sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Não são dois dias... É o ano todo... Só que sem os disfarces...

Querido diário, 
Hoje o dia não me correu lá muito bem:
Gritei com a Branca de Neve, fiz chorar o Zorro, o Jack Sparrow passou mais de uma hora a chatear-me a cabeça dizendo que era um "pirata de guerra", o polícia espanhol andou à bulha com o Pato Donald enquanto o polícia português dava pontapés na cadeira da Minnie, o ninja fez chichi nas calças e a Julieta riscou o caderno todo de uma tal de Caudia Wolf (?). 
Os únicos que se portaram bem foram o Darth Vader (mas acho que ele nem me estava a ver...) e um tal de Skylander (?)... 
Estou a precisar de ir beber um copo...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Primeiro estranha-se...

...e depois entranha-se. É assim que eu defino esta fusão musical, e mesmo depois de a ouvir uma boa meia dúzia de vezes não consigo dizer o que me vai na alma ao ouvir esta mutação do meu querido fado.

Música de "Mastiksoul Feat Mariza" (Tema: Livre)

Eventualmente só mesmo lá para 2019...


Comentário: Já tive a sorte de trabalhar com técnicos especializados em Língua Gestual Portuguesa e considero o seu trabalho de imenso valor... Deste modo, é para mim uma excelente notícia que esteja em perspetiva uma eventual integração na carreira docente (para já, não vou dar esta situação como um facto, pois só vendo para acreditar), no entanto, fica um excerto da notícia que me parece relevante:

"Em comunicado, o Ministério da Educação indica que o novo grupo de recrutamento para os professores de LGP, atualmente contratados como técnicos especializados, não produzirá efeitos antes do ano letivo 2018-2019, uma vez que o grupo de trabalho pode apresentar o relatório até ao final do próximo ano letivo."

Como tal, é melhor irmos acompanhando este tema, e questionando frequentemente para não cair em esquecimento.

Ai vai?


Comentário: A redução de alunos por turma será concretizada de forma progressiva, mas o Ministério da Educação lá esclarece que tem de se proteger a continuidade pedagógica dos alunos, como argumento para algo que já suspeitávamos...

Na notícia também se retira a vontade governamental em testar a possibilidade de disciplinas semestrais, o que vai de encontro ao anúncio de aumento de horas de determinadas disciplinas, que muitos encararam como boa (em termos do número de horários letivos que poderiam surgir), mas que outros tantos suspeitaram de que poderia haver algum truque na manga (onde eu me insiro). Relativamente a esta última alternativa, recomendo a leitura deste post do Paulo Guinote, para ficarem a compreender (pelo menos em parte) como poderá funcionar este aumento com consequências de redução.

Expectável...


Comentário: Dificilmente se poderia esperar outro resultado que não aquele apresentado pela FENPROF... E não, não esperava os 100% de discordância do atual modelo de gestão escolar, até porque existem "satélites" que orbitam em torno do "planeta diretor", e que sem eles pouco ou nada seriam.

Escusado será escrever (novamente) tudo o que de negativo surgiu (e foi potenciado) por este modelo de gestão escolar, e que será obviamente reforçado pelo acréscimo de competências atribuídas ao poder autárquico já no próximos meses.

Se quiserem ver as estatísticas utilizadas como base deste artigo, o melhor mesmo é irem à fonte, isto é, ao sítio da FENPROF (aqui).

Despesas de alimentação em refeitório escolar

A Portaria n.º 74/2017 de 22 de fevereiro define "os procedimentos para que as despesas referentes à alimentação em refeitório escolar, de alunos inscritos em qualquer grau de ensino, em 2016, sejam dedutíveis à coleta do IRS nos termos previstos no n.º 1 do artigo 78.º -D do Código do IRS, independentemente da entidade que presta o referido serviço e da taxa de IVA aplicada".

Deste modo, e se não quiserem fazer o download da portaria (aqui) em causa, podem ficar com o "resumo":

