quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Reflexos da contenção orçamental

Comportamento violento de aluno autista assusta escola secundária em Faro

Comentário: Situação extrema que não poderá constituir generalização a nível nacional, mas que com menor grau de gravidade poderá ser encontrada em outras organizações escolares nacionais. Todos nós já lidámos (ou pelo menos tomámos conhecimento) com situações que se prendem com alunos com necessidades educativas especiais, e onde constatámos a falta de recursos humanos especializados.

Resultado desta economia de recursos?

Um dos mais graves poderá ser aquele que faz título na notícia, mas existem outras situações onde as aprendizagens são simuladas e falseadas, ao ponto de se chegar ao fim do ensino básico e secundário sem efetivamente serem concretizadas... Pior, existem alunos com necessidades educativas especiais que por terem sido sujeitos à contenção orçamental ou à mudança de recursos humanos, acabaram por regredir relativamente ao que já haviam desenvolvido.

Na realidade não será bem assim...

Os alunos não podem ser prejudicados pela falta de professores, entende FNE

Comentário: Por mais voltas que se dê ao texto e por mais apelos e soluções que se inventem para remediar as colocações "tardias" resultantes da BCE, o facto é que os alunos acabam por ser prejudicados. Dificilmente uma estratégia poderá recuperar a ausência prolongada de um professor sem causar uma sobrecarga (perfeitamente evitável) de trabalho aos alunos, e consequentemente uma maior probabilidade de aprendizagens menos bem concretizadas.

Não será caso único...

Há 200 alunos em Matosinhos sem professor a Português e a Matemática

Comentário: Este tipo de "ausência" de docente era expectável, acima de tudo porque o mecanismo de colocação de professores a esta altura (para quem não sabe, a BCE) assim o permite. Bem sei que quem escolhe é o docente, após seleção em mais do que um estabelecimento de ensino, no entanto, é uma situação permitida pela legislação e pelo MEC. E sabendo este último que a BCE é um mecanismo potenciador deste tipo de atraso, continuo sem conceber como se mantém esta tipologia concursal. 

Resta a questão: Qual será o "motor" da manutenção da BCE?

Não me parece que seja a autonomia das escolas, pois não é um mecanismo que satisfaça plenamente (ou eficazmente) a mesma. Também não acredito que sejam os diretores, pois conheço pessoalmente alguns que não gostam da BCE, por não permitir uma colocação rápida. Por mais voltas que dê, só encontro mesmo uma possibilidade... e é governamental.

Da infelicidade...

Rapaz que apontou arma a professores estava a antidepressivos

Comentário: Por motivos óbvios, uma depressão não poderá servir de justificação para toda e qualquer atitude... Neste caso concreto, parece-me mais preocupante analisar o acesso aparentemente fácil a uma arma de fogo e qual o tipo de acompanhamento a que este miúdo andava a ser sujeito. É que existem erros que convém não repetir.

Eis a 8ª Reserva de Recrutamento

Para acederem às listas relativas à 8.ª Reserva de Recrutamento do ano letivo 2015/2016, cliquem nos links abaixo: 



Lista definitiva de retirados - Consulte


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Excelente...

...é o que posso afirmar do novo single da Adele. E quanto ao vídeo que o acompanha, bastaria a própria para o tornar interessante. ;)

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Música de "Adele" - (Tema: Hello)

Situações que se repetem...

Mãe julgada por sequestro e agressão de professora

Comentário: Infelizmente já tive a oportunidade de trabalhar em escolas onde ocorreram agressões a professores, e não obstante da óbvia crítica às agressões dos encarregados de educação, fica também a má recordação da falta de apoio moral aos agredidos, por parte dos colegas de profissão. 

Aparentemente aqueles professores que "apanharam porrada" estariam a pôr-se a jeito por quererem fazer cumprir com o estipulado no regulamento interno e estatuto do aluno... Este seria o resumo possível daquilo que ia ouvindo em surdina, sendo fácil aferir a apologia do "fechar os olhos" às infrações dos alunos (independentemente da sua gravidade), Não sei se será um problema geral, mas suspeito que possa ser uma vez que não somos uma classe propriamente unida.

