sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Pequeno desabafo...
Foram utilizadas - por alguns meios de comunicação social e por certos "cordeiros" políticos - palavras como "invasão" e "ocupação" para designar a iniciativa que os nossos colegas tiveram no Palácio das Laranjeiras... Admito que só compreenderia e defenderia a aplicação destas palavras para esta acção em particular, à luz de uma esquizofrenia temporária ou de uma forte medicação antipsicótica.
Adiante.
Por aquilo que pude ver e ouvir, parece-me que estivemos perante uma iniciativa bastante civilizada e que acabou por surtir parte de efeito desejado. Tivesse mais adesão e os resultados talvez fossem diferentes. Quero acreditar que tivemos aqui o embrião de algo mais forte, organizado e difundido.
Assim, fica desde já expresso o meu total e incondicional apoio a iniciativas destas, desde que fundamentadas, civilizadas e que decorram com a serenidade que deve caracterizar a nossa classe profissional.
Ainda a iniciativa dos professores que se manifestaram no MEC...
O comentário que se segue foi retirado deste post e deverá merecer toda a nossa atenção, uma vez que estamos perante uma das colegas que esteve presente na iniciativa que levou cerca de 20 professores ao Palácio das Laranjeiras no dia 28 e 29 de Setembro:
"Olá a Todos, muito obrigada pelas vossas palavras de apoio e força.
Os colegas Miguel Reis e Belandina Vaz iniciaram o movimento, sao 2 vozes activas e muito VÁLIDAS e estao no FB, na pagina "Protesto de Professores Contratados e Desempregados", por favor adiram a pagina para continuarem a par das nossas acçoes.
Eu fui uma das colegas que esteve ontem no Palacio das Laranjeiras e que fui recebida juntamente com outros 4 colegas, pelo Sec. de Estado da Administração e outros 3 elementos afectos a tutela.
Abordamos os horarios anuais mascarados de temporarios, o abuso de poder perpetuado pelos directores das escolas, o facto de ja termos recebido verbas do QREN ate 2013 para as Novas Oportunidades que como deverao saber estao em stanby (e para onde foram as verbas?), e por ultimo, a questao da caducidade de contrato que nos é devida. Rebemos um vazio de respostas, sendo que a pessoa com o poder politico maximo, presente na sala, nao sabia responder a nenhuma questao, é claramente inapto para o cargo que lhe foi atribuido.
Sobre a caducidade de contrato, exaltou- se, e mencionou que, como estavamos ali, a titulo individual e nao em representação duma associação ou sindicato, ele nao teria que nos responder, e que já eramos uns priveligiados por sermos recebidos por ele, o que nunca acontecera em mandatos anteriores! Ao que retorqui que nao era sindicalizada por opçao, nem filiada pq sou liberal e penso pela minha cabeça, mas enquanto cidada, merecia uma resposta de alguem que tb eu elegi, e que o discurso dele roçava a um chorrilho de vaidade! O resultado foi como devem calcular um descontrole em alta voz do senhor inapto secretario de estado, no qual me apontava o dedo dizendo que nao admitia "isto e aquilo", saindo da sala- como lhe convinha.
Lamentavelmente, apesar dos nossos consecutivos apelos na Comunicação Social, nao ultrapassamos as 30pessoas, presentes no Palacio das Laranjeiras. Porque esperam para se juntarem a nós?? A LUTA nao se faz em casa, em frente ao portatil, a LUTA faz- se nas ruas!!! Como é que nos darão credito se os professores nao se juntam a nós??? Nós estamos a lutar pelos vossos direitos, vivemos um dia intenso, com muitas tensoes e pressoes e voces onde estavam?
Houve colegas que dormiram no Palacio das Laranjeiras para darem continuidade a acção iniciada as 11h da manha de ontem. Eu estive la desde as 11h e sai perto da meia noite, comi sandes e fruta o dia todo, mas nao arredei pé por razao alguma. Entristece- me muito a desuniao da classe, o comodismo. Quantos milhares de professores ha em Lisboa que se poderiam ter juntado a nós?
Colegas, nao desmobilizem, nao desmoralizem, estamos na LUTA e contamos CONTIGO!
E mais uma vez: Os colegas Miguel Reis e Belandina Vaz iniciaram o movimento, sao 2 vozes activas e muito VÁLIDAS e estao no FB, na pagina "Protesto de Professores Contratados e Desempregados", por favor adiram a pagina para continuarem a par das nossas acçoes.
Cristina Loureiro."
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Para os colegas que se encontram no Ministério da Educação nas Laranjeiras
Por aquilo que sei ainda por lá devem continuar... Tenho honra de ter colegas assim. Estão de parabéns.
Iniciativa sindical - Colocações polémicas na BR2
Comentário: A acção de pequenos grupos de professores, dos sindicatos e (porque não afirmá-lo) de blogues de professores, começa a gerar o necessário ruído para que comecem a levar mais a sério as atrocidades cometidas na Bolsa de Recrutamento 2. A FENPROF afirma possuir documentos que indiciam problemas nas colocações, resultantes de eventual "manipulação dos dados introduzidos na aplicação do concurso, o que, a confirmar-se, constituirá um grave ilícito". Parece-me que não será muito difícil criar uma suspeita minimamente razoável junto do Procurador-Geral da República e da Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República.