"Artigo 3.º 
Despesas de alimentação em refeitório escolar 

1 — Os sujeitos passivos de IRS que pretendam que seja dedutível à coleta do IRS, como despesas de educação, as despesas referentes à alimentação em refeitório escolar, de alunos inscritos em qualquer grau de ensino, do ano de 2016, nos termos do n.º 3 do artigo 195.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, devem exclusivamente declarar o valor das mesmas na respetiva declaração de rendimentos modelo 3, através do anexo H
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, considera -se que é utilizada a faculdade prevista no n.º 1 do artigo 192.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, devendo os sujeitos passivos igualmente declarar no anexo H da declaração modelo 3 os totais das despesas, de todos os elementos do agregado familiar, respeitantes a despesas de saúde, de formação e educação, bem como respeitantes a encargos com imóveis e a encargos com lares, ao abrigo do disposto nos artigos 78.º -C a 78.º -E e 84.º, todos do Código do IRS, sem prejuízo de, na entrega via Portal das Finanças, ser facultado o pré -preenchimento do valor das despesas não relativas a refeições escolares. 
3 — Nos termos do artigo 192.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, para efeitos de cálculo das deduções à coleta previstas nos artigos 78.º -C a 78.º -E e 84.º do Código do IRS, bem como do n.º 3 do artigo 195.º da Lei n.º 42/2016 de 28 de dezembro, são considerados os valores declarados pelos sujeitos passivos, os quais substituem os que tenham sido comunicados à AT nos termos da lei.
4 — O disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 192.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, é igualmente aplicável às despesas referentes à alimentação em refeitório escolar a que se refere o n.º 3 do artigo 195.º daquela Lei, com as necessárias adaptações."

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A DGAE lembra-nos dos "períodos pinguins"...

...no seu novo sítio virtual (aqui).


Talvez leve...


Comentário: A descentralização de competências para as autarquias poderia implicar algo de profundamente positivo, não fosse Portugal um país de reduzidas dimensões (e cada vez que me lembro da tentativa de divisão deste pequeno retângulo em regões "autónomas" até me dá vontade de rir) e a gestão local um meio de promoção, manutenção e acréscimo de votos. 

Não auguro nada de bom para este reforço de poder... 

Desagrada-me saber que a minha colocação numa determinada escola, poderá depender mais da minha filiação partidária do que da minha graduação profissional ou até mesmo da minha competência profissional.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

E é isto...

Música de "John Legend" (Tema: Love Me Now)

Uma prenda...

...recebida numa sessão de coaching que tive a oportunidade de concretizar no passado fim de semana, e que partilho com vocês.

Podem não acreditar, mas depois de ver este vídeo decidi concretizar (hoje) algo que andava a adiar há anos. Espero que gostem e que sirva de faísca para algo que vocês queiram realmente fazer, mas que até hoje não fizeram.

"Se o mantivermos na vertical e com um sorriso nos lábios o povo nem nota a diferença"

O que eu já me ri com este cartoon... 

Acho que até acordei os meus filhos de tanto me rir. Eh eh eh.



E se até aqui...

...sempre disse que os dois principais motivos de desgaste dos professores, eram essencialmente os seus colegas de profissão (em primeiro) e a hiperburocracia (em segundo), posso - a partir do presente ano letivo - acrescentar mais um: assistentes operacionais hiper zelosos que trabalham para impressionar o boss.

O problema é que uns não sabem ler, alguns são míopes e outros não querem saber...


Comentário: Acho francamente positivas este tipo de iniciativas, onde o objetivo é lembrar aos Encarregados de Educação qual o seu papel e ao mesmo tempo permitir algum grau de reflexão nas atitudes e comportamentos (eventualmente menos positivas) junto dos seus educandos. No entanto, e por aquilo que conheço, por norma os destinatários (os reais e não a generalidade utilizada para não ferir susceptibilidades) destas iniciativas não querem saber delas...

Finalmente a DGAE tem nova cara virtual...

Embora não tenha a certeza absoluta, julgo não estar muito enganado ao afirmar que o sítio virtual da DGAE tinha o mesmo ar "cinzento" e austero desde os tempos de Maria de Lurdes Rodrigues... Esta nova cara virtual apresenta-se com um design que me agrada imenso, com áreas novas e com outras tantas alvo de atualização (quem conhecia o anterior, sabia que existiam áreas completamente vazias de informação ou com informação ultrapassada).

Ainda não tive tempo para explorar na plenitude, mas fica a chamada de atenção.


Mais um ciclo de "revolução" na educação (continuação)...


Comentário: Durante o fim de semana ficámos a saber (eu não, que estes dois dias são sagrados para mim e para a minha família, e como tal, faço questão de me manter afastado destas "atualizações") que a segunda parte da revolução (a primeira parte foi anunciada aqui) consiste em mais umas mudanças que à primeira vista até nem parecem muito más, mas que com tanta tradição "inovadora" aprendemos a desconfiar.

Ficam alguns parágrafos da notícia, relativos a mais mudanças na educação:

"O Governo vai reintroduzir as áreas de cidadania e de projecto nos currículos escolares."

"Há disciplinas que vão perder carga horária porque a ideia não é aumentar o número de horas que os alunos passam na escola."


