Comentário: Ainda não existe uma confirmação absolutamente inequívoca desta medida economicista do Governo, no entanto, a ocorrer não será grande surpresa. Se combinarmos mais esta medida com a passagens de alguns cursos profissionais para os institutos politécnicos, a recente reorganização curricular, o diploma de organização do ano letivo, o acréscimo da carga semanal de trabalho e a mobilidade especial, não tenho grandes dúvidas em afirmar que setembro de 2013 será memorável pelos piores motivos.
Todas estas medidas estão destinadas a cortar no número de professores. E os colegas contratados que continuam a considerar que os professores dos quadros com mais de 50 anos não deveriam ter reduções, pensem duas vezes. Se não tiverem reduções, terão componente letiva que não será disponibilizada para horários que serão integrados em concursos.
Para além disso, e para quem é professor, sabe perfeitamente o que motiva esta reduções. A nossa classe profissional é um classe de extremo desgaste mental...
Se até aqui pensávamos que a razia na educação era grande, creio que não teremos escala para integrar a verdadeira hecatombe profissional com que nos iremos deparar no próximo ano letivo.
Todas estas medidas estão destinadas a cortar no número de professores. E os colegas contratados que continuam a considerar que os professores dos quadros com mais de 50 anos não deveriam ter reduções, pensem duas vezes. Se não tiverem reduções, terão componente letiva que não será disponibilizada para horários que serão integrados em concursos.
Para além disso, e para quem é professor, sabe perfeitamente o que motiva esta reduções. A nossa classe profissional é um classe de extremo desgaste mental...
Se até aqui pensávamos que a razia na educação era grande, creio que não teremos escala para integrar a verdadeira hecatombe profissional com que nos iremos deparar no próximo ano letivo.
Estou em estado de choque profissional!!!
ResponderEliminarÉ o despedimento em massa!!! Serão poucos os colegas que hoje em dia podem dar-se ao luxo de pensar que para o ano terão um horário.
Normalmente nestas discussões não são considerados os professores do 1º ciclo, que nunca usufruíram de reduções...
ResponderEliminarNão falo dos Educadores de Infância que também nunca tiveram reduções, mas têm auxiliares nas salas.
...vinte e cinco criancinhas de seis anos, cinco dias por semana, cinco horas por dia, mais dois blocos de 45 m de Apoio ao Estudo...
Há muito que se fala desta possibilidade nas salas de professores. Em muitas destas conversas o tom é de inevitabilidade e normalidade. Por isso, acho que nem com isto a malta vá mexer uma palha. Como contratada que em dez anos sempre conseguiu horário (9 anos completo e anual) vejo o fim cada vez mais próximo. Os que ficámos este ano para o próximo não nos iremos safar de maneira nenhuma.
ResponderEliminarNão serão apenas professores contratados que vão para a rua! Será também os do quadro!!!
ResponderEliminarE a passividade perante estas medidas anunciadas é notória.
ResponderEliminarÉ notória nos textos na blogosfera docente e nos comentários.
Há agitação, mas é estéril.
No fundo, pensa-se: nã, isto é para outros, não para mim. Além disso, isto não pode ser assim tão mau e cruel.Ainda vão ser limadas umas arestas e talvez eu me safe.
Chega-vos este raciocínio? Esta esperança bacoca? Esta vida do OF Mice and Men?
Tudo para a rua!
Têm vergonha? Têm mais que fazer?
Parece mal?
Têm testes e aulas para preparar e exames para papaguear?
Ou vou eu e mais 5 para a rua?
Enquanto o encontro, que ficou conhecido pelo dos leitões, escreve, analisa, participa em conferências e encontros sobre a escola pública e os cortes, aliviando a consciência e dormindo com o inimigo.
Ricardo! A análise está feita e já chega de gemidos.
Tudo para a rua!
Com leitões ou sem.
Se estamos em "choque", ainda vamos ficar viciados nele.
ResponderEliminarE isto não é nada saudável.
Que tal sairmos de choque em choque e, antes de ficarmos chamuscados, fazermos algo inteligente?
Porque é que não vamos para a rua durante, à partida, 1 semana?
Pedro,
ResponderEliminarJá que muitos e muitos irão para a rua - do 1º ciclo, contratados e do quadro - ao menos vamos porque queremos , não porque alguns indigentes nos mandam.
