quinta-feira, 27 de abril de 2017

Se a alma não é pequena, vale a pena...

Estava prestes a cumprimentar a minha colega, mas percebi que não me estava a ver sequer. Olhar pesaroso, fixado no horizonte e passo decidido de quem está irritado. A uns metros atrás, um aluno do 11.º ano com necessidades educativas especiais a tentar, cambaleando um pouco pelo peso da sua mochila, alcançá-la. “Quando é que vais voltar a falar comigo?”, perguntou ele um pouco ofegante. Ela continuou sem olhar para ele e, após uns dois segundos – que correspondem mais ou menos a dois anos, neste tipo de situações –, acabou por responder num tom de voz calmo, mas triste: “Quando deixar de estar chateada contigo.” E ele continuou a segui-la, ambos em silêncio, enquanto eu entrava na sala dos diretores de turma… 
Foi só isto, nada de mais, mas ao ver este pedacinho de trailer ternurento da relação desta minha colega com o seu aluno, senti-me tão, mas tão orgulhosa por pertencer a esta profissão que leva muito de nós, mas enriquece-nos a dobrar. Só nós sabemos... para o mal e para o bem…

quarta-feira, 26 de abril de 2017

A realidade da redução do número de alunos por turma


Comentário: Só acreditou na propaganda da redução de alunos por turma, quem se restringiu à mera leitura das notícias e não se deu ao trabalho de ler com alguma atenção o normativo legal que a estabelecia (aqui). Nessa altura foram vários (onde me incluo) os que alertaram para os excessos da propaganda, mas aparentemente não houve vontade de os denunciar nos meios de comunicação social.

Eis que passada uma semana, começam a surgir as primeiras notícias que corrigem as anteriores, mas a visibilidade que lhes está a ser dada, é concretizada numa outra escala, bem mais reduzida. 

Para terminar, recomendo a leitura do artigo cujo link coloquei acima, pois consegue sintetizar bastante bem, o que realmente vamos ter como realidade ao nível da redução de alunos por turma.


Concursos de professores 2017/2018: Validação das Candidaturas – Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento e Concurso de Integração Extraordinário

Começou hoje (26 de abril) e irá terminar às 18 horas de dia 3 de maio de 2017 (hora de Portugal continental). Convém estarem atentos à situação da vossa candidatura na plataforma SIGHRE.

Embora esta fase seja da responsabilidade das escolas, se estiverem interessados em conhecer melhor os campos que podem invalidar uma candidatura, cliquem na imagem abaixo.


De regresso...

...após alguns dias "sábaticos" de correção de projetos de PAP. E pensar que muitos deles ainda só vão na primeira versão, não me deixa mais descansado. A agravar tudo isto uma tremenda dor muscular no pescoço, que nem com analgésicos e relaxantes musculares parece passar.

sábado, 22 de abril de 2017

Sou só eu...

... que fica com calafrios sempre que aparece este aviso e que, com um quase transtorno obsessivo compulsivo, volta a verificar aquilo que já verificou um bom par de vezes, não vá - ainda assim - ter digitado o código do (Mega) Agrupamento de Escolas de Freixo de Espada à Cinta e Loulé Oeste?!


Já agora aproveito para relembrar que o prazo para o concurso que agora decorre termina às 18 h dia 24 de abril.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Gosto imenso...

...da melodia, do vídeo, mas especialmente da letra.

Só para mais tarde recordar, este é um dos temas favoritos da minha filha de 4 anos.

Música de "Clean Bandit feat. Zara Larsson" (Tema: Symphony)

Mobilidade por Doença: Qual a escola responsável pela validação?

Pelo que pude apurar (no entanto, admito que a amostra foi reduzida para tecer grandes generalizações) no ano passado (e ao que parece em anos anteriores), as escolas que validavam o concurso para os colegas de Quadro de Zona Pedagógica que se encontravam em Mobilidade por Doença, era a escola para onde os colegas obtiveram a mobilidade.

No entanto, parece que este ano, as coisas não serão bem assim. Se lerem o ponto 7 da nota informativa dos Concursos de Professores 2017/2018 ficarão esclarecidos:

AE/ENA de validação 

7. Os AE/ENA de validação são os seguintes: 
- Docente QA/QE – AE/ENA de provimento
- Docente QZPAE/ENA de colocação por concurso (AE/ENA de colocação resultantes de permuta, requisição, destacamento, comissão de serviço ou mobilidade por doença não são consideradas colocações por concurso); 
- Docente Externo – AE/ENA de colocação (ou AE/ENA da rede do ME à escolha do candidato, caso seja docente sem colocação); 
- Docente LSVLD – AE/ENA de provimento (LSVLD não colocado) ou AE/ENA de colocação (se colocado em 2016/2017); 
- Docentes das Regiões Autónomas ou Fora de Portugal - AE/ENA da rede do ME à escolha do candidato; 
- Docentes colocados em EHT ou EME - AE/ENA da rede ME à escolha do candidato (se QA/QE indica o AE/ENA de provimento e se QZP indica último AE/ENA de colocação da rede do ME).