Ficam as datas das reuniões da FENPROF, para estarmos atentos:
- Procurador-Geral da República: 6 de Outubro (11h);
- Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República: 7 de Outubro (9h).
0,1% de reclamações na BR2
Comentário: Os argumentos utilizados por Nuno Crato e João Casanova de Almeida não me espantam nem desiludem... A ligação a uma máquina partidária, qualquer que ela seja, amordaça-nos a razão e tolda-nos o juízo. No artigo cujo link coloquei acima, o que realmente me surpreendeu foi a informação dada pelo Ministro da Educação, relativa às reclamações e que passo a citar:
"Nuno Crato garantiu que o ministério irá analisar todos os recursos que cheguem de professores que contestem os resultados do concurso, mas voltou a apoiar-se nos números para afirmar que as irregularidades são "exceções": da primeira bolsa só 0,04% dos candidatos apresentaram recurso e da segunda só 0,1%."
Apenas 0,1% dos colegas avançaram com recurso hierárquico?! Afinal o que é que aconteceu? Os restantes ficaram atemorizados pelos resultados da consulta prévia? Neste blogue e no blogue do Arlindo foram dadas diversas informações que tinham como objectivo ajudar na elaboração de um eventual recurso... Sempre pensei que estas informações e conselhos seriam úteis e que muitos os iriam utilizar. Pelos vistos, a esmagadora maioria desistiu perante a pressão do MEC e de alguns rumores que entretanto foram gerados por falta de informação relativa ao mecanismo das reclamações. Infelizmente, pois acabamos por dar (de forma involuntária) mais um argumento para justificar o falso "pleno" funcionamento da aplicação.
Critérios "manhosos" nas ofertas de escola - XXIII
Por aquilo que sei foi neste blogue que se iniciou a divulgação dos critérios utilizados por algumas escolas para selecção por contratação de escola. Ultimamente outros blogues de professores também começaram a divulgar critérios "manhosos" e ainda bem. É necessário que estes abusos sejam divulgados e neste momento, somos poucos para tanta "porcaria".
Obviamente que esta situação não é nova... Estes critérios já são utilizados (quase) desde que as ofertas/contratações de escola surgiram. O tempo apenas serviu para aumentar o número de escolas a aderir aos critérios "manhosos", por razões diversas, entre as quais as sucessivas "desistências" a que alguns horários se encontravam sujeitos, mas não só. Apenas este ano me lembrei de divulgar algo que apenas tinha uma ténue ideia, mas reconheço que estava longe de imaginar o grau de gravidade. Quase me arrependo da ideia que tive quando regressei de férias... Começo a acreditar que estaria melhor psicologicamente se não conhecesse o tamanho do buraco onde me fui meter. Tenho centenas de print screens na minha caixa de correio electrónico e digo-vos que cada vez que abro um sinto vontade de gritar. É revoltante... É triste... É indigno... É de deixar qualquer pessoa sem palavras...
Os critérios "manhosos" utilizados abaixo fazem parte daqueles que posso classificar como, no mínimo, INACREDITÁVEIS...
Iniciativa louvável
Comentário: A minha solidariedade para com estes colegas que resolveram parar de se lamentar em casa e passaram à acção... São cerca de 20 os professores que se encontram no Palácio das Laranjeiras e que serão recebidos pelo secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida.
Vi há pouco na TVI24, o apelo de uma colega para que mais professores se juntem a esta iniciativa. Assim, se estiverem próximo de Lisboa, o Palácio em questão encontra-se próximo do Jardim Zoológico. Por favor não deixem passar esta oportunidade! Se estivesse mais perto, e mesmo não sendo afectado pelas Bolsas de Recrutamento, tenho a certeza que não faltaria ao apelo.
Colegas, mexam-se... Se não o fizerem, ninguém o fará por vocês. Já viram o que está a acontecer?! Isto apenas tende para pior.
Deixo-vos abaixo com um mapa para ajudar...
Colegas, mexam-se... Se não o fizerem, ninguém o fará por vocês. Já viram o que está a acontecer?! Isto apenas tende para pior.
Deixo-vos abaixo com um mapa para ajudar...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Para relaxar...
Eu sei que as últimas opções musicais têm sido melancólicas, mas... para já não consigo evitar. Ainda estou a "ressacar" das férias de Verão mais curtas que o normal e que não permitiram que começasse este novo ano lectivo com o descanso que precisava.
Critérios "manhosos" nas ofertas de escola - XXII
A não ser que algo me esteja a passar ao lado, parece-me que esta será uma das OE´s mais escandalosas a que tive acesso. Será que estou a ver mal??
Magalhães no "prego"
Comentário: A Fundação para as Comunicações Móveis (responsável pelos programas e.escola e e.escolinha) será extinta, e parte das suas "funções" será agora assegurada pelo MEC. A dívida criada por esta fundação poderá ascender aos 73 milhões de euros!
73 milhões de euros que o governo terá de saldar (junto das operadoras móveis, por exemplo) no momento da extinção da fundação e que resultaram de "maravilhas" tecnológicas como o "Magalhães". Se lerem o artigo com atenção irão constatar que o maior devedor é o próprio Ministério da Educação. Mais um daqueles imbróglios financeiros que serão resolvidos à custa de menos professores contratados e de piores condições nas escolas.