E se começam a jogar professores do quadro vs contratados, novos vs mais velhos, do 1º ciclo vs dos outros ciclos de ensino, fp vs privado, o melhor mesmo é continuarem a levar com "choques" e não chatearem o pessoal.
Estamos perante uma evidente violência psicológica aos professores.
ResponderEliminarÉ a sangria da classe e a criação do inferno nas escolas.
Carina P
Vi mais de 100 mil na rua para contestarem um modelo de avaliação. E para contestarem o despedimento coletivo? E para os que ficam, trabalhar no inferno?
ResponderEliminarSe for por comparação de situações, por mim, esta última dá uma manifestção de 200 mil e uma semana de greve ( em frente à escola se necessário)! É perder uma semana ou o emprego... já sei... são parvoíces minhas....
Ia custar-me muito, mas eu alinhava numa greve por tempo indeterminado...
ResponderEliminarCaros colegas, tem havido muitos abusos, agora pagam todos! Eu proponho uma tomada de posição: todos os professores passarem as 40 horas por semana na escola. Por exemplo, depois de darem as suas aulas durante a manhã, almoçavam e durante a tarde regressavam para preparar as aulas do próximo dia. Instalavam-se numa sala ou num gabinete e trabalhavam ali, até às 17.30, hora em que findavam as actividades e todos os dossiers e papéis ficariam na escola... e assim 5 dias por semana. Quem aceita... a sério...
ResponderEliminarColegas no próximo ano letivo, proponho colocação dos professores contratados a dar aulas nas AECS, E NÃO CONTRATAR MAIS NINGUÉM.
ResponderEliminarColegas já é tempo de quem ganha mais trabalhar e deixarem os contratados em paz porque ja estão habituados a sofrer e ganharem uma miséria...vamos acabar c reduções e trabalhar para isso o estado paga
EliminarAceito a ideia da Ana Martins.
ResponderEliminar
ResponderEliminarA Ana Martins tem razão.
Hó filha, mas não penses que os colegas vão aderir, andam todos cagados de medo, e o caso não é para menos.
Essa do 1.º ciclo não ter reduções é um mito. Claro que tem reduções previstas na Lei e claro que tb irão acabar. Um professor de 1.º ciclo a partir dos 60 anos tem direito uma redução de 5 horas semanais no horário letivo. Acontece que na maior parte dos casos não goza esse direito porque não quer deixar de ter turma para fazer apoio educativo. Esta medida irá mandar muitos QZP's para horário zero e a seguir para fora do ensino. E isto quando estão por fazer os MEGA. Isto é: paga-se a um diretor, um sub, 3 adjuntos e dois assessores, 2 ou 3 bibliotecários por cada mil alunos e depois um professor de 60 e mais anos terá de lecionar 22 horas por semana.Equidade e justiça são as palavras que me ocorrem.
ResponderEliminarMesmo os QZP's mais novos do 1.º Ciclo irão para a rua pois há muitos do 2.º com habilitação para o 1.º.
ResponderEliminarAndaram a dormir com as ADD's? Pois eles foram governando a sua própria vidinha!
ResponderEliminarhttp://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2988890
Ana Martins,
ResponderEliminarEm 1º lugar, não entendi bem a que "abusos" se está a referir;
Em 2º lugar, está a fazer aquilo que se deve contestar: a de ficar 40 h na escola, ou 50, 60 e todas as que vierem, como se isso fosse algo de eficaz. E não estou a ver que eficácia é essa, lamento;
Em 3º lugar, fala de leccionar de manhã, ir almoçar e voltar para fazer não sei o quê, qualquer coisa como preparar aulas numa sala.
Francamente, também não entendo esta.Principalmente isto:Então, a Ana Martins lecciona só de manhã?
Almoça e não tem mais serviço na escola? É isso?
A sério, Ana Martins,eu não aceito isto porque não estou a ver o resultado imediato da coisa, porque os professores também leccionam da parte da tarde, a não ser que seja uma escola muito especial, num outro nível de ensino e, mesmo assim, tenho grandes dúvidas.
Finalmente, gostei da ideia do "Instalavam-se num gabinete ou sala".
Fantástico!
Absolutamente, fantástico!
Genial!
Ainda estou a pensar naquela coisa de dar aulas de manhã, ir ao brunch, voltar à escola, instalar-me num gabinete a preparar aulas e sair às 17:30 h.