Tradução

a) Se forem professores de QA/QE, quem valida é a escola de provimento (isto é, a escola a cujo quadro o professor pertence). 

b) Se forem professores de QZP, quem valida não é a escola onde se encontram em mobilidade por doença, mas sim a escola onde pela última vez foram colocados através de concurso

Não liguem às vagas negativas e zero...

Muitos colegas concorrem tendo como referência as vagas negativas, positivas ou zero para efeitos de manifestação de preferências no Concurso Interno. Não o devem fazer, porque existe sempre rotação de cadeiras e aquilo que hoje é zero, pode perfeitamente tornar-se uma vaga positiva.

Não se esqueçam que as vagas negativas, são o número de professores em "excesso" (ou seja, para os quais não existe horário) de um determinado grupo de recrutamento que existem numa escola, e as vagas positivas constituem o número de professores de um dado grupo de recrutamento, que são necessários para que uma escola supra as suas necessidades permanentes em termos de docentes.

Se pensarem que um professor de uma escola A que tem zero vagas (isto é, que não tem "excesso" nem "défice" de docentes para o grupo de recrutamento do docente em causa), decide concorrer para a escola B que tem uma vaga positiva (isto é, para uma escola que tem uma vaga para o grupo de recrutamento do colega), este professor irá libertar a vaga da escola A, tornando-se esta em positiva (lembrem-se que inicialmente era zero), e nela podendo ficar um qualquer colega que para ela tenha concorrido. 

Concluindo, se apenas concorrerem para as escolas com vagas positivas, irão perder hipóteses de colocação.

Nota: Poderia fazer o mesmo raciocínio para as vagas negativas, mas julgo que já terão percebido a questão.

Quem te avisa, teu amigo é

O Nuno Domingues alertou no seu blogue para algo que muitos poderão não ter reparado, e que poderá ditar algum tipo de estratégia de futuro a médio prazo.

Pela sua relevância, fica o excerto da legislação (no caso, o Decreto-Lei n.º 28/2017de 15 de março) e uma tradução feita por mim, para os menos acostumados à linguagem normativa.

Assim,

"Artigo 4.º 
Regime de integração extraordinária de docentes contratados mediante concurso 

1 — O presente decreto-lei estabelece um concurso extraordinário para a seleção e o recrutamento do pessoal docente com contrato a termo resolutivo nos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário do Ministério da Educação.

2 — A seleção e o recrutamento previstos no número anterior operam-se mediante concurso externo extraordinário, a realizar no ano escolar de 2016 -2017

3 — Os docentes a que se refere o n.º 1 exercem funções, no ano escolar de 2017-2018, obrigatoriamente na escola onde forem colocados no âmbito da mobilidade interna."

Tradução: Os colegas que vincularem extraordinariamente este ano, entrarão num QZP, sendo depois obrigados a concorrer à Mobilidade Interna. Se na Mobilidade Interna forem colocados num Agrupamento de Escolas / Escola não Agrupada, terão obrigatoriamente de permanecer nela durante o ano escolar 2017/2018, não podendo recorrer a outros mecanismos (como por exemplo, permuta ou mobilidade por doença). 

Candidatura submetida...

...e recibo devidamente impresso. Agora é esperar pelos resultados e constatar que ainda não é desta que consigo sair de QZP. 

E não, não me estou a queixar, apenas estou a desabafar.


Escrutinados, cansados mas (ainda) motivados...


Comentário: Bem sei que alguns doutos terão opinião divergente acerca do estado da nossa classe profissional, e outros - mesmo concordando - vão comentar preciosismos (aposto no número 28, apenas para dar um exemplo), no entanto, o artigo de opinião que redigi para o Observador tenta refletir aquilo que me vai na alma, sem grande cuidado numa apresentação de rigor... 

Quanto à típica acusação do discurso do "coitadinho", continuo a afirmar que não me revejo nela, pelo menos enquanto considerar que o positivo se sobrepõe ao negativo, não calculando a minha motivação como resultado de um qualquer saldo quantitativo. 

Continuo a gostar da profissão que abracei e os meus alunos sabem disso. A remuneração é obviamente importante, mas como já tive oportunidade de dizer a um "malandro" que me disse que eu só trabalhava porque ele e outros estavam na escola: "Se eu não gostasse do que faço, já teria rumado para outro lado, porque felizmente tenho saúde e inteligência qb para fazer outra coisa qualquer a que me propusesse". Bem sei que o artigo não agradará a todos, mas aposto que muitos se irão rever nele.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Mero desabafo...

Pela primeira vez em mais de uma década de concursos (e de blogue) apenas me contactaram telefonicamente para esclarecer dúvidas aqueles que de alguma forma compreendem que a minha amizade vai bem mais além do que telefonemas pontuais e oportunos, em épocas "quentes" dos concursos. 