Quanto a um eventual castigo dado a esta encarregada de "educação" (antes, falta dela), seria interessante que de uma vez por todas fosse exemplar. E se não fosse um castigo "pedagógico", pelo menos que sirva para intimidar próximas (e mais do que previsíveis) agressões a professores.

Embora efémera...

...não me parece demais conhecer aquela que será a próxima Ministra da Educação.

O que esperar da nova e desconhecida ministra? Diálogo e estabilidade

Comentário: Depois de ler o artigo anterior (assim como outros que desde ontem fui procurando) não fiquei minimamente impressionado com o currículo desta senhora na área da educação, principalmente porque é essencialmente inexistente. No entanto, e enquanto gestora que é, não consigo encarar esta nomeação com grande otimismo, mas mesmo que o fizesse seria pouco relevante pois pouco ou nada poderá concretizar na educação, uma vez que o atual Governo deverá ter os seus dias contados.

Para quando a nomeação de um Ministro da Educação, com raízes no sistema educativo público e não universitário? Seria realmente interessante ter alguém com experiência no terreno...

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Mais um daqueles estudos...

E se 4% dos piores professores fossem afastados das escolas?

Comentário: Bem... Parece-me que estaremos perante mais um estudo que poderá vir a ser utilizado para algo mais, que por melhor intencionado que seja, poderá acabar por servir de argumento para mais tretas do costume. Não digo que estes estudos não tenham validade (que a têm), mas não poderíamos procurar soluções utilizando (e ouvindo) aqueles que estão no terreno desde sempre, isto é, os professores.

Que raio de obsessão pelos académicos... 

O evidente envelhecimento do corpo... docente

Só 0,5% dos professores têm menos de 30 anos

Comentário: Se quando iniciei a minha atividade docente (com 21 anos) era o mais novo da escola onde tive a oportunidade de estagiar, até hoje essa realidade pouco mudou, e com raras exceções costumo ser sempre um dos mais novos professores das escolas por onde vou trabalhando. E se antes isso até tinha alguma piada, admito que com 38 anos me causa alguma confusão não ver "sangue novo" na escola... E se não fosse por mais nada (nomeadamente uma ou outra atualização em termos de novas tecnologias), pelo menos para tentar ter algum vislumbre da motivação praticamente perdida.

E como as juntas médicas não funcionam...

...eis que MEC surge com uma solução para este ano letivo. Uma vez que este ano a polémica em torno da mobilidade por doença foi maior que em outros anos (e os motivos são profundamente conhecidos), fica uma cópia parcial do Despacho n.º 11970-B/2015, de 23 de outubro onde a responsabilidade da "fiscalização" passa a ser da Junta Médica da ADSE:

Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.

"(...)A junta médica regional recentemente criada pelo Decreto -Lei n.º 266 -F/2012, de 31 de dezembro, para funcionar junto da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEsT), não se encontra ainda funcionalmente operacional para dar resposta atempada, em simultâneo com as atribuições que lhe estão cometidas, aos pedidos de submissão a esta perícia médica agora especialmente prevista, sendo certo que a Junta Médica da Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) dispõe neste momento das condições operacionais adequadas para o desempenho daquela atividade. 

Nestes termos, e considerando que o regime previsto no Despacho n.º 4773/2015, de 24 de abril de 2015, vigora exclusivamente para o ano letivo de 2015/2016, importa encontrar soluções transitórias que, sem solução de continuidade, permitam criar condições para a implementação daquele específico regime de mobilidade e, consequentemente, à boa utilização do procedimento administrativo contemplado no artigo 68.º do estatuto da carreira Docente (ECD). 

Assim, nos termos do artigo 68.º do ECD, conjugado com o n.º 5 do Despacho n.º 4773/2015, de 24 de abril, determina -se: 

1 — Durante o ano letivo de 2015/2016 a comprovação das declarações apresentadas e da situação de doença declarada do docente ou do seu familiar para instrução do pedido de mobilidade efetuado ao abrigo do Despacho n.º 4773/2015, de 24 de abril de 2015, podem ser realizadas por recurso à Junta Médica da ADSE.