ResponderEliminarA gerência iria adorar. Todos iriam adorar.Eu também que não me importava, não porque seja uma boa luta, mas porque, tal como tantos outros colegas, trabalho manhãs e tardes.
Que azar!
Desisto.
ResponderEliminarPedro_Norte (Chat)
ResponderEliminarPois é.. Temos o fim da carreira para muitos docentes em Portugal. O dinheiro gastou-se, ninguém é responsável por isso e agora temos k pagar a todo o custo e com juros. Nada me parece tão normal. O anormal é não existirem responsáveis para o que aconteceu ao País.
É o fim da Educação tal como a conhecemos e o fim da carreira para muita gente. Aqueles que ainda são novos (menos de 35 anos) que pensem seriamente em mudar de profissão (que não será fácil já que não são apenas os profs a única classe altamente afectada com esta brincadeira). Os velhotes (como eu - 36 anos!! loool) não terão grandes opções... Sair do País ou cair no sofá a lamentar-se dia após dia...
É óbvio que isto vai piorar... é lógico que se anuncia mais um despedimento de 50000 profs para na realidade despedir cerca de 25000 e o people até fica contente porque afinal foi só metade!!!
Enfim.. É triste, preocupante e revoltante. Mas nada vai impedir os credores de receberem o k é seu por direito.
Boa sorte! Bem precisamos.
Caro colega Anónimo das 11:49,
ResponderEliminar1º- Relativamente a "Abusos" refiro-me à componente não lectiva que não é cumprida por muitos docentes, conheço muitos que leccionam 14 horas por semana e vão para casa o resto do tempo.
2º- Falo em 40 h no local de trabalho porque é o que se diz que será. Para ser mais exacta acho que deveríamos passar as 35h semanais na escola, fazer todo o trabalho individual na escola, preparar aulas, ver testes, etc., claro que teríamos de ter condições (computadores, impressores, eletricidade, mesas, cadeiras....)
3º- Há muita gente que lecciona só de manhã, e ainda tem um dia livre... e não faz mais nada na escola. É a estes abusos que me refiro sim
Cara colega Fernanda, há muitos colegas que leccionam só de manhã (4 vezes por semana) vão ao brunch e já não regressam. Acha bem? Eu proponho que toda a gente passe as 35 horas na escola e pronto! Não se levava trabalho para casa!! E não me importava de trabalhar numa sala desde que tivesse um computador já me desenrascava. Não me parece que a gerência adorasse. Já viu o gasto em electricidade, em impressões... Mas sei de muitos colegas que nunca aceitariam uma solução destas, pois agora passam na escola apenas 14 horitas por semana, o resto em casa, claro que não se importam de fazer umas impressões à custa do seu orçamento pessoal... ou de gastar mais uns euros em electricidade
Eu não sou professor e ocorre-me uma frase que o meu pai me dizia com frequência. "Quem já o tem na barriga que o governe". Foi o que os professores andaram a fazer comandados pelo alucinado Nogueira.
ResponderEliminarRecebi no email este anúncio de recrutamento de docentes para Moçambique e Timor:
ResponderEliminar“Recrutamos professores lusófonos para o ano lectivo de 2013/14 em regime temporário e com permanência de pelo menos 6 meses. As candidaturas podem ser feitas aqui, sendo que os profissionais serão requisitados para ensino superior, em cursos de bacharelato e licenciatura. Podem igualmente candidatar-se docentes Doutorados ou com Mestrado e que tenham, preferencialmente, dois anos de experiência docente comprovada na área em que se candidatam. Os professores receberão uma mensalidade de 4500€.
Será paga também a passagem aérea, em classe económica, de ida e volta do Porto / lisboa para Luanda / Maputo / Dilí, assim como o regresso.
Iniciar Processo de candidaturas através do endereço: world_recruitment@teachers.org
Mónica Azevedo Coordenadora
Equipa Comunitária
Programa K'CIDAD Rua Luís Piçarra, nº 6A
1750-101 Lisboa”
Como QUANDO A ESMOLA É MUITA, O POBRE DESCONFIA, fiz algumas algumas com os dados do anúncio e cheguei ao blogue http://www.desempregados.net. que transcreve uma mensagem de Mónica Azevedo (a suposta coordenadora referida no anúncio):
“Bom dia
Eu apenas reencaminhei esse mail. Não tenho nenhuma responsabilidade ou envolvimento nesse processo, assim como também não o tem a Fundação Aga Khan. Há 2 semanas que recebo dezenas de mails e telefonemas todos os dias por causa deste mail que me parece que deve ser algum tipo de fraude. Peço o favor de reenviarem esta msg a quem vos mandou o mail ou para os sites onde o encontraram para ver se termina. Obrigada”
COMO CAUTELAS E CALDOS DE GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM, FICA O AVISO.