"(...) o governante diz que há disciplinas como a Geografia e a História que têm poucas horas, tal como a Educação Física."


Julgo que dentro de pouco tempo, saberemos mais sobre este assunto, nem que seja através de rumores...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O reforço da partidarização na educação...


Comentário: Acho que passada quase uma década do início da partidarização da escola pública, ninguém terá dúvidas que só falta mesmo a gestão direta do pessoal docente para termos um "pleno". Por aquilo que tenho visto, nas diversas escolas por onde passei nestes últimos anos, é absolutamente visível a influência negativa da "pegada" partidária local, no funcionamento da escola, nas relações entre os diversos intervenientes e, (obviamente) nas escolhas que se fazem ao nível das "aquisições" ou "eleições".

Embora gostasse que o atual modelo de gestão das escolas fosse diferente (isto é, não suportado por um Conselho Geral "contaminado" por influências partidárias), cada vez mais considero que o retorno a um passado recente é um fenómeno cada vez mais complicado de acontecer. É que por mais que não queira admitir, se os professores (na sua maioria) estiveram adormecidos no que à negociação do diploma dos concursos dizia respeito, a questão da mudança no modelo de gestão escolar é algo para o qual nem sequer estão minimamente motivados. E infelizmente a relação entre ambos é tão grande, que quando acordarem para o tema será tarde demais... 

Pode clarificar o que quiser...


Comentário: O Ministério da Educação pode clarificar o que quiser no que concerne à igualdade entre docentes do público e das escolas privadas com contrato de associação, porque na realidade essa igualdade não deveria ter acontecido... Por mais anos que passem não consigo conceber a "cunha" como um critério de seleção equiparado à graduação profissional. E para que não me acusem de discriminação, e tal como já referi inúmeras vezes, coloco no mesmo cesto os colegas que conseguiram lecionar em escolas através de BCE e onde ocorreu recurso persistente a critérios "manhosos" feitos à medida.

Relativamente ao esclarecimento em si, isto é, "apenas os professores de turmas abrangidas pelos contratos de associação podem concorrer nesta prioridade, evitando que professores de níveis de ensino em que não existe sequer a modalidade de contrato de associação -- como o pré-escolar -- possam aproveitar a formulação genérica do novo diploma para concorrer a vagas nas escolas públicas nas mesmas condições que os professores do público", não me deixou minimamente satisfeito, porque a premissa inicial mantém-se! A FENPROF terá ficado satisfeita com este esclarecimento... Para mim, isto é uma mão cheia de nada.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Não, não são as editoras que mas oferecem...

Comecei a semana com cinco canetas de tinta azul no meu estojo. É quinta-feira, e já não tenho nem uma...
Ó pá, eu não sou mãe de ninguém...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Em português...

...e com uma letra que aprecio especialmente. ;)

Música de "AGIR feat. Ana Moura" (Tema: Manto de Água)

Expectável...


Comentário: Este é um daqueles procedimentos expectáveis, acima de tudo porque o "estado de graça" entre o atual Ministério da Educação e a FENPROF parece ter sido colocado em pausa. Infelizmente, estas ações judiciais irão juntar-se a outras que já decorrem há alguns anos, e que conhecerão resultados daqui a uns valentes anos. Não tenho grandes dúvidas de que estas ações terão resultados positivos para os professores... 

Infelizmente, os sucessivos Governos reconhecem o problema das contratações sucessivas, mas teimam (até porque lhes dá jeito) em mantê-las. Depois surgem as indemnizações, mas isso será um problemas para os que vierem a seguir.

Seria excelente, mas não vai acontecer...


Comentário: Obviamente que a redução de alunos por turma teria (de forma genérica) um impacto profundamente positivo na qualidade do ensino, no entanto, quando se dá mais ênfase à vertente financeira da proposta e se utilizam expressões como "mais uns milhares de docentes", "mais umas centenas de assistentes sociais" e "custos globais de centenas de milhões de euros", temos suficientes ingredientes reunidos para uma varredela para debaixo do tapete orçamental.

Definitivamente a qualidade das aprendizagens continua a ser apenas uma preocupação estatística... A realidade é algo completamente diferente. Venha daí o perfil do aluno!

Um tema que deveria ter estado em cima da mesa negocial...


Comentário: A questão da penalização para quem recusa horários é algo que já abordei neste blogue por inúmeras vezes... O facto de termos recusas consecutivas de horários, prejudica sempre os alunos, pode prejudicar quem se encontra imediatamente a seguir nas listas de ordenação (que poderia obter uma colocação mais próxima") e fornece uma panorama muito pouco abonatório da forma como alguns colegas gerem o seu concurso.