4.ª feira
Reconheço que voltar a dar aulas à noite é bastante estranho, no entanto, admito apreciar bastante o contacto com alunos de outra idade e maturidade.
O problema é a hora de jantar... 22 horas. Chego a casa "esganado" de fome.
Lá terei de me habituar (e vocês também... eh eh eh). Às quartas, actualizações só mesmo depois das 22:20h.
Cheques "carecas"...
Comentário: Mesmo que defendido por muitos, não posso afirmar que me sentisse muito entusiasmado com o Dia do Diploma. A questão é que ele irá continuar mas sem a atribuição dos cheques de 500 euros aos melhores alunos, mas sim a projectos da escola destinados a apoiar alunos ou famílias carenciadas. Positivo? Parece-me que tudo o que signifique não premiar monetariamente um aluno pelo seu sucesso é bom, por vários motivos mas principalmente porque a maioria dos bons alunos que conheço provêem de famílias mais abastadas. Para além disso gostaria de conhecer em maior profundidade os tais "projectos" que aparentemente existem nas escolas para apoiar alunos carenciados. É que a não ser que os "fabriquem" em 2 dias, não conheço muitas escolas que os desenvolvam...
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Para relaxar...
... ao som de um dos meus temas favoritos dos Keane.
Critérios "manhosos" nas ofertas de escola - XVIII
Estamos definitivamente perante um critério "manhoso" muito próprio definido por verdadeiros profissionais. Vejam lá se descobrem a manha desta escola...
Porque será?
Comentário: Os requerimentos do BE e PCP que solicitavam a presença de Nuno Crato na Comissão Parlamentar de Educação para explicar as irregularidades na Bolsa de Recrutamento 2 foram rejeitados pelo PSD e CDS-PP. Deve ser por não ter ocorrido qualquer problema com a aplicação, nada ter sido mexido e como tal não ser necessário estudo prévio com assessores e ensaio de respostas suficientemente ambíguas para todos - que não sejam professores - fazerem "boa figura".
Na 5.ª feira (aquando do debate de urgência) quando estiver tudo "afinado", restará uma conclusão: a culpa é dos professores! Alguém tem dúvidas? Eu não...
FENPROF, PGR e a BR2
Comentário: Para além Procuradoria-Geral da República, a FENPROF irá enviar queixas o Provedor de Justiça e para 3 comissões parlamentares: Educação e Ciência; Trabalho e Administração Pública; Direitos Constitucionais, Liberdades e Garantias.
Acho muito bem que os sindicatos não deixem que a polémica Bolsa de Recrutamento 2 caia no esquecimento. Muitos colegas foram indevidamente "ultrapassados", apenas porque alguém optou por mexer na aplicação informática
Aguardo com imensa expectativa os resultados desta iniciativa sindical, se bem que com um entusiasmo extremamente moderado.
Resumindo e concluindo: graduação profissional
Comentário: Já há alguns dias que conhecia o desfecho desta contratação "manhosa"... Infelizmente não podia revelar o desfecho, mas já me andava a roer. Vazou... e ainda bem. Esta é mais uma daquelas situações em que valeu a pena intervir. Conheço mais uma ou duas, que espero que dentro em breve também cheguem aos meios de comunicação social, bastando apenas a iniciativa dos docentes que denunciaram as situações eventualmente irregulares.
Este contratação "manhosa", que o director do Agrupamento classificou de "coincidência", foi justificada com o facto de os critérios do concurso não terem sido aprovados pelo Conselho Pedagógico. Pois não... Se fossem, a "coisa" provavelmente até estaria encerrada e dentro da legalidade.
Para encerrar este assunto, transcrevo a conclusão que o director em questão retirou deste processo: "Rui Filipe disse ao CM que pretende colocar um ponto final nesta questão e por isso vai propor a graduação profissional como critério único "para que não haja mais dúvidas"."
Perceberam? Graduação profissional... Está tudo dito.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Mais uma prova...
Mais uma vez alguém vai alegar a "teoria esquizofrénica" para ignorar mais este facto... O cálculo e as conclusões são do Arlindo:
Concurso de docentes 2011/2012 - Bolsa de Recrutamento 3 (listagem por grupos)
Devido à tremenda falta de tempo que terei hoje para organizar as listas que entretanto me enviem (odracirmt@yahoo.com.br), se não me for possível visualizar com calma e fazer o upload para a minha base de dados, colocarei os links que entretanto o Arlindo for colocando.
Mais uma vez, e na impossibilidade de agradecer a todos os colegas que enviam e enviaram as listas das diversas Bolsas de Recrutamento, fica aqui o meu enorme obrigado.
Mais uma vez, e na impossibilidade de agradecer a todos os colegas que enviam e enviaram as listas das diversas Bolsas de Recrutamento, fica aqui o meu enorme obrigado.
Boa sorte a todos!