Bom fim de semana!
Enquanto estas e outras não tiverem resolução pagaremos bem caro. Se resolverem os Mega e estas pensões douradas para quê despedir professores?!!
ResponderEliminarhttp://expresso.sapo.pt/fmi-tem-razao-contra-cavaco-bagao-e-demais-reformados-dourados=f778553
Como é que é possível os professores resignarem-se perante o panorama que se adivinha! Os colegas preocupam-se mais com um dia de salário perdido do que com o facto de poderem perder o emprego! Só temos o que merecemos! Tenham coragem! Uma SEMANA DE greve para parar o país! Que trastes! Que vergonha! Os neoliberais são uns fdp! Governo para a rua! Já! Eleições antecipadas!
ResponderEliminarEsta não é uma profissão qualquer de secretaria. É uma profissão de desgaste constante e com uma exigência enorme de preparação intelectual, psíquica e até física permanente. Como é possível não ver isto, não perceber que esta missão de educar 30 alunos x 6/7 ou mais turmas exige dar tudo de nós para ser uma missão bem cumprida. A não ser que queiram destruir esta tão nobre e trabalhosa missão de formar cidadãos de corpo inteiro.
ResponderEliminarAnónimo contratado, lamento informar-te, mas se acabarem as reduções pega nas malas e imigra. Nem para os QZP's haverá lugar!
ResponderEliminarCara colega Fernanda, não sei se a gerência ia adorar! Tenho sérias dúvidas. Conheço é muitos colegas que não gastariam nada da ideia de ter que passar todas as horas da componente não lectiva na escola. Afinal que mal tem fazer as 35 horas na escola? O estado é que pagaria a electricidade, os computadores as impressoras, a internet... nós só teríamos a ganhar.
ResponderEliminarNão é que desagrave a situação, mas a supressão das reduções horárias foi soprada ao Governo pela CONFAP que entregou um estudo com as vantagens económicas (poupança de 860 milhões de euros)da "ideia" que inviavilizará o aumento da carga horária (para 40 hs) semanal. Esse aumento, segundo veio na imprensa, seria para a CONFAP "insustentável"...
ResponderEliminarRicardo,
ResponderEliminarAquele contentor de lixo que aparece sempre que comento significa algo mais do que um adereço?
Bom fim de semana
Fernanda
(como este comentário foi escrito na categoria de Anónimo, talvez apareça. Porque escrevi um agora mesmo, com o meu nome, e não apareceu.)
Ricardo,
ResponderEliminarO contentor de lixo que aparece sempre que comento aqui significa algo ou é um adereço?
ResponderEliminarOra nem mais, os do quadro que trabalhem alguns pouco ou nada fazem, nós os contratados somos uns escravos.
As mudanças que estão a propor não parecem reais!! O próprio FMI assume que é necessário uma maior escolarização da população(até na china pensam assim)... mas querem fazer o mesmo (ou mais), com menos... e despedir 50 mil e substitui-los por professores que tinham reduções de horário é uma brincadeira de criança! Para agravar a situação ainda lhes aumentavam o horário para as 40 horas! Imaginem a quantidade de baixas que iriam "chover" nas secretarias... e a produtividade dos que se aguentassem ao serviço?
ResponderEliminarSejam realistas... o objectivo é outro e provavelmente muito menos ambicioso! Como não lhes consigo entrar na cabeça resta analisar as alternativas:
1ª privatização de parte do ensino? Faz todo o sentido - não se despedem os 50 mil, mas desaparecem da função pública... teriam um maior horário,40 horas, e ganhariam o salário de início de carreira... as escolas que ficassem no estado seriam transformadas em TEIP, reduzindo assim significativamente o financiamento do estado.
2ª prosseguir a estratégia de redução actual de 10 mil por ano... essa estratégia tem limites e provoca um desgaste anual do ministério muito grande;
Na verdade, acho que andamos todos a dormir durante estes anos. Deixamos que preparassem as armas, sem limparmos as nossas. Há que dar o toque de reunir e não dividir. Estamos todos no mesmo barco.