2 — Compete à Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) solicitar à ADSE a realização das perícias médica médicas para os fins aqui previstos

3 — As juntas médicas serão realizadas na secção regional da Junta Médica da ADSE correspondente ao local em que o docente se encontra colocado em consequência da mobilidade

4 — A DGAE e a ADSE articulam entre si os procedimentos necessários à convocação e realização das juntas médicas, sendo a notificação da data, hora e local para apresentação à junta médica efetuada pela DGAE."

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Listas do período probatório 2015/2016

A DGAE publicou ontem no seu sítio virtual, duas listas relativas à concretização ou dispensa do período probatório para os colegas que ingressaram este ano em QZP. As listas cujos links vos deixo abaixo, encontram-se por ordem alfabética dos professores, e não por ordem de grupo de recrutamento ou QZP de ingresso.

a) Lista de docentes dispensados da realização do Período Probatório.pdf 

b) Lista de docentes que realizam o Período Probatório.pdf

Se quiserem saber qual o motivo da dispensa, cliquem aqui ou acolá, e em alternativa fica o resumo: "(...) ficam dispensados do período probatório os professores que reúnam, cumulativamente, as seguintes condições: 
- 730 dias de serviço efetivo prestado no mesmo nível de ensino e grupo de recrutamento em funções docentes nos últimos cinco anos imediatamente anteriores ao ano letivo 2014-2015; 
- Cinco anos de serviço docente efetivo com avaliação mínima de Bom."

Para os colegas que terão de concretizar o período probatório, ficam alguns conselhos de leitura:

i) Estatuto da Carreira Docente: artigo 31.º;

ii) Despacho n.º 9488/2015, de 20 de agosto.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Curiosidades sindicais...

Por norma, uma vez por mês costumo fazer a ronda a todos os sítios virtuais dos inúmeros sindicatos de professores. Hoje foi esse dia, e constato algo curioso e que se prende com o facto de todos os sítios virtuais dos sindicatos "satélite" da FENPROF fazerem alusão à "morte" da PACC e nenhum (pelo menos até à hora a que agendei a publicação deste post) dos sítios virtuais da FNE (da sede e das filiais) fazerem qualquer referência à inconstitucionalidade decretada.

Bem... Na realidade não é surpreendente, pois dificilmente alguém desconhecerá a intervenção sindical na FNE na aplicação governamental da PACC, mesmo que "camuflada" de redução do público-alvo.

O problema é que não são...

Coincidências surpreendentes

Comentário: Santana Castilho presenteia-nos com um artigo de opinião onde refere alguns estudos utilizados pelo atual (des)governo para manter a classe docente e o sistema educativo público com "trela curta". Termina ainda com uma crítica a alguns jornalistas que não obstante ter fundamento, não poderá servir para todos, pois acredito que se não fosse pela divulgação dada a alguns problemas poderíamos estar pior.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Eis o último...

...post publicado a partir de um telemóvel com sistema android

Vamos ver como corre a experiência com o iOS.

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Música de "Ariana Grande" - (Tema: One Last Time)

Fartinho...

...de tanto xadrez político.


Meia jornada de trabalho para professores

FNE pede esclarecimentos ao MEC sobre aplicação da meia jornada aos professores

Comentário: Embora a possibilidade de meia jornada de trabalho (traduzindo: prestação de trabalho num período reduzido em metade do horário normal de trabalho a tempo inteiro, sem prejuízo da contagem integral do tempo de serviço para efeito de antiguidade) para a função pública seja uma novidade (que surgiu com a Lei n.º 84/2015 de 7 de agosto - Primeira alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas), o facto é que existem dúvidas relativas à nossa classe profissional que importa esclarecer e que de acordo com a FNE:

"- A redução do horário de trabalho deverá ser efetuada quer na componente letiva quer na componente não letiva, proporcionalmente, e sem pôr em causa o direito dos docentes à componente individual de trabalho; 

- A contagem integral do tempo de serviço deverá servir para todos os efeitos legais (antiguidade, aposentação, progressão na carreira e concursos do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário), tendo em conta o direito fundamental que se pretende proteger, que é o da conciliação da atividade profissional com a vida familiar, o qual tem dimensão constitucional e tendo em conta os critérios já apertados para a aplicação do mecanismo em causa."