É para mim uma conquista pessoal, ter conseguido (embora admita que tenha sido um processo de dois anos) dizer que "não tenho tempo para analisar o teu caso pessoal", a quem de mim muito exigia, mas que em tudo o resto não tinha tempo. Tempo para uma palavra amiga, para um "parabéns", para um "vamos lá tomar um café" ou sequer para uma partilha de um qualquer post do Professores Lusos.

Se até há algum tempo considerava que tinha como dever ajudar todos, agora considero que no que concerne a casos particulares (e específicos) devo ajudar quem realmente merece, ou melhor, faz por merecer.

O despacho da redução...

...de dois alunos por turma é o Despacho normativo n.º 1-B/2017, de 17 de abril e pode ser descarregado se clicarem na imagem abaixo.


Redução pouco relevante


Comentário: Quando ouvi esta anúncio governamental num qualquer meio de comunicação social, dei por mim a pensar: "Será que finalmente acordaram para um dos principais problemas das nossas escolas?!"

Mas foi pensamento que não resistiu ao tempo, e em poucos segundos percebi que a fantástica redução se resumiu a uns parcos dois alunos por turma e que nem sequer era para todas as escolas, mas sim para aquelas que foram agraciadas com o título de TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), mesmo que muitas destas não as sejam verdadeiramente.

Continuamos com mais do mesmo, com avanços e recuos que no fundamental nada mudam ou mudam pouco. Enquanto o interesse político for estatístico, o sucesso real está minado.

Destacamento de dois professores para projeto europeu

Com pedido de divulgação...

"Em nome da Associação PEEP (www.peep.pt), vimos por este promover a divulgação do anúncio com link abaixo (versão PDF também em anexo), que possibilita a candidatura ao destacamento de professores interessados nas temáticas da inovação pedagógica e do empreendedorismo. O objectivo é a integração de professores no maior projeto europeu de Educação e Empreendedorismo (Youth Start Entrepreneurial Challenges - http://www.youthstartproject.eu/), que é coordenado internacionalmente pela PEEP, em parceria com os ministérios da Educação de quatro estados-membros (Portugal, Eslovénia, Áustria e Luxemburgo) da União Europeia."

Quem pode concorrer ao concurso de integração extraordinário 2017?

Acho que esta dúvida (e seus "derivados") é a mais recorrente na minha caixa de correio eletrónico (pelo menos por aquilo que pude constatar nos títulos das mensagens), e este será o meu primeiro esclarecimento.

Apenas pode concorrer a este concurso de integração (ou vinculação, se quiserem), os colegas que reúnam de forma cumulativa os seguintes requisitos:

a) Existência de 4380 dias de tempo de serviço docente até 31 de agosto de 2016

b) Existência, à data de abertura do concurso (12 de abril), de 5 contratos a termo resolutivo nos últimos 6 anos escolares, celebrados nos estabelecimentos de ensino públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário da rede do Ministério da Educação. 

Nota 1: Para efeitos de abertura de vaga, independentemente do número de contratos celebrados em cada ano, é apenas contabilizado um contrato por ano, sem prejuízo da sua duração e tipologia, à exceção do ano escolar 2016/2017 que terá de corresponder a um horário anual e completo, em resultado da colocação obtida

Nota 2: Para efeitos de admissão a concurso, não é necessário o requisito "horário anual e completo no ano escolar 2016/2017".

E obviamente que mesmo que se ponham a concorrer para este concurso sem reunirem todas as condições, serão excluídos no mesmo.

De regresso...

...a casa, após um curtíssimo interregno das atividades profissionais e dos hobbies tradicionais (este blogue é um deles). Agora, segue-se a preparação das atividades letivas para esta semana, a correção de uma meia dúzia de projetos de PAP, a elaboração das cadernetas de estágios dos "meus meninos" e mais algumas coisas. Isto até sexta-feira, porque na sexta-feira à noite e fim de semana vai de concluir a segunda parte de um curso de Coaching pessoal e profissional.

Quanto ao concurso (no meu caso, interno), bem... Acabei agora mesmo de preencher os diversos campos, só faltando confirmar o meu tempo de serviço. Amanhã, eventualmente à noite, lá irei submeter.

Por aquilo que tenho visto, são muitos os que já submeteram o seu concurso, mas serão muitos mais aqueles que ainda não o fizeram. Como já é tradição, tenho na minha caixa de correio eletrónico umas boas dezenas de mensagens. Não terei tempo de as ler todas, e como sempre, estarão por lá muitas, que por serem específicas e implicarem estudo da minha parte, não poderão ter uma resposta viável.

Amanhã, regressamos às aulas e ao desgaste... Mas sempre com um sorriso!