Recusar horários anuais e completos logo no início de setembro deveria ser penalizado com mais do que um ano... Recusar outras tipologias de horários, com duração anual ou temporária, deveria ter um tratamento diferenciado, e devidamente enquadrado na legislação dos concursos. O que não se deve fazer (embora se possa) é criticar quem "recusa" os horários, pois estes colegas estão a utilizar uma possibilidade legal... Se é uma decisão ética, isso já é outra coisa!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória




Para quem tem pouco tempo e prefere a versão iconográfica. :D

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Ai! O amor...

Ela é ruivinha cenourinha, cheia de sardas, olhar meigo. Ele é a versão humana do escuteiro do Up Altamente, decidido e destemido. 
Ela: Sabes, chicha («chicha» significa «teacher» em Inglês/1.º ciclo), nós namoramos. 
Eu: Oh! Mesmo?! 
Ela (estendendo o braço e abrindo a mão toda): Tenho cinco namorados! 
Eu: Ai! E ele não se importa? 
Ele: Não! Eu também tenho duas namoradas! 
Eu: Hum… Pronto, então… Vamos é começar a aula, está bem?
Não tarda nada, apanho um bilhetinho que ela lhe estendeu à socapa: «Amo-te, fofo». A assinatura é um coração com a respetiva inicial. Não consigo arrumar aquele tesourinho na minha gaveta. Coloco-o, então, em cima da mesa do miúdo: «Vá, esconde lá isto e guarda-o bem até ficares bem velhinho!» Logo, logo – era de se esperar –, dou com o rapaz a escrever também um bilhetinho. 
Eu: Agora vão passar a aula toda com bilhetinhos, querem ver?! 
Ele: A aula toda, não, chicha! Ela escreveu-me, tenho que lhe responder! (Isto tudo com o ar nobre de quem tem honra e dignidade...) 
Ia fazer o quê?! Se eu até acho que ele tem razão?! Dei uma espreitadela: «Amo-te muito, fofa» e o tal coração com a inicial… 
Eu: Vão ter que aprender a aprimorar estas coisas! 
Fitaram-me, com o olhar de quem não percebeu nada, e eu desejei que eles passassem ainda uns largos anos sem perceber…

Para relaxar...

...ao som de um dos meus temas preferidos de 2016.

Música de "Birdy" (Tema: Wild Horses)

Mais um ciclo de "revolução" na educação...


Comentário: Divulguei aqui o novo paradigma para a educação (que se encontra em consulta pública), no entanto, a notícia cujo link coloquei acima permite retirar algumas conclusões relativamente a um novo ciclo de "revolução" na educação... 

Desde que iniciei a minha vida nesta profissão já passei por tantas experiências destas (formuladas, interrompidas, adaptadas ou eliminadas a cada ciclo político no poder) que reconheço já não acreditar na bondade de quem aponta uma direção sem aprender com os desvios do passado. As mudanças são tão recorrentes, que quando finalmente nos estamos a adaptar ao último ciclo de "revolução", dão início a um novo.

"Tomou por obra-prima a prima do mestre d’obras"


Comentário: Santana Castilho em grande forma neste artigo de opinião... No essencial, uma boas verdades que deveriam ser lidas pelo nosso atual Ministro da Educação, mas que em nada alterariam o percurso (algo avulso em medidas) que parece ter sido traçado.

Deixo-vos com um parágrafo que me pareceu delicioso: 

"(...) Ao fazer o que fez, e ao falar de equidade e justiça, quando anunciou a borrada, Tiago Brandão Rodrigues tomou por obra-prima a prima do mestre d’obras: violou preceitos básicos do Código de Trabalho, atirou para o desemprego professores da rede pública, que substituiu por professores da rede privada, safou de indemnizações, por eventuais despedimentos, os patrões dos colégios contra os quais a sua padeira de Aljubarrota espadeirou no ano transacto e marcou com mais lama a aplicação da “norma-travão” da próxima lotaria. (...)"

Perfil dos alunos para o século XXI...

...ou como tem sido amplamente divulgado nos meios de comunicação social, "Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória" encontra-se em consulta pública até ao dia 13 de março de 2017.

Sinceramente ainda não li nem um parágrafo do documento em causa, mas receio bem que estejamos perante MAIS UMA mudança de paradigma... Mais uma daquelas mudanças que poderá (é o mais provável) provocar uma pequena revolução (com tudo o que isso poderá implicar em programas, manuais, formações, metodologias e outras coisas que tais) que será rapidamente substituída por outra, logo que a cor política no poder seja alterada.

Enfim.