No entanto, convém esclarecer que esta possibilidade não é para qualquer um, tendo de ser verificado um dos seguintes requisitos:

a) Ter 55 anos ou mais à data em que for requerida a modalidade de meia jornada e tenham netos com idade inferior a 12 anos; 

b) Ter filhos menores de 12 anos ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica. 

Questões relevantes...

Será que a PACC morreu? MEC quer aprová-la no Parlamento

Comentário: Recomendo a leitura atenta do artigo cujo link coloquei acima, não só aos colegas que ainda poderão ter de se sujeitar à PACC (se eventualmente - algo em que não acredito - se concretizar), mas também para aqueles que se sujeitaram a ela no passado. César Israel Paulo, presidente da ANVPC coloca várias questões relevantes, mas a maioria delas estará mesmo em espera até conhecermos o "desenho" do próximo Governo de Portugal.

Da (triste) realidade...

Escolas caíram para menos de metade desde 2000

Comentário: Em 14 anos a rede pública de escolas passou de 14533 estabelecimentos para 6575, registando-se na rede privada um acréscimo de escolas (de 2477 para 2628 escolas). Números relevantes para quem pretende conhecer as reais intenções dos últimos 3 governos, não só do ponto de vista orçamental mas também de desresponsabilização no que concerne à educação em Portugal.

Como existe quem goste de ler a "fonte", deixo-vos com o link do relatório (acessível se clicarem na imagem abaixo).


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A preparar terreno...

Presidente da CNE diz que não suspenderia prova dos professores sem uma alternativa

Comentário: E a alternativa apontada David Justino é mesmo a aplicação do período probatório, algo que não compreendo muito bem quando este "mecanismo" é "reservado" ao primeiro provimento em lugar de ingresso na carreira (isto é entrada em quadro). Acredito que a proposta será não avaliar os colegas contratados em 1 ou 2 momentos isolados, mas sim ao longo de um ano letivo, recorrendo a uma possibilidade prevista no ECD - a de requerer o período probatório antes de ingressar na carreira, mediante cumprimento de determinadas condições mais ou menos restritivas.

Se o objetivo destas provas de "avaliação" de professores contratados é empurrar os mesmos para fora do sistema (e da possibilidade - mesmo que remota - de entrada em quadro), não me parece que alguém vá implementar um período "probatório" (mesmo que com outra designação) que pode contrariar precisamente esse objetivo.

Para rematar, deixo-vos com aquilo que escrevo sempre que o tema é uma prova de avaliação de professores: se o problema está eventualmente a montante - nas instituições de ensino superior que forneceram a formação - porquê julgar (e penalizar) aqueles que possuem um diploma passado por essas mesmas instituições? É que se desconfiam de quem leciona nas instituições de ensino superior, não me parece nada lógico avaliar os seus alunos.


Consequência?

Escolas privadas fazem batota com as notas

Comentário: Daqui a uns tempos vamos ter mais notícias similares a esta, relatando fraudes nas classificações atribuídas em determinadas instituições de ensino privado. É um ciclo de "novidades" que se vão repetindo e que relatam algo que todos conhecem...

Consequências para aqueles que fazem batota?

Nenhuma... E mais não escrevo, pois nem sequer vale a pena perder tempo com algo que já se encontra institucionalizado e que visa apenas concretizar publicidade gratuita. A cada notícia destas, aumentam as "transferências" do público para os privados "batoteiros", como tal, está tudo explicado.


Conheço quem faça mais...

Professores chegam a fazer 200 km para dar aulas

Comentário: Mas também conheço quem por total impossibilidade de articular a sua vida pessoal (em concreto, a dos seus filhos), tenha mudado de localidade com tudo o que isso obviamente implica, nomeadamente do ponto de vista financeiro e de apoio familiar. Cada vez mais me convenço que em 10 anos, os professores (como eu) que vivem no interior terão mesmo de migrar para o litoral, sob pena de terem de fazer bem mais do que 200 km diários.

