sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Nos próximos anos...

Diz-se por que serão precisos menos professores nos próximos anos,
Claro que com a razia feita nos currículos, mais horas lectivas para os professores, e outras medidas poderá ser verdade que existe menos necessidades de professores.
As consequências disto são o empobrecimento da Escola Pública e uma degradação das condições de trabalho dos professores, que agora têm que ser super professores para conseguirem sobreviver a estas medidas que interferem negativamente na qualidade do ensino/aprendizagem. ( Todos conhecem casos de colegas com 11 ou mais turmas com 30 alunos.)
E adivinham-se mais medidas gravosas como um novo aumento da carga lectiva dos professores.
Esperemos que quem está a fazer isto à Escola Pública possa ser impedido de o fazer e quando o deixar de fazer que não seja tarde demais.
Esperamos que já no próximo ano sejam precisos mais professores e menos destruidores da Escola Pública. 

5 comentários:

  1. Onde está os pais e a restante sociedade!?
    A luta pela escola pública é da responsabilidade de todos, não só dos professores.!!
    Nós neste momento somos o "elo mais fraco"

    ResponderEliminar
  2. O MEC personificado no Crato perdeu a decência por completo.

    A velocidade a que se reduzem docentes não está meramente ligada ao recuo da taxa de natalidade. Todos sabem disso. Inclusive o próprio.
    Além de que, pouco se ouve referir da obrigatoriedade dos 12 anos de ensino, que não existia até à bem pouco tempo.Parece-me que, independentemente do sitio para onde sejam atirados, serão precisos garantidamente professores.

    E por isso o argumento da natalidade já não colhe.

    É necessário que os professores mostrem que trabalhar com 30 alunos numa sala não é exequível.
    É necessário que os professores lutem por programas educativos progressivamente exigentes.
    É necessário que os professores exijam ser tratados com dignidade e não usados como meros técnicos de ATL.
    É necessário que os professores deixem de olhar para o próprio umbigo e tomem consciência de que o que está em causa é o futuro da educação pública de acesso universal.

    Não faltam motivos para todos nos unirmos em torno de uma causa maior que é a exigência de qualidade do ensino público. Mas vejo muito pouca vontade para isso acontecer.

    Enquanto isso, gastam-se fichas em assuntos menores como vinculações fantasiosas e ADD que não passa de uma fantochada inútil.

    ResponderEliminar
  3. Muitos destes cortes são consequência do "abandalhar" que tivemos durante as últimas duas décadas em termos de política de recrutamento docente, sobretudo durante os governos de Guterres.
    Todos nos lembramos como era há 10 anos atrás:
    - colegas com 2 ou 3 turmas;
    - situações de redução lectiva de 10 horas;
    - centenas de professores nos sindicatos;
    - aposentações aos cinquenta e poucos anos de idade;
    - vagas postas a concursos que resultavam em horário zero;
    - subida automática nos escalões;
    - ausência de avaliação docente séria.
    Enfim, uma vergonha, como se fossemos um país rico. E, mesmo assim, os resultados escolares eram o que eram...
    Nessa altura ninguém se queixou e poucos falavam em exigência.
    Agora, temos o reverso da medalha e quem mais vai sofrer são os professores com menos anos de serviço...

    ResponderEliminar
  4. Pedro:
    Como disse e muito bem o reverso da medalhada,é a pequenez e a vingançazinha na escola pública e nos professores de forma declarada.

    ResponderEliminar
  5. Pedro, na sua intervenção disse tudo. Assino por baixo.

    ResponderEliminar