Grupos:
100 - Educação Pré-escolar (link Blog DeAr Lindo pdf)
110 - 1.º Ciclo do Ensino Básico (link Blog DeAr Lindo pdf)
200 - Português e Estudos Sociais História (link Blog DeAr Lindo pdf)
210 - Português e Francês (link Blog DeAr Lindo pdf)
220 - Português e Inglês
230 - Matemática e Ciências da Natureza (link PLusos xls)
240 - Educação Visual e Tecnológica (link PLusos xls)
250 - Educação Musica (link Blog DeAr Linfo pdf)
260 - Educação Física (link Blog DeAr Lindo pdf)
300 - Português (link PLusos xls)
310 - Latim e Grego
320 - Francês
330 - Inglês
340 - Alemão
350 - Espanhol
400 - História
410 - Filosofia
420 - Geografia (link PLusos xls)
430 - Economia e Contabilidade (link PLusos xls)
500 - Matemática (link Blog DeAr Lindo pdf) (link PLusos xls)
510 - Física e Química (link Blog DeAr Lindo pdf)
520 - Biologia e Geologia (link Blog DeAr Lindo pdf)
530 - Educação Tecnológica (link Blog DeAr Lindo pdf)
540 - Electrotecnia
550 - Informática (link PLusos xls)
560 - Ciências Agro-Pecuárias
600 - Artes Visuais
610 - Música
620 - Educação Física (link PLusos xls)
910 - Ensino Especial (link Blog DeAr Lindo pdf)
920 – Ensino Especial
930 – Ensino Especial
Para os que aguardam a terceira BR
Colegas, ao contrário das outras Bolsas de Recrutamento (BR), desta vez não foi possível inferir (até à hora de publicação deste post) uma eventual data de publicitação das listas... Podemos, por aquilo que aconteceu nas anteriores, achar que hoje é o dia, mas infelizmente não consegui encontrar nenhuma informação nesse sentido.
Mal saiba de algo, colocarei um post.
Boa sorte a todos.
Os abusos nos atestados médicos
70 mil atestados médicos a professores em 4 meses
Médica que passou 413 atestados a professores sob investigação
Médica que passou 413 atestados a professores sob investigação
Comentário: Relativamente ao primeiro artigo tenho de reconhecer que o número assusta, mas será necessário averiguar o que realmente se passou em cada um desse atestados médicos antes de começar a condenar o que quer que seja. No que concerne ao segundo artigo, bem... aqui o caso é bastante diferente e julgo ser suficientemente suspeito para que a médica em questão seja alvo de averiguação.
Se se provar que estas baixas são fraudulentas, obviamente que os colegas em questão terão de ser penalizados, no entanto, ninguém terá dúvidas que estaremos perante uma situação de culpa partilhada, pois os médicos em questão compactuam e "assinam por baixo".
Para além dos comentários acima referidos, a conclusão óbvia: Estes abusos, que eu acredito serem feitos por um franja da nossa classe, levam a generalizações que acabam sempre por ter repercussões em termos de opinião pública e de futuras alterações no Estatuto da Carreira Docente. Já não é a primeira vez que por causa dos abusos de uns, toda a classe acaba por sofrer as consequências.
Se se provar que estas baixas são fraudulentas, obviamente que os colegas em questão terão de ser penalizados, no entanto, ninguém terá dúvidas que estaremos perante uma situação de culpa partilhada, pois os médicos em questão compactuam e "assinam por baixo".
Para além dos comentários acima referidos, a conclusão óbvia: Estes abusos, que eu acredito serem feitos por um franja da nossa classe, levam a generalizações que acabam sempre por ter repercussões em termos de opinião pública e de futuras alterações no Estatuto da Carreira Docente. Já não é a primeira vez que por causa dos abusos de uns, toda a classe acaba por sofrer as consequências.
A teoria esquizofrénica
A partir de hoje irei utilizar a expressão "teoria esquizofrénica" para tudo o que se relacione com a culpabilização de todos os docentes contratados, no que concerne aos erros da máquina concursal da DGRHE.
Para mim, já ficou provado em diversos fóruns e blogues de professores que este ano foram introduzidas alterações na aplicação informática da Bolsa de Recrutamento e que levaram a que muitos colegas tivessem ficado prejudicados, como tal, e mesmo tendo lido vários argumentos utilizados pelos adeptos da "teoria esquizofrénica" não posso, em consciência, defender que tantos erros de colocação se devam à leitura errada de milhares de colegas.
Todos os anos ocorrem erros de colocação provocados pela máquina concursal... Todos os anos alguns colegas, devido às suas opções, ou não são colocados ou são colocados em horários menos bons... Isto são factos. Mas se olharmos para os números de colegas mal / não colocados, se analisarmos as listas, se olharmos para a ordem de colocação dos horários pelas escolas e os compararmos com os números dos colegas colocados, entre outros factos, poderemos verificar (e nem é necessário termos muito boa vontade) que ultimamente temos um número exageradamente elevado de erros, não provenientes de opções pessoais, mas eventualmente resultantes de um erro aparentemente provocado por alterações na aplicação informática.
Obviamente que estarei aberto a quem me demonstre o contrário, no entanto, estou convicto que a "teoria esquizofrénica" não tem qualquer fundamento. Se alguém me provar que estou errado, não terei qualquer problema em admitir o meu erro de julgamento.
Para terminar, uma definição de esquizofrenia retirada da Wikipédia: "A esquizofrenia é um transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente pelos seguintes sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais, sinestésicas, e sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade."
