Comentário: Alguns até poderão considerar uma greve aos exames como algo excessivo... Eventualmente injusta, uma vez que os alunos não são o alvo da nossa contestação. Certo é que algo deveríamos fazer no sentido de demonstrar o nosso desagrado com aquilo que esta a ser feito contra a escola pública portuguesa. De manifestações, vigílias e inquéritos já estamos todos fartos.
A questão é: E uma greve deste tipo teria adesão dos professores?
Tudo me leva a acreditar que não. E se não deverá ter adesão, é fundamentalmente por dois grandes motivos:
a) O facto de ser uma ideia sindical. E a maioria dos professores associa ideias sindicais a acordos sindicais pouco vantajosos. Como consequência, não aderem.
b) A classe docente encontra-se profundamente desgastada e desmotivada. Para além disso, aquilo que no passado mobilizou muitos docentes (a avaliação do desempenho) encontra-se "pacificado" temporariamente.
Certo é que este será o ano em que iremos sofrer os maiores cortes na classe. Iremos deparar-nos com o maior corte nas contratações de que há memória e muitos professores dos quadros serão "mobilizados" para longe de casa.
Infelizmente alguns colegas contratados sorriem perante esta mobilidade dos colegas dos quadros (bem sei que a inveja é algo complicado de controlar), no entanto, esquecem-se que a consequência desta mobilidade será a diminuição esmagadora de horários para contratação. Os colegas dos quadros que pensam que esta medida apenas irá "rapar o tacho" ao nível dos colegas contratados (olhando apenas para o seu umbigo) rapidamente se irão aperceber que afinal também eles serão afetados.
No fundamental, TODOS serem afetados... O problema é que somos demasiado egoístas para nos mobilizarmos e demasiado cegos para vermos que a bola de neve é imparável. Estarei a exagerar? Provavelmente. Mas fica o alerta.
E qual é a alternativa? Estender a mão feitos pedintes como fazem os nossos governantes perante a troika envergonhando o nosso país?
ResponderEliminarTemos de lutar mais do que nunca se quisermos sobreviver enquanto classe. Se não for com greve aos exames terá de ser com algo que faça mossa.
Os doentes também não eram os alvos dos médicos. Só que...os médicos são os médicos e os professores são os professores.
ResponderEliminarLamentavelmente, penso que tem toda a razão.
ResponderEliminarHá uns bons anos atrás, aderi a uma greve aos exames.
A frustação, a vergonha e o constrangimento que foi vivido na escola nesses dias é algo que não se esquece - para os exames foram decretados serviços mínimos e houve requisição civil. Tudo se revelou inútil, bonito mesmo, foi a postura dos colegas enter si. Ainda havia alguma união e grande respeito entre nós.
ResponderEliminarO melhor será meter férias definitivas, e não se vai notar nada nas escolas
Quando foi os médicos, ninguém se preocupou com a desmarcação de consultas e de operações.!! A comunicação social não os criticou, pelo contrário ficou do lado deles. será que aconteceria o mesmo quase a classe docente, hipoteticamente como é claro, se unisse e fizesse greve aos exames?
ResponderEliminarRelativamente ao texto tenho alguns acrescentos a fazer ( já que sou um dos tais professores em DACL, que está na terceira escola neste ano letico e poderá ir para uma quarta proximamente...):
ResponderEliminar- Observo nos professores do grupo 240 um sentimento de "orfandade", já que em EVT trabalhavam em par pedagógico e passaram a trabalhar sozinhos dentro da sala de aula em EV e ET;
- Os desmembramento da disciplina de EVT em duas (EV e ET) tem criado muita confusão ao nível da gestão de cada disciplina, acrescentando o facto de não haver um programa estabelecido desde o início do ano letivo 2012/2013 para estas duas disciplinas;
- O grupo 240 está "morto" pelo seguinte: chama-se medo...medo individual de cada um em perder o seu lugar na escola ou no ensino... infelizmente numa altura que era necessária união vejo cada um por si (espírito de salve-se quem poder!).
O governo conseguiu incutir o medo e a divisão (contratados contra os do quadro, os mais novos contra os mais antigos, os DACL pela indiferença dos colegas...).
Para terminar conto esta pequena história: encontrei na semana passada uma encarregada de educação da minha primeira direção de turma que lecionei este ano letivo e sobre a minha saída da escola, a senhora diz-me "mas pensei que o professor é que tivesse querido ir embora!"...mas o que se passa? Ninguém é informado (pais e alunos) sobre estas situações!
Penso que será a melhor solução! E proponho mesmo que seja em dia de exame de Português ou de Matemática, onde são necessários mais professores e haverá mais alunos afectados!
ResponderEliminarPara o Alberto Miranda: Eu também gostava de dar aulas ás minhas turmas com outro colega na minha sala. E eu que tenho 9 turmas o que dá perto de 200 alunos, sendo a minha disciplina teórica (História)até dava jeito ter um colega que complementasse o que ia dizendo. Ou então combinava com ele e eu falava os primeiros 22minutos e o outro os restantes 22. 1 minuto seria para escrever o sumário (a meias). Tenha juízo e atualize-se. De certeza que sozinho tb as dá e sempre evita a tentação de estar na conversa com a colega enquanto os alunos trabalham.
ResponderEliminarA greve aos exames não resulta, pois fará a opinião pública voltar-se (mais uma vez...) contra os professores, além de que o governo fará requisição civil e tudo acaba em nada (mais uma vez...).