Não obstante estarmos perante mais um ciclo de mudança (são tantos que cansam e desmotivam), se quiserem aceder ao documento, cliquem na imagem abaixo (link DGE). Como a consulta pública se encontra disponível até 13 de março de 2017 (leiam mais aqui) e como me encontro em plena época de testes, irei deixar esta leitura lá mais para o Carnaval.



domingo, 12 de fevereiro de 2017

Regulamento Exames | Provas Finais e etc...2017




E cá está o Despacho Normativo nº 1-A/2017, que aprova o Regulamento das provas de avaliação externa e das provas de equivalência à frequência dos ensinos básico e secundário.

Para aceder ao mesmo, basta carregar na imagem ao lado.

Bom resto de fim de semana a todos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Afonia e rouquidão


Hoje, depois de dois dias de afonia, não é que a médica me recomendou, entre outras coisas, chá de perpétua roxa?

Pois é... parece que este chá tem propriedades, no cuidado da voz, que eu desconhecia. Troquei impressões com outros colegas que me garantem que é bastante eficaz.

Como isto da afonia e rouquidão são ossos do ofício, fica a dica. 

(As flores são tão lindas que, ultrapassado o problema, ainda as podem utilizar para fazerem um pot-porri. É só vantagens. :D )

Obrigada, Natália Couto!

O peso das Mochilas na "Mixórdia de Temáticas"

Aconselho vivamente este episódio da "Mixórdia de Temáticas" do Ricardo Araújo Pereira...

Acho bem que reforcem aquilo que quase não existe...


Comentário:  Que não ocorra apenas uma injeção de dinheiro, mas também uma melhoria substancial na qualidade da formação (e de alguns formadores) e nos temas abordados. Pessoalmente já estou farto de "mais do mesmo", dado da mesma forma que há 10 ou 15 anos, e por gente que está ali mais para recolher assinaturas do que propriamente para formar.

Fica também um excerto da notícia que me pareceu relevante:

"(...) A formação deverá ser assegurada através de parcerias com Instituições de Ensino Superior, sociedades e peritos, privilegiando a modalidade oficina, com experimentação em sala de aula. 

Segundo a mesma nota, a formação de âmbito transversal contempla múltiplas áreas, entre as quais, metodologias ativas de ensino-aprendizagem em contexto de sala de aula, orientações curriculares para a Educação Pré-escolar, bibliotecas escolares em trabalho conjunto com o diretor de turma, gestão flexível do currículo e interdisciplinaridade, aprender e ensinar com TIC, educação inclusiva e gestão da diversidade, Inovação e desenvolvimento curricular, educação para a cidadania e formação de psicólogos. (...)"

Claro que trabalhamos isolados!


Comentário: Este isolamento indesmentível dos professores teve o alto patrocínio dos sucessivos Ministérios da Educação, como tal, não nos venham agora apontar o dedo. As tentativas de divisão da classe, a promoção de colegas a "avaliadores", assim como os recentes modelos de avaliação do desempenho, tiveram como efeito uma competição não saudável entre pares e colocaram um ponto final na cooperação que existia em alguns grupos de recrutamento de algumas escolas a nível nacional. 

Eu assisti a isso de perto, e passados alguns anos constato que há "feridas" que nunca mais sararam, e que a partilha e a cooperação de outrora dificilmente regressarão, porque entretanto se instalou a desconfiança. Tenho também assistido a tentativas ténues de "salas abertas" (parece que é assim que se chama agora), onde se pedem professores voluntários para assistirem a aulas uns dos outros, mas o receio e a desconfiança falam mais alto, porque todos consideram que o que agora (re)começa como voluntariado, depressa passa a obrigatório... Aquilo que agora começa como partilha, rapidamente poderá passar a influenciar negativamente a nossa avaliação...

Culpados para o isolacionismo dos professores? Os nossos políticos!

Definitivamente alguém profundamente perturbado com a nossa classe...


Comentário:  De facto, a avaliação que Maria de Lurdes Reis Rodrigues concebeu e implementou foi extinta... Demorou a extinguir... "Levou" com muitas simplificações, até que acabou por quase desaparecer. Não completamente, pois muitas marcas ficaram desse seu legado. Quantos colegas eu conheço que deixaram de se dar bem, após "disputas" pelas avaliações.

Enfim.

O modelo de Maria de Lurdes Reis Rodrigues em nada contribuiu para distinguir, promover ou reconhecer o desempenho e mérito dos professores, bem pelo contrário, víamos colegas a desempenhar papéis, a "exagerar" o número de estratégias, a fazer aquilo que nunca fizeram, a depender da apreciação de colegas que não tinham formação para o efeito, a perder tempo com o acessório... Uma miríade de situações que serviram mais para destruir do que propriamente para melhorar. E por mais anos que passem, dificilmente alguém me vai convencer que este modelo de avaliação tinha como objetivo principal "quebrar" professores.