Justificações da treta
Comentário: A afirmação é de Adalmiro Fonseca, Presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, e serve como justificação para o acréscimo do número de colegas contratados não colocados. Para além deste argumento, é utilizado outro que está relacionado com a dificuldade dos professores entenderem o funcionamento da aplicação. Mais um vez, quero expressar aqui a minha incredulidade no argumento para justificar aquilo que é injustificável e que deveria ser corrigido.
domingo, 25 de setembro de 2011
Aviso à navegação...
Por motivos que desconheço este blogue foi considerado "perigoso" por manter uma ligação (no caso, um link) ao blogue "A Professorinha" (se quiserem testar, é só colocarem no Google o nome do mesmo).
Após remover o link para o blogue em questão, o aviso deixou de aparecer... Assim, este blogue regressa à normalidade, mas fica a curiosidade por saber o que realmente se passou com o blogue da nossa colega.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Bom fim-de-semana...
À partida não devo actualizar o blogue nos próximos dois dias... Esta semana foi demasiado intensa, e o "pessoal da casa" precisa de descansar. No entanto, se surgir alguma novidade mais importante eu estarei aqui.
Fiquem bem...
Fiquem bem...
Pergunta a fazer na "consulta prévia" do recurso e/ou às escolas
Caros colegas, para saberem se os horários da BR2 são verdadeiro ou falsos horários temporários, façam o que a seguir enumero.
Vão à aplicação da BR e apontem os nºs dos horários temporários e respectivas escolas.
Depois façam o seguinte.
Na aplicação de recurso, na consulta prévia, coloquem a seguinte pergunta:
- Qual o motivo indicado pelas escolas para os seguintes horários, no grupo de recrutamento xxx:
- Indiquem a escola e o nº do horário.
Em alternativa (ou melhor, façam as duas coisas), façam um requerimento a cada escola solicitando o motivo que estas indicaram para pedir o horário.
Aconselho ainda que peçam ajuda a um advogado para redigir a pergunta e o requerimento, para que tudo esteja formalmente bem feito.
Se a resposta for "aumento de turma", estão perante um falso temporário.
Advogado do Diabo
Parte 3 - O encapotamento (início)
Um colega enviou-me a mais recente alteração na página dos candidatos da Bolsa de Recrutamento / Contratação de Escola (parece que foi feita hoje) que eu transcrevo de seguida. Recordo que a aplicação é a mesma para estas duas tipologias de concurso.
Nota 1: os vermelhos, negritos e sublinhados são de minha autoria. As aspas não...
Nota 1: os vermelhos, negritos e sublinhados são de minha autoria. As aspas não...
"Atenção: O horário de tipo “temporário” dá origem a um contrato com duração mínima obrigatória de 30 dias sendo que o mesmo se mantém enquanto a necessidade subsistir.
Caro candidato: Os candidatos apenas poderão denunciar, sem qualquer penalização, se essa denúncia tiver lugar durante o período experimental, ou seja, no primeiro contrato celebrado no presente ano lectivo, podendo apenas candidatar-se a horários no âmbito do Decreto.- Lei n.º 35/2007. O período experimental corresponde ao da primeira colocação obtida em 2011/2012. Caso denunciem o contrato fora do período experimental, ficarão impedidos de celebrar, no presente ano lectivo, novo contrato ao abrigo de qualquer modalidade. A aceitação de uma colocação em Contratação de Escola (em qualquer tipo de horário e duração de horário) implica a retirada automática e definitiva da Bolsa de Recrutamento. Os candidatos devem proceder à introdução das suas Habilitações para que possam surgir, no menu Candidatar, as ofertas relacionadas com as habilitações indicadas. Aos candidatos que não se apresentaram na Escola após a aceitação de horário, quer de Bolsa, quer de Contratação de Escola, toma-se o contrato como denunciado."
Nota 2: Se algum me colega me enviar o printscreen desta mensagem, agradecia. Já sabemos que muitos só acreditam quando vêem as imagens.
Parte 2 - O entendimento das comadres
Comentário: A Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas em conjunto com o MEC, concluiu que a polémica em torno da Bolsa de Recrutamento (BR) terá surgido de erros de interpretação da legislação por parte dos professores. Nem vou comentar o que hoje aconteceu nesta reunião, para não utilizar termos menos correctos... Depois de alguns directores terem vindo a público afirmar que tinha ocorrido uma alteração na aplicação como é possível esta conclusão? Não sei se estes "meninos" estão a par, mas a maioria dos que estão este ano na BR já o estiveram em outros anos (pelo menos desde 2009)! Só este ano é que os erros de interpretação surgiram em quantidades industriais? Por favor...
Parte 1 - A descoberta do erro
O colega lm do fórum do Educare descobriu um dos erros na distribuição de horários na aplicação electrónica da Bolsa de Recrutamento. Mas mais do que indicar a descoberta, conseguiu prová-la de forma absolutamente inequívoca conforme se pode ler, clicando nos seguintes links (aconselho leitura sequencial, pela ordem abaixo colocada):
D) "até INVERTERAM a ordem de entrada na DGRHE"
Para ajudar à prova, convém que depois de lerem com muita atenção o que o colega lm descobriu, cruzem com a tabela que entretanto o Arlindo elaborou.
Não sei como é que depois desta prova do erro, alguém consegue dizer que a Bolsa de Recrutamento funcionou bem e a culpa é TODA dos professores. É ridículo.