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Epifanias Pascais…

1) Contrariamente àquilo que eu pensava, o “break” de “Spring break” não é de “pausa” ou “descanso”. É mesmo de “quebrar”, “destruir”, “infringir”… Às tantas, para muitos, todas estas palavras são sinónimas, mas eu só agora é que consegui fazer essa associação… 
2) Quanto ao “Spring”, também não é de “primavera”. É de “mola”, como as dos colchões… Funciona um pouco como metonímia gira e leve para representar tudo o que pode ser destruído numa viagem de finalistas… “Hotel break” seria demasiado óbvio e o “Spring” tem aquele lado poético, com florzinhas e borboletas e cores e tudo o que pode ser qualificado de fofinho… 
3) Os hotéis de 4 estrelas espanhóis não valem nada: atendimento, alimentação, higiene… tudo péssimo… Há que dizê-lo: os Espanhóis são feios, porcos e maus. 
4) Aliás, não são só feios, porcos e maus. Há também ali muita falta de respeito e preguiça. Sim, preguiça! Dormem a sesta a meio da tarde, mas não conseguem perceber que finalista que se preze dorme, durante o seu “Spring break”, o dia todo e só sai do quarto por volta das seis ou sete da tarde. Cadê a limpeza dos quartos a partir dessa hora? Mudanças de toalhas de banho? Népia! Vergonhoso! 
5) Também não têm sentido de humor. Francamente, vamos lá falar das coisas como elas são: quem nunca colocou uma televisão numa banheira ou um sofá num elevador para rir um bom bocado? Quem nunca fez uma batalha de farinha nos corredores de um hotel? Pelos vistos, só os Espanhóis… 
6) Os únicos fixes são os barmen que distribuem as bebidas alcoolizadas a torto e a direito… Não são os miúdos com pulseira vermelha (acesso a álcool) que pedem o triplo de bebidas para os que têm pulseira dourada (sem acesso ao álcool), são os barmen que são fixes… Perdão, não são fixes. Agora que deu para o torto, temos que admiti-lo: são irresponsáveis! 
7) A boa educação e o respeito podem ser comprados. Já suspeitava um bocadinho, confesso, mas nunca tinha ouvido o nome certo para a coisa. Chama-se “caução” e tem o valor de 50 euros. Não quero entrar em mais polémica, mas está muito baratinha, quanto a mim. Não admira que o hotel tenha ficado no estado em que ficou (É que para além de feios, porcos, maus e preguiçosos, são burros, pá!) 
8) Podem não acreditar, mas esta epifanou-me mesmo: afinal, vejam bem, os nossos adolescentes adoram sopa… tanto que, se esta falhar nalguma refeição, começam a pintar paredes e destruir vidros de extintores. Têm que ter aquela dose diária ou ficam doidos! Tanto dinheiro que o hotel podia ter poupado aqui, se tivesse sido mais cauteloso! Eu, que sou Portuguesa e, por isso, mais inteligente (e mais gira, e mais limpa, e mais boa onda), a partir do segundo dia, já não me tinham destruído mais nada. Baldes de sopa para todos! 
9) Dar cabo de colchões, candeeiros, extintores, televisões, sofás e paredes não são atos de destruição e vandalismo. São pequenos danos, situações normais. Sabia que era assim em minha casa (embora tenha a noção de que são pequenos danos estúpidos e situações normais estúpidas), mas não fazia ideia de que isto se estendia a hotéis. 
10) Para que haja vandalismo, temos que imaginar um universo inteiro de 1000 alunos, por exemplo, envolvidos todos ao mesmo tempo em todos os acontecimentos. Se não forem todos a destruir tudo ao mesmo tempo, não podemos falar em vandalismo. Ora, aí está, são só pequenos danos, muitos pequenos danos, mas pequenos danos, situações normais, estúpidas, mas normais. Para não falar na injustiça que estamos a cometer para com aqueles que, por exemplo, faltaram naquele episódio da TV na banheira (não é preciso ser um Einstein para perceber que 1000 alunos não cabem num quarto e que uma televisão não pode ser segurada por 2000 mãos…). 
11) Nesse tipo de acontecimentos com jovens de 17 a 20 anos, o barulho é habitual, beber um pouco mais também e, claro, abusar de estupefacientes é igualmente normal… Eu até que desconfiava, mas nunca pensei que alguém o dissesse assim com um sorriso e um ar tão ternurento e quase admirativo/reverente… Faz lembrar aquela canção que passa muito na rádio agora “I’m only human, after all, don’t put the blame on me!”… Eu nunca tinha pensado nisso, mas é uma desculpa fixe para tudo! Oh pá, sou jovem (no meu caso, vou ficar pelo “humana”), é normal que eu faça asneiras! E pronto, acabaram-se os problemas de consciência! Vamos é viver a vida! Esta foi, juro, a minha epifania preferida! 
12) Parece que para ter os miúdos sossegados e quietos, há que reservar (a palavra certa foi “comprar”, mas deve ter sido um lapso ligado àquela cena da caução) um hotel em Fátima… Não sei bem… Esta não me convence… Um Fátima Break em plena Semana Santa é capaz de ser demasiado trágico. Nem sei se aguentaríamos… 
13) Não é a primeira vez, nem será a última, que os finalistas dão que falar com as suas viagens... Ah... Ok... Pronto, então...
14) Pelos vistos, existe a necessidade de se pensar bem o "sistema educativo em que assenta hoje a escola". Não percebi bem esta… Afinal, está tudo ok ou não? Estamos dentro da normalidade ou não? Em todo o caso, podemos tentar… Podemos pensar então, pensar bem… desde que cheguemos à conclusão de que está tudo bem… porque, cá entre nós, se chegarmos à conclusão de que há algo de errado, os que acham que está tudo bem vão cair-nos em cima e virar o jogo, como fizeram com o hotel… Eu cá não me apetece muito correr esse risco… 
15) Os miúdos estão demasiado centrados nas classificações e no acesso ao ensino superior e muito pouco na sua formação enquanto cidadão… Esta também não me convence. Dizer que todos os alunos estão demasiado centrados nas classificações e no acesso ao ensino superior é cair no mesmo exagero do que dizer que os 1000 alunos de Torremolinos são todos uns vândalos… A percentagem deve ser a mesma em ambos os casos… Eu sei: trabalho com eles! Há de tudo! Até posso dizer que há alunos que não estão centrados em cousíssima nenhuma: nem nas notas, nem nos valores… Mas também há os outros, vá… 
16) Impõe-se uma discussão sobre valores e limites que os alunos devem ter quando não estão nas aulas. E essa discussão deve ser feita onde? Nas aulas, pois então! Eu não me importo! Desde que não me atirem com cadeiras da janela da sala e não tenham alguém para justificar esse tipo de comportamento dizendo que foi porque não lhes dei sopa ou não lhes troquei as toalhas de banho ou levantei o tom de voz para os mandar calar quando estava a explicar a matéria… 
17) Percebi, finalmente, o porquê de a minha geração ser chamada “rasca”… Fiquei triste com aquilo que aconteceu em Torremolinos. Fiquei triste com a imagem que os miúdos deixaram deles próprios e de todos nós. Mas fiquei ainda mais triste com aquilo que aconteceu por cá quando voltaram: a forma como os da MINHA geração tentaram justificar isso tudo envergonhou-me… Mas, pronto, mais uma vez, vou recorrer à teoria do “não generalizar”: não foram 1000 alunos vândalos, nem todos os finalistas estão focados nas notas e no acesso ao ensino superior, e nem todas as pessoas da minha idade têm os valores distorcidos… Espero eu… 
18) Falando em gerações, acabo de ter uma última epifania: seria bom darmos mais ouvidos aos mais velhos, ocasionalmente. E não, não estou a ser politicamente correta. Obsoleta? Talvez: estou a falar de velhos! É natural que mudemos coisas, sim… Mas seria fixe se procurássemos guardar o que é bom de guardar (acho que também há uma canção assim…). É isso: já que os velhotes ainda cá estão, ouvi-los mais…  Os ditos avós… Faz-me todo o sentido, até porque suspeito que, em muitos dos casos, foram eles que pagaram este “Spring Break” (É que a minha geração também é chamada "à rasca")… Mal eles sabiam… Mas, sim, mais uma vez, vou deixar-me de generalizações: se calhar, alguns até acharam piada…