E se em alguns grupos de recrutamento é patente o envelhecimento de quem o compõe, em outros a média de idades andará por volta dos 50 anos, o que significará muitos mais anos a "penar" para conseguir um lugar mais próximo de casa. E quando tal estiver para acontecer, corremos o risco de já não existir população estudantil que nos suporte... Convém pensar nisto.

Espero bem que o façam...

10 mil professores afastados por prova ilegal

Comentário: A notícia em causa refere-se ao número aproximado de colegas que de alguma forma foram prejudicados - no caso, impedidos de concorrer - pela aplicação desta Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades e que se espera que de alguma forma tomem medidas contra o atual MEC. Na realidade, acredito que uma grande parte destes colegas nada fará, assumindo de forma silenciosa as consequências pessoais e profissionais de tão injusta prova.

Não deveria ser assim... Mas dita-me a experiência que não somos uma classe profissional onde seja tradição exigir o cumprimento da legalidade (e obviamente a penalização das ilegalidades), se para tal tivermos de preencher um papel (e já nem falo se forem dois ou três). E para piorar, aqueles que o fazem (ou tentam fazer) são vistos pelos seus pares como aproveitadores do "sistema" (seja lá o que isso for).

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Nem todas as mortes deixam saudades


De acordo com informação retirada da página da FENPROF (a que poderá aceder carregando sobre a imagem ao lado)


Tribunal
Constitucional
declara inconstitucionalidade 
da
PACC



Entretanto, está agendada uma conferência de imprensa para as 15h de hoje. Aguardemos os pormenores.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Respostas a questões importantes...

...cortesia da FENPROF. O documento possui alguns esclarecimentos e informações "rápidas", relativas a "procedimentos a adotar pelos professores e pelas escolas relativos a: Contratação, Deslocações em Serviço e Horários de Trabalho". De salientar que as deslocações já foram alvo de profunda análise pela Helena Rechena (aqui, ali e acolá, por exemplo), no entanto, existem colegas que só acreditam quando lêem num normativo legal ou esclarecimento sindical.

Para acederem ao documento, é só clicarem na imagem abaixo.


Da multiplicidade...

Burnout e pessoal docente: que ligação?

Comentário: O burnout na nossa classe profissional é indesmentível, tal como os factores que o potenciam... Os estudos relativos ao burnout docente são imensos, as notícias repetem-se anualmente, as consequências são mais do que conhecidas, no entanto, nada tem vindo a ser feito para resolver este problema. Bem pelo contrário.

E sei que daqui a uns meses ou a um ano estarei a colocar novamente links para artigos ou notícias sobre este tema, e rigorosamente nada será feito independentemente de quem for governo. Aliás, apostaria mais na criação de factores de agravamento do burnout, de modo a gerar mais umas quantas aposentações e a manutenção de contratação a baixo custo e ad eternum de professores.

No entanto, e se não conhecem a ligação que faz título do artigo (algo em que dificilmente acreditarei), o melhor mesmo é lerem-no com alguma atenção.

As analogias que poderiam ser feitas...

Urso invade escola nos Estados Unidos

Comentário: Ninguém levará a mal se escrever que quando li o título desta notícia, me lembrei das visitas de altos responsáveis pela educação a diversas escolas de Portugal. Obviamente que poderão ser concretizadas muitas outras analogias, mas o que eu me fartei de rir quando me deparei com o título da notícia acima.

Mais uma reserva de recrutamento...


...no caso, será a 6.º. Para consultarem às listas, utilizem os links abaixo.




Lista definitiva de retirados - Consulte

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

PET | INGLÊS - Coisas que Ai donte Anderstende

Imagine-se que a EB 2,3 Ratatui, no âmbito da autonomia prevista pela alínea b) do ponto 15 do Despacho normativo n.º 17-A/2015, determinou que o peso do PET será de 30%.

Na avaliação sumativa interna do 3º período é proposto e aceite o nível 3 à disciplina de Inglês para o aluno João Silva. Neste mesmo momento de avaliação o João obteve "apenas" dois níveis inferiores a três a duas disciplinas: História e Geografia.