Para ajudar à prova, convém que depois de lerem com muita atenção o que o colega lm descobriu, cruzem com a tabela que entretanto o Arlindo elaborou.
Não sei como é que depois desta prova do erro, alguém consegue dizer que a Bolsa de Recrutamento funcionou bem e a culpa é TODA dos professores. É ridículo.
Duas respostas da DGRHE aos recursos da Bolsa de Recrutamento
Seguem-se duas respostas tipo que a DGRHE está a dar aos recursos. O primeiro printscreen foi enviado para a minha caixa de correio...
O segundo printscreen foi furtado do blogue do Arlindo...
Para além das diferenças óbvias de argumentação do recurso (volto a repetir que nenhum recurso se deve basear em questões), fica uma conclusão comum: a culpa é de todos, menos da DGRHE.
Foi para isto que quiserem apressar os recursos...
Foi para isto que quiserem apressar os recursos...
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
O definhar da razão
Primeiro vieram as oscilações de opinião... Um dia, uma verdade... Outro dia, a tal verdade era acusada de falsidade. Mas a ondulação da razão nunca afectou grandemente a minha opinião acerca desse alguém. O respeito dominava acima de qualquer crítica e os meus olhos continuavam a não querer acreditar naquilo que viam.
Depois mudou a cor... E vieram as contradições exageradas, os textos delirantes e uma alienação completa da realidade.
O respeito, esse mantém-se, mas não a leitura. Infelizmente.
Será?
Será que aquilo que abaixo coloco (e que se encontra num nota informativa da DGRHE de 15 de Setembro) poderá constituir a pista para as alterações feitas na aplicação para colocações através da Bolsa de Recrutamento?
Vamos à explicação da "teoria da nabice": uma vez que a aplicação da Bolsa de Recrutamento (BR) é a mesma das Ofertas de Escola (OE) não poderemos desconfiar que ao alterarem a "condição" no sistema para as OE (para obedecerem à nota informativa) também o tenham feito para as BR? Sem de facto o quererem fazer, mas não querendo admitir a "nabice"? É que a aplicação é a mesma... Fica a suspeita do colega "Advogado do Diabo", com a qual tenho de concordar.
Os horários e a aplicação informática da DGRHE
Têm surgido diversas dúvidas acerca da tipologia de horários que tem aparecido nas listas das necessidades transitórias de final de Agosto, na primeira e segunda Bolsa de Recrutamento. Na impossibilidade de provar com documentos aquilo que afirmo, considerem o que se segue como uma mera opinião baseada na observação e na leitura de comentários e emails que entretanto me vão chegando.
Assim...
Estudando as 3 listas de colocação (Agosto, 12 e 19 de Setembro) são visíveis as 3 grandes tipologias de horários. Os temporários, os anuais (onde estão incluídos aqueles que terminam a 31 de Julho de 2012) e os que são apresentados com um limite mínimo mensal. Por aquilo que pude apurar, dependendo dos intervalos temporais de colocação dos horários a concurso (em Agosto, entre 1 e 11 de Setembro, e entre 12 e 18 de Setembro) assim a aplicação terá permitido "anuais", "31/07" e "limite mensal", respectivamente. Obviamente que esta informação carece de confirmação oficial, mas suspeito não estar muito longe da verdade.
Quanto aos temporários e anuais não há grande assunto a discutir (poderíamos explorar os tais de 31/07, mas nesta altura é basicamente "perder tempo"). Assim o que interessa mesmo discutir são os horários apresentados com o tal limite mínimo. Estes horários foram "explicados" pela DGRHE como sendo horários anuais, mas com um limite mínimo. Tal como o meu colega "Advogado do Diabo" tentou elucidar inúmeras vezes em comentários, este conceito é errado porque não existem horários anuais com limite mínimo, mas sim com limite certo ou duração certa (daí que quando ocorrer um contrato, o mesmo terá a designação contrato a termo certo). Escrito de outra forma, quando os professores assinam um contrato deste tipo deverão ter a indicação expressa de quando o mesmo termina. Este facto contraria as explicações que um responsável da DGRHE deu na 3.ª feira.
O limite mínimo é algo que existe para os horários temporários que vão resultar (se aceites) em contratos a termo incerto, ou seja, sabemos quando começam, qual a duração mínima e não quando acaba. Espero ter sido claro aqui neste ponto.
Resumindo e concluindo, quando a DGRHE alterou a aplicação disponibilizada às escolas, a "máquina concursal" terá interpretado que os horários a concurso (anuais e temporários) seriam temporários, ou seja, os horários realmente temporários e os anuais terão sido "convertidos" em temporários (devido à tal condição inalterável de o limite mínimo de um mês). Quanto ao facto de ainda apareceram horários anuais nas bolsas de recrutamento quero acreditar que os mesmos terão sido colocados a concurso antes desta alteração na aplicação informática, mas não o consigo confirmar.
Assim, e para aqueles que agora pensam na melhor forma de reclamar da segunda Bolsa de Recrutamento, aconselho que voltem a ler o que acabei de escrever. Bem sei que não é grande coisa, mas poderá ajudar na argumentação...
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Dia cansativo...
