o caso da maioria dos professores.
Fica assim a imagem e o texto que explica (os negritos e sublinhados são de minha autoria) a iniciativa da plataforma sindical, que não conta com a tradicional exceção que negoceia exceções, de uma forma pouco excecional.
"Nos dias 2, 3 e 4 de junho, ou seja, já na próxima semana, professores e educadores de todo o país irão pronunciar-se sobre a municipalização. Através de voto secreto, a depositar em urna, os docentes serão chamados a responder "Sim" ou "Não" à pergunta: "Concorda com a municipalização da Educação?".
As oito organizações que compõem a plataforma sindical constituída para este efeito esperam uma grande participação dos professores e uma resposta muito clara da sua parte quanto à delegação de competências que, através de contrato, o governo pretende acordar com os municípios.Em algumas escolas e agrupamentos de concelhos, onde o processo tem estado a avançar, os professores já realizaram idênticas consultas, pretendendo-se, agora, alargar a possibilidade de os docentes se pronunciarem sobre esta matéria a todo o território nacional, embora, sem incluir, por enquanto, as regiões autónomas, uma vez que este processo de municipalização não abrange aqueles territórios.
A posição que os professores irão manifestar terá duas leituras: uma nacional, permitindo apurar o que pensa o conjunto dos docentes sobre a municipalização da Educação; outra de âmbito local, quer municipal, quer de escola/agrupamento, ajudando os responsáveis autárquicos, bem como os conselhos gerais das respetivas escolas e agrupamentos, a perceber a posição do respetivo corpo docente.
É, por isso, muito importante esta consulta, pois permitirá dar voz a um dos principais atores do processo de educação e ensino, mostrando ao governo e ao país a palavra que têm a dizer!"