Eu bem que gostava de escrever mais sobre este tema e sobre esta senhora, mas acabei de jantar e não quero ficar muito mal disposto...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Teorias da educação...

Sou, de facto, uma péssima professora. Não há volta a dar. Por mais que eu tente, por mais que eu me esforce, apontam-me o dedo… uns por isto, outros por aquilo, os mesmos por isto e por aquilo… 
Quando levo apontamentos para as minhas aulas, é porque sou uma insegura a nível científico e preciso de suporte. 
Quando não levo nada, é porque sou uma inconsciente que não prepara as suas aulas. 
Quando falo em Inglês, é porque não me preocupo com os que têm mais dificuldades e estes vão acabar por desistir e deixar de tentar acompanhar a aula. 
Quando falo em Português, não estou a puxar pelos alunos e estes não estão a aprender nada. 
Quando me irrito, é porque passei mal a noite ou me chateei com o meu namorado. 
Quando não me irrito, é porque não quero saber: se eles querem aprender, aprendem, se não querem, o problema é deles… paciência! 
Quando grito, é porque não era preciso gritar: eles não são surdos. 
Quando não grito, eles são, de facto, surdos, e não me ouvem. 
Quando parto para uma participação disciplinar, é porque é injusto: não era só este ou só aquele que estava a perturbar a aula. 
Quando não há participação disciplinar, é porque não tenho pulso e eles fazem o que querem. 
Quando trabalho com os meus colegas de grupo, é porque não sei fazer nada sozinha. 
Quando não trabalho com os meus colegas, é porque sou uma individualista e tenho a mania. 
Quando utilizo o manual, é porque as aulas são uma seca.
Quando utilizo outros recursos, é porque o manual foi caro e não está a ser utilizado. 
Quando passo os intervalos com os meus colegas na galhofa, é porque o eu quero é brincadeira e não sei aproveitar bem o meu tempo. 
Quando passo os intervalos a correr de um lado para o outro para tirar cópias, requisitar algo da biblioteca, redigir uma participação ou lançar os sumários, é porque não sei viver ou porque só vivo para a escola e devo ter seis gatos em casa à minha espera. 
Quando estou com gripe, é porque devia faltar: não é nada saudável estar fechada numa sala e espirrar para cima dos alunos. 
Quando falto, é porque me baldo. 
Quando brinco, estou a dar confiança a mais. 
Quando não brinco, não sei criar contextos saudáveis para a aprendizagem. 
Quando os meus testes são longos, é porque quero tramá-los: é muita coisa para assimilar para um só teste. 
Quando os testes são curtos, é porque quero tramá-los: eles até sabiam o resto, mas o resto não saiu no teste. 
É isso: sou péssima professora… Vou mas é beber um copo e esquecer… É isso que eles fazem nos filmes americanos: vão beber um copo… Ou dois… Aliás, nos filmes, os melhores professores bebem muito… Vou tentar só mais esta, a ver se acerto…

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Amplo consenso?! A sério?


Comentário: De acordo com o Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, existirá um "amplo consenso à volta da lei-quadro de descentralização de competências para as autarquias"... Só se for um amplo consenso entre as diversas forças políticas, pois quem não está dentro das máquinas partidárias e têm de sujeitar a elas, sabe bem como funcionam os interesses autárquicos.

Uma vez que o diploma que reforça o poder partidário nos Agrupamentos de Escolas será aprovado em breve, estou em crer que cada vez mais faz sentido discutir o tipo de gestão que gostaríamos de ter nas nossas escolas, antes que seja tarde demais... Bem... Provavelmente até já será tarde demais, mas não é tempo de baixar os braços. 
 

Quanto a isto ninguém tem dúvidas...


Comentário: Dificilmente alguém poderá negar que os nossos alunos transportam mochilas demasiados pesadas, fruto de um elevado número de manuais, cadernos, capas e portefólios com que têm de se fazer acompanhar para conseguir dar resposta às inúmeras solicitações de cada disciplina.

Não me causa qualquer confusão a substituição dos tradicionais manuais em papel, por digitais que possam ser consultados num tablet (por exemplo), mas não creio que estejamos preparados para esta pequena "revolução" e também tenho sérias dúvidas que as editoras queiram abdicar da componente física do manual.


Da indisciplina...