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Esclarecimentos relativos à manifestação de preferências para o concurso interno (professores QZP)

Tal como já havia referido, não entrei na plataforma SIGRHE nem o irei fazer durante a presente semana, no entanto, não sou imune às dúvidas que vou lendo nos poucos momentos em que acedo à internet (no caso, depois de jantar e durante aproximadamente 1 hora).

Assim, e no que concerne às quatro possibilidades na manifestação de preferências para os colegas do Quadro de Zona Pedagógica que pretendem concorrer ao concurso interno (e não... a mobilidade interna não é nesta fase, portanto relaxem quanto a isso), o esclarecimento encontra-se no próprio manual (página 31).


Traduzindo: 

(a) A opção "Quadro Zona Pedagógica para provimento QZP" é a opção que devem selecionar se quiserem mudar de QZP, isto é, se pertencem atualmente ao QZP 1 e pretendem mudar para o QZP 2, é esta a opção que devem selecionar;

(b) A opção "Quadro Zona Pedagógica para provimento AE/ENA" é a opção que devem selecionar se pretenderem  concorrer aos Quadros de Agrupamento de Escolas (AE) ou Escola não Agrupada (ENA) de um determinado QZP, mas não querem estar com o "trabalho" de as organizar por preferências, deixando que o software o faça de acordo com o estipulado na lei;

(c) A opção "Concelho" é a opção que devem selecionar se querem concorrer aos AE/ENA de um determinado concelho, optando por deixar que o software as organize de acordo com o estipulado na lei;

(d) A opção "Agrupamento de Escolas ou Escola não Agrupada" é a opção que devem ser escolhida quando pretenderem concorrer a códigos específicos de AE/ENA, de acordo com uma ordem que vocês estipularam.

Permutas: uma péssima notícia

Ontem recebi alguns telefonemas de colegas preocupados com a eventualidade de não conseguirem consolidar a sua permuta, uma vez que corriam rumores que tal pudesse ocorrer... Desvalorizei a preocupação, pois não queria acreditar que tal fosse possível.