ResponderEliminarAos contratados tenho a dizer o seguinte: fui contratada até aos 45 anos, andei pelo país todo, ilhas e estrangeiro, nunca me virei contra os do quadro, as críticas dos mais novos aos mais velhos, como se eles tivessem a culpa de ter nas nascido primeiro é indecente, para não dizer outra coisa pior.Estudem história, sociologia e economia e depois apontem culpados. Quanto mais direitos perderem os mais velhos, pior será a vida dos mais novos.
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ResponderEliminarInfelizmente vai ser mesmo assim, quando despedirem 25000 professores do quadro, a comunidade até vai pensar que foi bom, podia ser muito pior... os 50000 docentes...
Nunca pensei que fosse possível despedir tantos docentes, até que fui fazer algumas entrevistas nos CEFP. Em conversa com os Diretores, tudo ficou claro. Cursos profissionais, CEFs, EFAs e afins vão para estes centros. Perguntaram-me em todos se tenho disponibilidade para dar mais de 7 horas diárias de formação e carro para circular pelos vários centros que fazem parte da área. Conclusão, em algumas semanas dou 40 ou 50 horas de formação, outras não darei nada. Só recebo as horas de formação efetivamente dadas. Pelas minhas contas ( de merceeiro), que posso explicar a quem interessar, por cada professor colocado nestes CEFP, corresponderão ( +/-) a dez lugares a menos no ensino público. Então, das 914 vagas para os CEFP, vão ser reduzidos nas escolas cerca de 9000 lugares. Se passarem para os 27 tempos letivos, por docente, corresponde a uma redução mínima ( por causa das reduções da compenente letiva dos colegas mais antigos) de cerca de 10 % dos professores que nas circunstâncias atuais estariam no ativo. Queria tanto estar enganado, mas isto vai muito mais além dos docentes contratados... vai haver despedimentos de professores do quadro em todos os grupos.
Lutem. Podemos perder mas não nos vamos render.
Colegas,uma pergunta, provavelmente em local errado.
ResponderEliminarEstou a concorrer a horários das ofertas de escolas. Todos tem entrevista, sou do Porto, como é que tenho dinheiro para ir a entrevistas a Albufeira, Lisboa, Beja, Évora e por aí?
Cumprimentos a todos.
E assim se dá a machada final na educação.
ResponderEliminarO mais triste é ver a inactividade de todos quando se sabe que muitos professores nunca mais vão voltar a dar aulas e que muitos outros serão confrontados com horários e turmas que não vão aguentar.
Os alunos (os da classe média e baixa) deixam de ter um ensino com o mínimo de qualidade que lhe permita vencer na vida e ajudar Portugal a crescer.
No meio disto temos ainda as guerras entre professores e os uns mais inocentes que pensam que gerir as finanças Portugal é como gerir o orçamento lá de casa...
Ana Martins,
ResponderEliminarO que refere são generalizações abusivas. Isto, sim, é um abuso da sua parte para com a esmagadora maioria dos professores que não se comportam assim.
Deixe de olhar apenas para as árvores e veja o fullscreen da floresta.
Pessoalmente, a ideia de passar as horas todas na escola não é uma forma de luta credível nem eficaz.Não tem visibilidade nem efeitos práticos, para além da vingançazita de se gastar mais electricidade, água, papel, o que me parece muito pouco.
Depois, e ainda pessoalmente, embora creie que muitos colegas sintam o mesmo, a componente individual do meu trabalho é feita quando eu quiser, onde eu quiser, com quem eu quiser e, geralmente, com livros, manuais e toda a papelada espalhada pela mesa, cadeiras e chão. Gosto de calçar pantufas e pôr uma coberta nas pernas. Gosto de interromper o trabalho para um cacau quente, um vinho do porto ou um whiskey. Gosto de para e brincar com os meus cães porque me relaxa isso. Gosto de ir falando com os meus filhos e ter tempo para me aninhar nos braços do meu marido. Gosto do silêncio.
Enquanto puder, é isto que farei e nenhuma greve de zelo como a que aponta será viável porque não se aguenta passar mais tempo na escola. Ainda tenho esse privilégio e esta liberdade.
Finalmente, reforço outro tipo de luta que me parece bem mais eficaz: greve por 1, 2, 3, 4 semanas.
Que tal lhe parece?
Fernanda