Comentário: Não me canso de escrever que o Alexandre Henriques produz estudos úteis, que abordam temas realmente relevantes para o nosso quotidiano. A indisciplina é o tema mais recente, e mereceu o acompanhamento atento de diversos meios de comunicação social...

Infelizmente o nosso Ministério da Educação não dá grande importância à indisciplina nas escolas (nas salas de aula), optando pelo silêncio, pela indiferença e deixando cada professor à sua sorte (ou melhor, à sorte de quem gere o agrupamento).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Gosto...

Música de "Sigala ft. John Newman, Nile Rodgers (Tema: Give Me Your Love)

O objetivo sempre foi estatístico, e não real...


Comentário: Mais uma vez temos a constatação do óbvio que pouca relevância terá para o Ministério da Educação de Tiago Brandão Rodrigues.... 

O sistema de tutorias implementado este ano letivo (podem ler uma das minhas primeiras críticas, aqui) dificilmente poderia trazer bons resultados, pois estamos a falar de 4 horas semanais para 10 alunos e com um professor tutor (sem óbvia formação para o efeito, é claro). Isto é uma "aspirina" para o insucesso e nada mais!


Da tradição...


Comentário: Como já referi por diversas vezes, não nutro grande simpatia pelos estudos da OCDE (pelo menos as que conheço, relativas à educação), cujas conclusões são sempre oportunas em momentos chave (nomeadamente em "épocas de negociação") e quase sem exceção defendem um determinado "ponto de vista" ou decisão estatal. Neste caso, poucos dúvidas existirão que os resultados visam calar quem contesta os números "reduzidos" da vinculação extraordinária.


Comparação novo diploma dos concursos versus DL n.º 83-A/2015, de 23 de maio

...cortesia do Rui Cardoso (colaborador do Blog DeAr Lindo). Para acederem à mesma, cliquem na imagem abaixo.


No melhor pano...

A C. é uma miúda esforçada do 11.º ano. É muito afável, sorridente, trabalhadora e atenta. Tem boas notas a todas as disciplinas. Inglês, diz ela, é a disciplina em que ela obtém notas menos boas. Apercebi de que isso era verdade na última reunião de avaliação em que o 14 a Inglês destoava das outras notas nas restantes disciplinas. Gosto dela. Faz perguntas pertinentes e pede sempre mais exercícios para "treinar". 
É óbvio que não me lembro de cada nota, de cada teste, de cada erro. Mas, em alguns casos, há pormenores que me ficam na memória… Num «rephrasing» que abarcava vários conteúdos gramaticais, quis certificar-me, numa das orações do exercício, de que os alunos sabiam distinguir o uso do Past Perfect Continuous do do Past Continuous. Quando corrigi o teste da C., lembro-me de ter pensado «Bolas, ela percebeu que tinha de usar um Perfect Tense, mas usou o errado, usou o Present Perfect Continuous… Que pena…» E risquei a frase dela… 
No dia da entrega dos testes, ela chamou-me. Quis tirar uma dúvida sobre um erro que ela tinha feito num exercício e eu expliquei… «E aqui, professora? O que é que está mal?», apontando para essa tal frase do Past Perfect Continuous. O «s» do «has» (Present) que eu tinha visto na véspera tinha-se transformado em «d»: «had» (Past)… Fiz um compasso de espera, fingindo reler a frase… «Pois, não está nada de errado aqui. A tua frase está correta.», acabei eu por dizer, sem conseguir enfrentar os olhos dela. «Sendo assim, a tua nota final não é 13, mas sim 13,3, já que cada uma destas frases valia 3 décimas…» E fiz os ajustes necessários no teste e na minha grelha… 
E continuei a aula, como se nada fosse... E repetia para mim mesma: «Deixa lá, Dalila, em frente, são só 3 décimas… Não volta a acontecer: da próxima vez, circundas os erros todos e escreves a resposta correta ao lado… Segue…» E segui… como se nada tivesse sido… Mas tinha sido… e mantinha-se… uma (talvez infantil, mas inevitável) tristeza do tamanho de todo o carinho que tenho por esta miúda…

Eis os novos diplomas relativos aos concursos de professores e vinculação extraordinária...

...que, como todos saberão, apenas foram divulgados após o Conselho de Ministros da semana passada (aqui). Curiosamente, e ao contrário de outras negociações, a versão final dos diplomas só foi dada a conhecer aos sindicatos, muito depois de terem terminado as negociações.