Afinal, os rumores tinham razão de ser.

De acordo com esta nota informativa, "cessam todos os efeitos resultantes das permutas efetuadas por docentes de carreira em cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 46.º, autorizadas nos anos letivos 2013/2014 e 2015/2016, incluindo a consolidação prevista no n.º 7 do mesmo artigo. Os docentes que pretendam ser opositores a um procedimento concursal devem concorrer indicando os Agrupamentos de Escola / Escola não Agrupada ou Quadros de Zona Pedagógica onde se encontram providos e não aqueles onde se encontram colocados, em resultado da permuta. A 31 de Agosto de 2017 cessam todos os efeitos resultantes das permutas autorizadas."

E assim se arruma com um assunto, que podia ter sido resolvido corretamente, isto é, permitindo a consolidação da permuta.

Enfim.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Alguns esclarecimentos relevantes para os colegas dos Quadros de Zona Pedagógica

Para que não restem dúvidas da opcionalidade da ida a concurso interno para os atuais professores de Quadro de Zona Pedagógica e da obrigatoriedade dos mesmo concorrerem na Mobilidade Interna, deixo-vos dois excertos do aviso de abertura (aqui):

Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.

"Parte II
I. Concurso interno

1 — São opositores ao concurso interno:
a) Os docentes de carreira de agrupamento de escolas ou de escola não agrupada portadores de qualificação profissional que pretendam a transferência para outro lugar de quadro de agrupamento de escolas ou escola não agrupada, para lugar de quadro de zona pedagógica ou a transição de grupo de recrutamento;
b) Os docentes de carreira sem componente letiva nos termos do n.º 2 do artigo 22.º do Decreto -Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto -Lei n.º 28/2017, de 15 de março, devem ser opositores ao concurso interno;
c) Os docentes de carreira de quadro de zona pedagógica portadores de qualificação profissional que pretendam a transferência para lugar de quadro de agrupamento de escolas ou escola não agrupada, para outro lugar de quadro de zona pedagógica ou a transição de grupo de recrutamento.

(...)

3 — Docentes do quadro de zona pedagógica:
3.1 — Os docentes de carreira de quadro de zona pedagógica que, não obtiverem colocação no concurso interno em agrupamento de escolas ou escola não agrupada, são obrigados a concorrer à mobilidade interna, ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º do Decreto -Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto -Lei n.º 28/2017, de 15 de março.
3.2 — Os docentes do quadro de zona pedagógica acedem à 3.ª prioridade do concurso de mobilidade interna — mobilidade por interesse do próprio — previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 28.º do Decreto- -Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto -Lei n.º 28/2017, de 15 de março, se através do concurso interno obtiverem colocação em agrupamento de escola ou escola não agrupada.
3.3 — Os docentes do quadro de agrupamento de escolas ou escola não agrupada deixam de aceder à 3.ª prioridade do concurso de mobilidade interna — mobilidade por interesse do próprio — previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 28.º do Decreto -Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto -Lei n.º 28/2017, de 15 de março, se através do concurso interno obtiverem colocação em quadro de zona pedagógica."

(...)

II. Concurso de Mobilidade Interna 
A — Opositores 
5 — O concurso de mobilidade interna realiza-se para os grupos de recrutamento criados pelo Decreto-Lei n.º 27/2006, de 10 de fevereiro e pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro, identificados no anexo I do presente aviso. 
6 — Os docentes de carreira dos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas que venham a ser indicados como não sendo possível a atribuição de, pelo menos, seis horas de componente letiva são, obrigatoriamente, candidatos à mobilidade interna ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março. 
7 — Os docentes de carreira de quadro de agrupamento de escolas ou escola não agrupada do continente e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores podem exercer transitoriamente funções docentes noutro agrupamento de escolas ou escola não agrupada do continente, ao abrigo da alínea d) do n.º 1 do artigo 28.º Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março. 
8 — Os docentes do quadro de zona pedagógica são, obrigatoriamente, candidatos a mobilidade interna ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto -Lei n.º 28/2017, de 15 de março. 
9 — Os docentes referidos nos n.os 6 e 8 do presente capítulo que não se apresentem a concurso de mobilidade interna são sujeitos à aplicação do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março.

Concursos de professores 2017/2018 têm inicio amanhã...

...e durante 8 dias úteis (para mim, uma novidade relativamente aos tradicionais 10 dias úteis). Teremos assim os concursos interno / externo e contratação inicial entre os dias 12 e 24 de abril. Bem sei que o recado que dei há uns dias de nada valerá para quem gosta de sofrer com os concursos, no entanto, continuo a manter o que disse: tentem descansar esta semana e preocupem-se com os concursos na próxima semana.

Concursos de professores 2017/2018: Aviso de abertura

Eis o aviso de abertura por que tanto esperavam, no caso, o Aviso n.º 3887-B/2017 de 11 de abril, relativo ao concurso de educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2017/2018, nos termos do previsto e regulado pelo Decreto -Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto -Lei n.º 28/2017, de 15 de março.