Começou às 8:15h com componente lectiva e só terminou às 22h. Pelo meio preparação de aulas... O tempo para responder a emails que não os de trabalho está reduzido a zero. O atraso, na maioria das respostas, já vai para os 15 dias, mas neste momento não consigo responder a apelos técnicos que exigem muita consulta de legislação. Chego a receber 40 emails por dia com solicitações e pedidos de esclarecimento. Colegas, eu só sou um e não tenho equipa de apoio. Tentem compreender...
Craziness...
Comentário: Admito... A minha cabeça acabou de dar o tilt. Depois desta notícia já não sei o que escrever acerca da polémica das colocações na Bolsa de Recrutamento. Tão rápido metem a 6.ª mudança, como recuam e depois metem a 1.ª mudança. Fazem uns intervalos na "estação de serviço" e quando regressam ao carro já está tudo diferente... Escrito de outra forma: O que raios se passa na DGRHE? Está tudo maluco?
Vejam a "pérola" que se segue:
"Pedindo a verificação de tais situações, a Federação Nacional de Educação (FNE) recebeu do ministério o "compromisso de que nas circunstâncias em que se verifique que o horário que devia ser anual foi considerado como temporário, haverá a correcção da situação para que não haja candidatos prejudicados".
"Há o compromisso do ME de corrigir a situação dos candidatos e colocá-los no lugar a que teriam direito se o horário tivesse à partida sido considerado anual e não temporário", assegurou."
Já nem sei o que dizer ou escrever acerca deste tema. Estamos perante uma tremenda incompetência ou então, o esboço de um futuro sombrio em termos de concursos.
A antecipação da reclamação
Comentário: O MEC vai antecipar o prazo de reclamações das colocações ocorridas pela segunda Bolsa de Recrutamento. Na nota informativa publicitada no sítio da DGRHE a 16 de Setembro, pode ler-se o seguinte: "A aplicação destinada aos recursos da Bolsa que correr no dia 19 estará disponível desde o dia 26 até ao dia 30, e assim, sucessivamente". Assim, aquilo que apenas iniciava a 26 passa a iniciar a 22 (segundo informação retirada do artigo cujo link coloquei acima). Consequências desta antecipação? Humm... Assim à primeira vista, nenhuma. Mas se pensarmos num dos eventuais motivos de reclamação já poderá começar a fazer sentido.
Remediar a polémica das colocações pela BR2? Como?
Comentário: O Arlindo sugere um "novo apuramento da duração previsível dos horários pela mesma ordem declarada nos pedidos das escolas e fazer correr a “máquina” para atribuir novamente as colocações", como resposta às injustiças geradas pelas colocações na Bolsa de Recrutamento 2. Não sei se será a única solução possível, mas parece-me ser uma das mais viáveis. Tudo isto se resolvia se a DGRHE não andasse a mexer na aplicação...
Desde 1 de Setembro até agora, a DGRHE já introduziu 2 alterações que causaram confusão. A primeira alterou a designação "anual" para "31/07/2011"... E saiu a primeira BR. Depois com a discussão entretanto levantada em blogues e por sindicatos, surgiu a segunda alteração: De "31/07/2011" para uma qualquer data com o tal mínimo mensal.
Se estivessem quietinhos e não andassem a "manipular" a aplicação é que eles faziam bem. Agora, depois de vários colegas prejudicados, receio que a catadupa de alterações não tenha terminado. É o Arlindo que questiona... E eu partilho a preocupação:
"Espero que a DGRHE não esteja a preparar alguma para tornar ainda menos claras as colocações pela Bolsa de Recrutamento já que desapareceram todas ao final do dia de ontem. Será que vão notificar apenas o candidato colocado?"
Uma questão de coerência
Os observadores e investigadores do sistema educativo português do ensino básico e secundário estão preocupados com a divulgação dos critérios "manhosos" das Ofertas de Escola e da polémica com a Bolsa de Recrutamento, defendendo que a classificação final de curso não é um critério de graduação justo pois varia com a "qualidade" da instituição de Ensino Superior.
Pois bem... Será que esta defesa se baseia numa inverdade? Obviamente que não... Sabemos perfeitamente (ninguém o pode negar) que muitas das classificações são inflacionadas com o objectivo de atrair futuros estudantes. Todos nós conhecemos casos. E a culpa deste situação é dos professores do ensino básico e secundário? Não... A culpa é de quem está nas instituições do ensino superior e "abre a porta" para que tais situações ocorram. E nem sequer vou tentar enquadrar a tal classificação da "qualidade" das instituições, pois não sei se será um critério válido no que à formação de professores diz respeito. Eu não obtive a minha formação numa das tais instituições superiores de "topo" e nem por isso me sinto menos (ou mais).
Adiante.
Querem coerência? Então recomendo aos observadores e investigadores do superior ensino que trabalhem no sentido de melhorar a avaliação feitas nas suas instituições e eventualmente a nível mais abrangente, se estivermos a falar de observadores com maior intervenção nacional e com contactos políticos relevantes. Se já o estiverem a fazer, os meus parabéns pela coerência no discurso.
Adiante.
Querem coerência? Então recomendo aos observadores e investigadores do superior ensino que trabalhem no sentido de melhorar a avaliação feitas nas suas instituições e eventualmente a nível mais abrangente, se estivermos a falar de observadores com maior intervenção nacional e com contactos políticos relevantes. Se já o estiverem a fazer, os meus parabéns pela coerência no discurso.