Para fazerem o download das versões finais, cliquem nas imagens abaixo (fonte: FENPROF):




A seu tempo, irei fazer os tradicionais resumos com os tópicos gerais mais relevantes.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Certificação de Tempo de Serviço prestado no Ensino Particular e Cooperativo, em Escolas Profissionais Privadas e em IPSS

Em consonância com os anúncios do senhor Ministro da Educação (aqui), temos uma novidade no sítio da DGAE (e plataforma SIGRHE) relativa à disponibilização na plataforma SIGRHE de uma aplicação para Certificação de Tempo de Serviço, prestado em estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo - EPC, em Escolas Profissionais Privadas e Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS.

Para quem interessar (e acredito que serão bastantes), o melhor mesmo é clicarem nos links abaixo:

Da profunda religiosidade...


O "diálogo" acima foi passado hoje num grupo público de professores no Facebook, é um reflexo perfeito do grau de precariedade da nossa classe profissional e mostra bem o tipo de exploração a que alguns se sujeitam para poderem trabalhar no que gostam. 

Enfim. 

Não sou uma pessoa violenta, mas depois de diálogos como este, tenho sérias dificuldades em conter-me quando afirmam que somos uma classe de privilegiados.

Do abuso sindical...


Comentário: O "Assistente Técnico" alerta (e muito bem) para os "perigos" de algum abuso em termos de reivindicação, principalmente quando aqueles que representam uma classe defendem algo com que os representados não concordam.

E... PUMBA!

E eis quando todos se questionavam sobre o estado da negociação relativamente aos diplomas de concursos de professores e de vinculação extraordinária, surge uma conferência de imprensa bastante esclarecedora...

Para que não fiquem dúvidas: já está tudo decidido e o diploma até já foi aprovado!


Da visualização da intervenção do nosso atual ministro, ficam algumas notas (mas nenhuma novidade):

a) Serão mesmo mais de 3000 docentes que poderão vincular extraordinariamente;
b) O diploma aprovado resulta de uma significativa aproximação às contribuições sindicais;
c) Redução do número de anos necessários para a implementação da norma-travão;
d) Reforço da mobilidade para os docentes com deficiência permanente (visual e motora);
e) Nos próximos dois anos, os professores provenientes das Escolas com contrato de associação irão manter concorrer em igualdade de condições relativamente aos professores do ensino público;
f) Reforço da responsabilização dos docentes que recusam vaga;
g) Serão estudados próximos momentos de vinculação;
h) Grupo para docentes de língua gestual portuguesa estará em cima da mesa no futuro;
i) Vinculação extraordinária terá sido saudada por todas as estruturas sindicais.

Amanhã temos greve...


Comentário: Para quem não sabe, amanhã teremos uma greve que abrangerá "não só os cerca de 30 mil assistentes operacionais (auxiliares) das escolas mas também os assistentes técnicos, nomeadamente pessoal das secretarias e técnicos especializados, como os psicólogos escolares"

Ao contrário do que se passa na nossa classe profissional, estou em crer que os "não docentes" são mais unidos e acredito que esta greve possa ter algum impacte. Não sei se tanto como os sindicatos gostariam, mas acredito que será maior do que alguns (pessimistas) afirmam.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Excesso de presença (uma proposta)

Na semana passada dei por mim a pensar que poderia ser interessante criar um mecanismo que permitisse a marcação em sistema informático (ou suporte papel) de uma situação denominada "excesso de presença". 

E se o escrevo é porque se um professor, por exemplo, chega atrasado 5 minutos a uma aula ou desempenho de cargo, por norma irá ser "carimbado" com uma falta (mesmo que tenha uma justificação plausível, e que até pode estar relacionada com o desempenho de cargos na escola), mas se passar o seu tempo na escola a trabalhar, a acompanhar Encarregados de Educação, a corrigir testes, a preencher papéis, a atender e fazer telefonemas, a imprimir tudo e mais alguma coisa, a acompanhar alunos, tudo isto ultrapassando em muito o tempo legal destinado para o efeito, já não é galardoado com um qualquer registo. Poderia ser interessante, mesmo que não gerasse qualquer "crédito" horário...  

E se não servisse para mais nada, poderia ser útil para silenciar alguns.

Algumas dúvidas agora que o processo negocial aparente ter terminado...

Aparentemente as negociações relativas aos diplomas concursal e de vinculação extraordinária já terminaram há alguns dias, no entanto, fiquei sem saber se os sindicatos tiveram acesso a uma versão final do documento... Ou isto ficou no éter?

Para além disso, será que continuam a negociar?

Algum sindicato entrou em acordo relativamente aos diplomas?

Por norma, no final das habituais conturbadas negociações entre sindicatos e Ministério da Educação, fica-se a saber as respostas às questões anteriores, mas desta vez temos algo estranho, uma espécie de "é melhor esperar antes de falar", que não consigo deixar de considerar preocupante.