Cliquem na imagem abaixo, para fazerem download do mesmo.




quinta-feira, 6 de abril de 2017

O concurso de professores apenas começa para a semana...

Infelizmente lá teremos a primeira fase dos concursos a intrometer-se numa importante semana de descanso letivo... E mesmo que (vamos "arriscar") apenas tenha início a meio da próxima semana, muitos não se conseguirão abstrair, julgando (porque querem "despachar") que têm de manifestar preferência num prazo de dois ou três dias, e (vamos imaginar que até tiraram uns dias para descontrair fora de casa) fazendo-se acompanhar de papéis, códigos, tempo de serviço, tablet, portátil, internet móvel e até de preferências já meias alinhavadas.

Stress desnecessário, digo eu. 

Mas eu também já ando nisto há alguns anos e desde que sou pai, aprendi a gerir o tempo de uma forma mais eficiente (ou pelo menos, diferente). E o tempo em família é para mim, a minha principal prioridade. Tento gerir o meu tempo de stress concursal, de modo a não ter de diminuir a quantidade e qualidade de tempo que passo com quem mais gosto.

Deste modo, nesta interrupção letiva, e como não vou ficar em casa, o que farei é... não levar comigo rigorosamente nada que esteja relacionado com concursos! É que, por norma, temos 10 dias úteis, para manifestar preferências para o concurso, e dá perfeitamente para gozar a próxima semana em paz... E não, não estou a dizer que não vá fazer algumas atualizações aqui no blogue, mas o meu concurso, esse, (e "apostando" que o concurso só tenha inicio a meio da próxima semana) só mesmo na semana que inicia a 17 de abril.

Vagas para os Concursos Interno e Externo (2017/2018)

Para acederem às vagas relativas aos Concursos Interno e Externo 2017/2018, em formato pdf (Portaria n.º 129-B/2017, de 6 de abril), o melhor é clicarem na imagem abaixo.



Dia de publicitação de vagas para os concursos interno, externo e extraordinário

Estamos decididamente a aquecer os motores dos concursos...

Sweet home (para todos aqueles que irão finalmente viajar para casa amanhã ou - como eu - só no sábado...)

De tão estourada que eu estou, era capaz de ficar a dormir até à uma da tarde, mas vou acordar, ansiosa, por volta das dez. Terei duas chamadas não atendidas. Vou devolvê-las ainda ensonada:
- Era só pra saber se já estavas a caminho? 
- Não, acabo de acordar, vou arrumar as coisas, tomar banho, meter gasóleo e devo sair na hora do almoço. Depois ligo-vos. 
E durante a viagem, vou ter várias chamadas com a mesma pergunta: 
- Onde vens? 
- Estou a chegar a Beja / a Évora / a Estremoz / a Portalegre / a Castelo Branco / ao Fundão / à Covilhã / à Guarda… 
- Ok, então quando estiveres em Viseu, avisa, sim? 
E quando eu chegar a Viseu, vou avisar: 
- Estou em Viseu. 
- Mais uma horita, então? 
- Sim, mais ou menos. 
A dez quilómetros de casa, quando sair da via rápida, vou mandar mensagens aos amigos que assim mo pediram “Cheguei!”, para não ter de o fazer quando chegar realmente. 
E quando chegar realmente, vou ter os portões todos abertos, com o meu pai, de mãos nos bolsos, à espera, na entrada da garagem - um pouco como eu e o meu irmão fazíamos em miúdos cada vez que ele regressava do trabalho à noite -. Vou ter o canito a correr até ao carro, a arranhar-me a porta toda enquanto eu não a abrir. E quando eu sair, vai dar pulos sem fim, até que eu me agache e lhe faça umas festas. Depois, vai fingir que está farto das festinhas, vai correr à volta do carro, feito tolinho, para se pôr novamente aos pulos até eu me agachar de novo. E vai correr outra vez. E eu vou aproveitar para abraçar e beijar o meu pai. Vai parecer-me mais velho e mais baixinho, mas sei que, no dia seguinte, à luz do dia, essa impressão terá desaparecido. “A minha Liloooocas!”, dirá ele. E o cão, com ciúmes, a saltar à nossa volta. “Vai, sobe, vai comer que a tua mãe está à espera. Deixa o carro aberto que eu levo as malas!” e vai distrair o cão: “Paluto!!! (Chama-se Pluto, mas o meu pai gosta de o chamar de “Paluto”). Tu es gentil! Un gentil garçon!” (Gosta de falar Francês com o cão…).
E vou trancar o carro para que o meu pai não carregue as malas. Não quero que ele se canse. E vou subir. E nas escadas, vou gritar “Mamããã!” (Sim, tenho 40 anos e faço questão de chamar a minha mãe de "Mamã" e o meu pai de "Papá"). E vou ouvir da cozinha “Aqui!”. E vou vê-la a pôr o prato na mesa para mim. E vou abraçá-la e beijá-la. E vai parecer-me mais velha e mais abatida, mas sei que, no dia seguinte, à luz do dia, essa impressão terá desaparecido. E vou ter uma alheira para jantar e um copo de Gazela (Não sei se combina, mas eu gosto, e ela sabe disso). E o meu pai vai contar-me todas as cusquices da aldeia. E a minha mãe vai mandá-lo calar. 
Ele será o primeiro a ir dormir: “Je vais me coucher! Já passa da minha hora!” (Também gosta de falar Francês connosco). Ela vai tentar fazer-me companhia, adormecendo várias vezes ao meu lado, com a cabeça a cambalear. E eu, sentada à lareira, mesmo que sem fogueira, vou aproveitar todo aquele calor até às últimas... Vou ter testes de profissionais para corrigir, vou ter a m*** (desculpem-me o "m***") dos concursos que me vão tirar o sono numa altura que eu queria de descanso, mas vou ter também aquele calor... E, não me lixem, bem que merecemos e precisamos desse calor alguns dias por ano... 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Concurso interno, externo e de vinculação extraordinária na primeira quinzena de abril...