ResponderEliminarComprendo o egoismo (mas não o aceito, claro), pois é sinal de que os professores não estão bem. Quando as pessoas se sentem bem, são generosas e compreensivas.
Caro senhor Jorge Santos,
ResponderEliminarDeve não ter lido com atenção o meu comentário...o que escrevi foi uma análise ao que se passa com uma grande maioria de professores do grupo 240 no letivo 2012/2013...mas gostava de vê-lo a dar Educação Tecnológica com 28 alunos a trabalhar em madeira ou com argila. Mas esteja descansado porque sempre fui defensor (e fiz várias vezes) da coadjuvação nas disciplinas teóricas, nomeadamente a apoiar os alunos com mais dificuldades.
Que seja uma greve por tempo indeterminado.
ResponderEliminarEu farei.
"Eventualmente injusta, uma vez que os alunos não são o alvo da nossa contestação."
ResponderEliminarEsta desculpa dada por muitos colegas é simplesmente patética. Quando há greve dos médicos ninguém quer saber dos doentes. QUando há greve dos transportes ninguém quer saber dos que nõa têm automóvel... etc. etc.
É óbvio que a população afetada na greve é a que está relacionada com a profissão em causa.
E mesmo os alunos compreenderiam de certeza.
Isso de dizer que a classe seria mal vista é outra treta de desculpa. NESTE MOMENTO ESTOU-ME BEM A BORRIFAR PARA O QUE OS OUTROS PENSAM DA CLASSE.
NÃO QUERO É SER COMIDO PELOS GASPARES DESTA VIDA.
ACORDEM DE UMA VEZ POR TODAS!!!!
E porque não greve às avaliações? Não lançar as notas...
ResponderEliminarGreve às avaliações, greve aos exames, greve por tempo indeterminado. Contem comigo para tudo, excepto para greves de um dia e manifestações inúteis!
ResponderEliminarGreves às avaliações, rolantes em que é necessário n ter quorum na reunião ou seja mais de 50% dos professores. Empurrando exames e ano lectivo próximo para Outubro ou Novembro. Isso deveria ser organizado por Conselho de Turma o k me parece difícil.... mas poderia n ser atingido por serviços minimos ou outro entrave. além disso xega de preocupação com os meninos pois é por eles que devemos fazer algo. Chega de rebentar com as escolas com professores com 8 , 9 e 10 turmas em que o tempo de preparação de aulas ja´acabou para mui profs.!!
ResponderEliminarUma greve aos exames apenas colocaria a opinião pública contra os professores, tal como já foi referido. Seríamos crucificados. O edeal seria uma greve de vários dias, aí sim o país parava, mas já se sabe que isso jamais acontecerá.
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ResponderEliminarTudo treta...
os profs do quadro... quando marcam greve vêm perguntar quanto perdem por um dia... digo-lhes 100 Euros... uiiii "NEM PENSARRRR"
Não se acreditem nessa história, ficam sozinhos!!!
Toca a alertar a comunidade educativa sobre as vossas dificuldades...
Sejam criativos.. pedidos de esclarecimento por exemplo para todo o lado sobre as aulaas, avaliações.. por escrito e depende a vossa posição desses esclarecimentos!!!
Desculpem o desabafo... Mas somos uma classe da treta... Nas greves está tudo a pensar no dinheiro que vão perder e outros com medo sei lá bem de quê...
ResponderEliminarTenho feito todas as greves que decorreram nos últimos 4 anos (independentemente das razões que levaram às mesmas me afectarem diretamente ou não) porque penso que só tendo uma adesão quase total é que a greve poderá ter algum efeito positivo.
Preocupado com os alunos? Sim... Mas não quando há greves... Desculpem lá... antes de me preocupar com os alunos tenho que me preocupar comigo... Chama-se o principio da sobrevivência.
Enfim.. discutimos tretas e mais tretas (tal e qual como nas reuniões) e depois o sumo que daí sai não chega para encher um "copito" daqueles pequenos - tipo onde os chinocas servem o saquê...
Abraço
Pedro_Norte (chat)
há muitos anos que a defendo...
ResponderEliminara greve só tem uma ação significativa se assentar em períodos criticos (veja-se o recente exemplo da TAP na Páscoa... até ações da empresa receberam!)
uma greve de um dois ou mesmo três dias no ano letivo NÃO SERVE DE NADA! Aliás até dá jeito ao ministério pois poupa uns milhões em salários - e quem tem turma do ensino profissionaç até tem de repor as aulas posteriormente e à borla(!!!)
que se convoque uma greve para 17 e 25 de Junho (Exames de PORTUGUÊS e MATEMÁTICA 12º) - mesmo que adesão não seja total, basta que seja significativa para anular estas provas e encalacrar o sistema.
o prejuizo dos alunos não é argumento... se o ministério aceder às nossas exigencias a greve é desconvocada, caso não aceda a responsabilidade passa para eles e não para nós... e tb se atrasar muito as coisas, a única consequência é os meninos terem de fazer nas férias de Agosto (tadinhos!)
quanto à questão das bestas dos nossos colegas que não querem perder um dia de salário ou hipotecar as férias nas caraíbas... para isso infelizmente não tenho solução - acreditem, acima de tudo é esse o nosso grande problema e o que nos difere de outras classes que passamos a vida a criticar (médicos, enfermeiros, juizes, ...) ELES SÃO UNIDOS E MOBILIZAM-SE!!!
MAis nada, João!
ResponderEliminarÉ isso mesmo, João!!!
ResponderEliminarAndamo sempre com tretas e desculpas!
Assino por baixo João <!!!!
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