Agora vem a alternativa a este critério apresentada pelos teóricos do sistema de colocação de professores... A alternativa reside nos critérios de selecção "manhosos", que para além de ignorarem a tal graduação (algo que parece agradar aos observadores e investigadores) também fazem "tábua rasa" dos anos de serviço entretanto acumulados e de toda a experiência que os mesmos acarretam. Sim... Para estes teóricos é bom que se lembrem que os anos de serviço permitem um acréscimo na graduação. Se classificação final de curso e anos de serviço são bons critérios de selecção? Provavelmente até nem serão, mas serão definitivamente melhores que alguns que já pude ler nas "Ofertas de Escola".
Resta terminar com uma questão para os meus colegas de profissão... Uma questão para todos os professores do ensino básico e secundário... Qual a alternativa (à falta de melhores) de selecção que preferem? Um concurso nacional onde a graduação (classificação final + tempo de serviço) é o factor de selecção ou as "Ofertas de Escola" onde existem fortes probabilidades de encontrarem critérios de selecção ajustados à medida do freguês? Dos dois "males" qual será o preferível?
Não existem critérios perfeitos, mas existem critérios menos injustos...
Nota: Ainda existe o tal factor de ponderação relacionado com as avaliações de topo, mas não o coloquei para efeitos de explicação. Mas mesmo com este acréscimo, atrevo-me a dizer que prefiro os concursos nacionais.
Não existem critérios perfeitos, mas existem critérios menos injustos...
Nota: Ainda existe o tal factor de ponderação relacionado com as avaliações de topo, mas não o coloquei para efeitos de explicação. Mas mesmo com este acréscimo, atrevo-me a dizer que prefiro os concursos nacionais.
A confirmação...
Acabadinho de chegar à minha caixa de correio electrónico... Trata-se de uma Oferta de Escola inserida pelo Agrupamento de Escolas de Darque e que vem colocar em causa algo que foi discutido aqui ontem. O printscreen é demasiado grande para que possa ser observado com a qualidade pretendida, no entanto, eu transcrevo alguns elementos relevantes (os negritos e sublinhados são de minha autoria):
"Grupo de recrutamento: 350 - Espanhol
Motivo: Aumento de turmas (alínea h) do artigo 93º do RCTFP)
Disciplina/Projecto: leccionacao de espanhol
Número de horas semanais necessárias: 8
Data final de colocação: 20-10-2011
· Nota previa – Este concurso já foi colocado na bolsa de recrutamento para serem seleccionados professores de quadro. Antes esta vaga esteve em oferta de escola não validada centralmente como anual (ate 31 de Agosto). Independentemente do prazo que seja gerado pela aplicação informática a escola entende que este concurso corresponde a uma necessidade transitória anual e não temporária. Os critérios seguintes são referenciados por letras. Toma conhecimento? (responder apenas SIM)."
Para além disso, existe um criterioso e exaustivo rol de critérios de selecção que deixam pouca margem para dúvidas. Deixo-vos dois exemplos:
"· A – Processo – Ordenação com preferência aos profissionalizados no gr. 350 que tenham apresentado candidatura (ainda que excluídos) ao concurso nacional organizado pela DGRHE (2011) e com maior graduação profissional (sem dados de 2010-11). À graduação serão somados os dias de serviço prestados em Escolas TEIP. São admitidos para um 2º grupo outros profissionalizados que demonstrem possuir habilitação cientifica aceitável para o ensino de espanhol. Toma conhecimento? (responder apenas SIM).
· B – Responsabilidade e verificação – Os candidatos são responsáveis pelas declarações que prestam que só serão verificadas no momento do contrato. Só poderá ser seleccionado se preencher correctamente e APENAS os dados solicitados. O preenchimento deficiente detectado no processo de selecção implica exclusão automática. Toma conhecimento e procederá em conformidade? (responder apenas SIM)."
Assim falamos português...
Nota: Para acederem à digitalização em melhores condições, recomendo o acesso ao blogue "educar A educação".
Nota: Para acederem à digitalização em melhores condições, recomendo o acesso ao blogue "educar A educação".
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Afinal a culpa é das escolas...
Comentário: Não estamos perante o jogo do "empurra", mas sim do jogo das "escondidas". Posso estar redondamente enganado, mas parece-me que a DGRHE está a esconder a verdade...
Aconselho vivamente a leitura integral da notícia... Depois de o fazerem, acrescentem o comentário (furtado deste post) do colaborador oficial do blogue - o colega "Advogado do Diabo" - e tirem as vossas conclusões:
"Quando o DG da DGRHE primeiro diz que a aplicação não alterou nada e depois diz que a mesma "apenas colocou na plataforma o tempo mínimo de duração de contrato" está tudo dito.
Um contrato anual não tem duração minima. Ele tem uma duração certa, por isso é que assinam um contrato a termo certo.
Só há duração minima para os temporários. Por isso é que assinam um contrato a termo incerto. E alguns deste podem ser a termo certo (as resultantes de aposentações, por exemplo)".
Critérios "manhosos" nas ofertas de escola - XIV
Neste caso particular, eu substituiria critério "manhoso" por critério "JPM&Abreu" (cliquem na imagem e vejam o porquê).