Comentário: E não... Não fui eu que me lembrei, nem sequer fiz um inquérito nesse sentido. É mesmo o artigo acima que cita fonte ministerial para apontar esse intervalo de tempo:

"O Ministério da Educação confirmou ao DN que a " publicação do aviso de abertura do concurso [extraordinário de vinculação]", que dará acesso aos quadros a cerca de 3200 professores contratados, acontecerá na primeira quinzena de abril" adiantou ainda que esta vinculação vai decorrer "em simultâneo" com os concursos externo (para contratação a termo) e interno (para quadros). Com os diversos prazos dos concursos, as listas de colocação não deverão ser conhecidas antes de meados de junho."

E pronto... A tradição não falha! Se estavam a pensar descansar um pouco nesta interrupção, o melhor mesmo é esquecerem isso. Convém ainda fazerem-se acompanhar da documentação e informação necessária para concorrer.

Vinculação extraordinária 2017 em portaria...

Só faltava mesmo a publicação em Diário da República deste normativo legal, para se encontrarem reunidas as condições para mais um concurso de docentes... Presumo que dentro de muito em breve teremos o Aviso de Abertura publicado e que previsivelmente o concurso irá ter a sua primeira fase a iniciar ainda esta semana, ou na pior das hipóteses, a iniciar na próxima semana.

Para já, fica o novo diploma da Vinculação Extraordinária (aqui) que não traz qualquer novidade, em relação àquilo que já era conhecido...

De qualquer maneira, e por saber que muitos estiveram completamente alienados do processo negocial, ficam os excertos mais relevante do diploma:

Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.

"Artigo 2.º 
Requisitos de abertura de vaga 
1 — A abertura de vaga verifica -se desde que reunidos os seguintes requisitos cumulativos
a) Existência de 4380 dias de tempo de serviço docente;
b) Existência, à data de abertura do concurso, de 5 contratos a termo resolutivo nos últimos 6 anos escolares, celebrados nos estabelecimentos de ensino públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário da rede do Ministério da Educação. 

2 — O requisito exigido na alínea a) do número anterior é contabilizado até 31 de agosto de 2016

3 — Para efeitos do requisito previsto na alínea b) do n.º 1, independentemente do número de contratos celebrados em cada ano, é apenas contabilizado um contrato por ano, sem prejuízo da sua duração e tipologia, à exceção do ano escolar 2016/2017 que terá de corresponder a um horário anual e completo, em resultado da colocação obtida

Artigo 3.º 
Requisitos de admissão ao concurso 
1 — Podem ser opositores ao concurso regulado na presente portaria os docentes que:
a) Preencham os requisitos previstos no artigo anterior com exceção da exigência de horário anual e completo no ano escolar 2016/2017; 
b) Cumpram os requisitos previstos no artigo 22.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário."

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Professores, info-excluídos, pessoas com deficiência... é isto!


Comentário: O Governo considera que ainda não estamos "no ponto" no que concerne a competências digitais e parece que nos vai impingir com mais formação... E como não estou a ver que apareçam novos formadores, com formas diferentes de ensinar ou com algo de diferente e inovador, teremos mais do mesmo, pago em ouro a alguém. Interessante ainda é constatar o "grupo" onde nos inserimos:

"Entre as medidas constam a formação de info-excluídos, de pessoas com deficiência e necessidades especiais, de professores e de desempregados (...)".

De tecnologia andamos nós fartos... O que estamos a precisar é de formação para lidar com a indisciplina, para lidarmos uns com os outros ou com a agressividade dos progenitores. Investimos muito em formação para a tecnologia, mas esquece-se o fundamental: as relações entre quem diariamente convive numa escola.

Já agora, aproveitem o embalo e "cortem" na burocracia. Se bem que, e verdade seja escrita, muito do problema da hiperburocracia está nas escolas e não no poder central.