No PET o João  obtém  nível 1. Calculemos a média ponderada:

Avaliação sumativa interna (3º período):   nível 3 x 0,7% = 2,1

                                                        PET:   nível 1 x 0,3% = 0,3

O aluno João Silva obteve 2,4. Arredondada, a avaliação final da disciplina de Inglês corresponde agora ao nível 2.



FACTOS:

Em Julho, após a divulgação das classificações das provas finais de Português e Matemática e do PET, resulta que o nosso João obtém nível 2 às disciplinas de Inglês (como consequência do nível 1 obtido no PET e NÃO da avaliação sumativa interna de junho em que obteve nível 3), e mantém - obviamente, até porque ainda nem realizou as provas de equivalência à frequência - nível dois a História e Geografia. 


QUESTÕES:


1) O João obtém ou não aprovação? À luz do Despacho, não sendo salvaguardada a situação da disciplina de Inglês ser uma das disciplinas sujeitas a avaliação sumativa externa, qual a avaliação a considerar para a disciplina de Inglês? Não é a avaliação sumativa interna, ocorrida em junho, altura em que obteve nível 3 a Inglês que deverá ser considerada? Pode parecer uma questão de resposta linear mas, atendendo ao ponto 17 do artº 10º, não considero que o seja:


2) Se o PET vale como Prova de Equivalência à Frequência (Artº 9, ponto 5, alínea b)...

... haverá uma segunda fase do PET, já que estão previstas duas fases para as Provas de Equivalência à Frequência? Recorde-se que, por ora, apenas está prevista uma prova escrita do PET (no dia 11 de maio) e um intervalo para realizarem a parte oral da mesma (entre os dias 18/4 e 27/5). 


3) Não sendo considerada uma prova final, o que sucede a um aluno que falte à prova escrita e/ou oral do PET? Esta situação está prevista para as Provas de Português e Matemática (ponto 18 do Artº 10º) mas por ora desconhece-se o que sucederá caso essa não realização se aplique a qualquer uma das partes do PET.




Às vezes...

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Música de "James Bay" - (Tema: Let It Go)

Continuam a tapar buracos

Colocação de professores substitutos mais rápida, a partir de agora

Comentário: Isto é o que se chama remendar temporariamente (e precariamente) um problema que nem deveria existir se fosse utilizada a maldita lista de graduação profissional. Tanta teimosia é inconcebível e só consigo compreendê-la do ponto de vista de tentativa "forçada" de colocação de determinados profissionais em certas instituições escolares (traduzindo: descer na lista até chegar àquele que queremos). Não me venham com a treta da autonomia, porque este mecanismo não favorece a autonomia... A autonomia nós sabemos perfeitamente como poderia ser concretizada, mas em Portugal com tanta intromissão partidária nas escolas (apenas para referir o tipo mais flagrante de influência), dificilmente será algum dia feita de forma justa.

Para quem ainda não compreendeu o problema da Bolsa de Contratação de Escola (BCE) aconselho a leitura do artigo cujo link coloquei acima. Deixo-vos então com a transcrição da solução do MEC para um problema que eles próprios criaram (e que se encontra devidamente legislada):

"Nesta terça-feira, o MEC tomou medidas. Suspendeu, na plataforma informática, a candidatura de todos os professores que já estão colocados e cujo período experimental já terminou, “limpando”, assim, as listas. Segundo o MEC, se entretanto o contrato do professor terminar, por exemplo, ele poderá levantar a suspensão na aplicação informática e regressar ao concurso".

Eu não apostaria tudo...

Professores apostam no fim da prova

Comentário: Quando o tema é "julgar" professores na "praça pública" camuflado de exercício governamental de resolver "problemas" a jusante (e não a montante, isto é, nas instituições de ensino superior), não me atrevo a apostar... Acredito que a atual PACC será de alguma forma abandonada (independentemente da "coligação" que nos governar), mas relembro que a prova de avaliação para professores nasceu do útero do penúltimo governo PS e o atual governo apenas  piorou (e implementou efetivamente) o "monstro" (isto é, a PACC) entretanto incubado.

Deste modo, espero que realmente eliminem esta tipologia de filtro a jusante da formação inicial, mas estaria mais inclinado para uma qualquer operação de cosmética similar àquela que foi concretizada com avaliação do desempenho docente.


Calendarização PACC - versão 2015/2016

Foi publicado no dia 12 de outubro, em Diário da República, o Despacho n.º 11423-A/2015 que calendariza a componente comum da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) para 18 de dezembro de 2015 (uma 6.ª feira, para os mais curiosos) e prevê a concretização das componentes específicas a partir do dia 1 de fevereiro de 2016. Também lá constam os valores em euros relativos à inscrição, consulta de provas e reapreciações, entre outros.

Não sei muito bem qual será o "desenho" do próximo governo, mas embora com alguma cautela atrever-me-ia a afirmar que existem fortes probabilidades desta PACC "desaparecer" ainda antes da concretização da prova comum, ou na pior das hipóteses, converter-se em algo menos injusto e absurdo.

Para acederem ao normativo legal em causa, cliquem na imagem abaixo.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

PET (Inglês | 9º ano)

Alguma coisa me está a escapar...

Fazendo a leitura atenta do Despacho normativo n.º 17-A/2015, deparo-me com  os pontos 12 e 15 do artº 8º. Ora se os resultados do teste PET (Inglês de 9º ano) são divulgados apenas em julho...
...como poderão fazer parte da avaliação sumativa interna da disciplina que ocorrerá, sensivelmente, um mês antes?

E se a classificação final da disciplina resulta da média ponderada entre a classificação obtida na avaliação interna do 3º período à disciplina e o resultado do PET, não se trata exatamente do mesmo que sucede com as provas finais de Português e Matemática do 9º ano? 

Se estamos efetivamente perante avaliação sumativa externa (como me parece ser o caso) porque não consta aqui, à semelhança do  Português (ou PLNM) e a Matemática?

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Francamente incompreensível...

Professores não acreditam que os alunos do ensino vocacional regressem ao regular

Comentário: Li o artigo cujo link coloquei acima com alguma atenção e admito ter ficado surpreendido com o seu conteúdo, pois algumas conclusões contrastam radicalmente com a minha experiência nesta tipologia de cursos. Como não gosto de ler resumos e sim consultar a fonte, lá fui ao sítio virtual da DGE (aqui) e deparei-me com o estudo em causa. É um relatório extenso, mas julgo que quem costuma lecionar vocacionais (como eu) irá "apreciar" algumas inverdades que por lá constam

Deste modo, e se estiverem interessados em analisar o relatório final desta comissão (publicado em julho passado), deixo-vos com o link respetivo (cliquem na imagem abaixo).



Apenas um exemplo...

...de imagem que costumo mostrar aos meus alunos, sempre que um problema (não relacionado com a matéria lecionada) relacionado com a igualdade "vem à baila". Costuma dar resultado e poupo bastante em palavras.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Bom fim de semana...

E quanto ao título da música... Já foi tempo. Agora só mesmo para um grupo mesmo muito restrito de seres humanos. :)

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Música de "David Fonseca" - (Tema: Chama-me que eu vou)

Não me parece...

Fenprof diz que há "novo quadro" parlamentar favorável aos professores

Comentário: Não defendo o otimismo da FENPROF no que concerne a um quadro parlamentar favorável aos professores, uma vez que a nossa classe profissional é uma excelente alvo para medidas de contenção orçamental ou para exercícios de poder e experiencialismos. Os motivos são os conhecidos, a começar pela miríade de sindicatos (onde temos o clássico vilão - a FENPROF - e o herói governamental - a FNE) e a terminar na profunda desunião entre professores que entre muitas clivagens, oscila atualmente nos seguintes duelos:

a) QEna/QA versus QZP;
b) QZP antigos versus QZP novos;
c) Quadros em geral versus Quadros destacados por doença;
d) Quadros em geral versus Contratados;
e) Contratados que demoram imenso tempo a optar por uma colocação versus Contratados que aguardam pela decisão dos anteriores.

Obviamente que existirão outras relações de "ódio" entre docentes que são campo fértil para os sucessivos governos continuarem a brincar no sistema educativo, mas à medida que forem necessários serão explorados e se necessário criados.

Dificilmente compreenderei...

...o motivo explícito da manutenção da Bolsa de Contratação de Escola (BCE), uma vez que à exceção de um punhado de Diretores e de todo o executivo do MEC, não consegui encontrar quem defenda este mecanismo atroz de colocação de professores.

Bem sei que a defesa do modelo concursal da BCE encontra sustento na autonomia das escolas, mas qualquer idiota consegue compreender que não funciona e é injusto para quem concorre e para aqueles que aguardam a colocação "definitiva". 

Já li não sei quantos relatos de colegas, mais alguns artigos de opinião e até declarações de sindicalistas, e no final, continuo sem compreender porque raios esta malfadado concurso não é de uma vez por todas erradicado. Uma lista única com base na graduação a nível nacional (sem - óbvia - inclusão de critérios a la carte) deveria ser a base de qualquer concurso, uma vez que é (até me provarem o contrário) o mecanismo menos injusto de colocação.

A visita do dia...

...que me permitiu (e eu agradeço imenso) a obtenção de diversas selfies, que apenas não coloco no blogue para não ficarem assustados com o meu aspeto resultante de uma esmagadora falta de horas seguidas de sono. :) 


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

E se acham compreensível...

.... que o Estado assuma as despesas daqui decorrentes, continuem a abdicar do subsídio de transporte das deslocações em serviço. (para ver e ouvir a reportagem, carregue na imagem)


E já agora: entendo o direito que os reclusos terão de usufruir desta benesse, contudo gerir o orçamento público não é assim tão diferente de gerir um orçamento familiar em que há que fazer opções. Se o dinheiro mal chega para pagar a comida, há que abdicar de comprar um sofá novo... Digo eu...

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Para relaxar...

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Música de "Isaura" - (Tema: Change It)

Olha que interessante...

Alunos de Braga, Vila Real e Coimbra têm mais sucesso do que o resto do país

Comentário: Estas estatísticas têm um valor relativo, no entanto, e como autóctone vilarealense gostaria mesmo de compreender os motivos que estão subjacentes a tal resultado, acima de tudo porque no estudo não estão representadas apenas escolas privadas... 

Se é passageira que termine logo a viagem...

Nuno Crato diz que a sua passagem pela política é "passageira"

Comentário: De acordo com a notícia, Nuno Crato terá afirmado que é "um professor" e não um político... Se algures no tempo tal consideração foi verdadeira, depois de tudo o que este senhor "alcançou" no seu (ainda) ministério, dificilmente o poderemos classificar como "apenas" professor e não tenho grandes dúvidas que dificilmente voltará a ser considerado pelos seus pares. Os professores depositaram demasiadas esperanças neste "colega", que tinha (eventualmente) um conhecimento mais aprofundado da realidade das nossas escolas (relativamente às suas antecessoras), e optou por manter a mesma "linha de pensamento" destrutivo e experimentalista.

Não ficou...

Como ficou a Educação depois de Nuno Crato

Comentário: O educare.pt elaborou um artigo que me parece bastante interessante para quem quer realmente saber qual a qualidade e validade do atual Ministro que tutela a educação em Portugal... 

É um texto bastante grande, onde vários representantes de professores (e sim... os sindicalistas também nos representam) exprimem a sua opinião acerca da atuação de Nuno Crato durante o seu mandato. Opiniões coincidentes em grande parte com a minha, no entanto, se tivesse de resumir a atuação do atual Ministro bastar-me-ia uma palavra, por norma associada a maus odores.

Olha que bom...

Há onze escolas e 230 alunos com mandarim no 10.º ano

Comentário: E as aulas "estão a começar" mesmo que os professores importados da China aparentemente ainda não tenham chegado a Portugal... As orientações curriculares já foram publicitadas (aqui) a 2 de outubro, como tal, deve ser só mesmo uma questão burocrática para que as aulas nesta língua tenham início em 11 escolas dos concelhos de Loulé, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Coimbra, Aveiro, Elvas, Lisboa, Vila Franca de Xira, Almada, Matosinhos e Marinha Grande.