Mais uma iniciativa do nosso colega Jorge Costa, Membro do Movimento de Vinculação de Professores Contratados que tem feito um trabalho extraordinário no sentido de repor a justiça e a dignidade quanto à situação de precariedade dos docentes contratados.
" Escreve Jorge Costa, autor das petições apresentadas ao parlamento nacional e da União Europeia a solicitar a vinculação de professores contratados, muitos há 10, 15 e 20 anos, o que se traduz por um claro desrespeito dos mais elementares direitos dos cidadãos que se encontram inclusive consagrados na nossa constituição. De referir que, da petição que coloquei à consideração do Parlamento Europeu, pela inércia do governo português, aquela evoluiu para uma queixa contra o Estado português interposta no Tribunal de Justiça da União Europeia da qual se aguarda agora um veredito.
É com muito gosto que lhe escrevo no sentido de propor ao vosso grupo parlamentar que atuem no sentido de avançarem com um pedido de declaração de inconstitucionalidade acerca da manutenção de professores contratados há mais de quatro anos (chegando a existir no sistema centenas de professores com 10, 15 e 20 anos de serviço que nunca foram integrados na carreira), permanecendo numa situação de precariedade e de desigualdade, com um salário mais baixo face aos professores dos quadros das escolas com idêntico tempo de serviço.
Este pedido de declaração de inconstitucionalidade da manutenção desta situação social, baseia-se na convicção do ferimento do princípio constitucional da igualdade de tratamento dos cidadãos, consagrado no n.º1 do art.º 13 da Constituição da Republica Portuguesa:
" Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei."
Complementando este pedido, proponho que seja igualmente solicitada a declaração de inconstitucionalidade do artigo que impede a entrada nos quadros ao fim de quatro anos a contrato, consagrado no diploma referente ao Regime de Trabalho em Funções Públicas, mais concretamente o ponto 2 do artigo 92.º que diz "O contrato a termo resolutivo não se converte, em caso algum, em contrato por tempo indeterminado, caducando no termo do prazo máximo de duração previsto no presente Regime ou, tratando -se de contrato a termo incerto, quando deixe de se verificar a situação que justificou a sua celebração."
É igualmente importante que seja colocado este diploma em confronto com o Código Laboral, aplicado ao setor privado, para vincarmos o ferimento do Princípio da Igualdade, consagrado na Constituição da República Portuguesa, entre cidadãos que exercem funções idênticas (no caso em apreço, funções docentes), no setor público e no setor privado, no que se refere à integração nos quadros (só no setor privado é que ocorre a obrigatoriedade de integração no quadro ao fim de quatro anos).
A par destas alegações, sugiro ainda a anexação a este processo do documento enviado pelo provedor de Justiça ao Ministério da Educação e Ciência, reconhecendo a razão dos professores contratados há mais de 4 anos ao pedirem para serem integrados nos quadros.
Tendo a certeza do melhor seguimento dado à proposta que apresento aos senhores deputados, despeço-me com os melhores cumprimentos. "
Finalmente, alguém tocou na ferida, mas há mais.
ResponderEliminarPREÂMBULO da CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.
1. Todos têm direito ao trabalho.NÃO ME DEIXAM SER PROFESSOR, APENAS DOU AULAS.
2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:
a) A execução de políticas de pleno emprego;O ESTADO PROMOVE POLITICAS DE DESEMPREGO, AO MANDAR CONTRATADOS PARA RUA DEPOIS ADMITE-OS NOVAMENTE.
b) A igualdade de oportunidades na escolha NÃO EXISTE OPORTUNIDADE DE ESCOLHA TUDO É IMPOSTO, ATÉ AS COLOCAÇÕES da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado LIMITAM-NOS PARA NÃO PAGAR MAIS, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;
c) A formação cultural e técnica e a valorização profissional dos trabalhadores.NÃO EXISTE VALORIZAÇAO PROFISSIONAL, QUANDO NAO DEIXAM UM PROFESSOR SER PROFESSOR, ( PARTICIPAR EM PROJETOS, CONTINUAÇÃO PEDAGÓGICA DE TURMAS, ELABORAR PROJETOS, COORDENAR,I CARGOS DE DIREÇÃO, É TUDO AUTOMÁTICAMENTE NEGADO, O QUE SIGNIFICA DESVALORIZAÇAO DO INDIVIDUO E DA SUA PROFISSÃO.
a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna; ISSO NÃO EXISTE ENTRE UM PROFESSOR DO QUADRO COM 15 ANOS DE SERVIÇO, E UM CONTRATADO COM 20 ANOS DE SERVIÇO, QUE FAZ O MESMO TRABALHO.
ETC....
---EM PLENO SEC. XXI---- EM PORTUGAL,
Sou QZP do Baixo Alentejo mas vou para o quarto ano consecutivo a lecionar no QZP do Porto, em dacl. Também será inconstitucional obrigaram-me no próximo concurso a concorrer ao meu QZP?
ResponderEliminarAcho que se devia contestar mais do que para os com mais de 10 anos. E os de 9? e são completos e incompletos? e porque não usar a mesma "formula" de dispensa da prova de ingresso, que abrange muito mais do que os com mais de 10 anos de serviço?
ResponderEliminarPermitam-me a questão de novato - "4anos seguidos para entrar no quadro?" ainda nao percebi bem...
ResponderEliminaresqueci-me de acrescentar - "e na mesma escola?"
ResponderEliminar13 anos investidos numa profissão que provoca stress, desgaste em todos os sentidos. Até durante as férias. Somos a classe mais desunida. Durante anos observei colegas a vincular no 1º ciclo para depois mudarem de quadro. E chego agora a este ponto de pensar que é provável nem ter trabalho no próximo mês de Setembro. Se fossemos mais unidos não colocaríamos questões sobre QZP e QA e DACL ou DAR... tentaríamos ser mais humanos e pensar... há alguém que trabalha há mais tempo que eu e vai ficar sem um elemento básico para a sua sobrevivência.
ResponderEliminarÉ triste. Um dia, quem sabe?
Colegas,
ResponderEliminarAcho que devemos ter calma e agir enquanto grupo organizado e não com atitudes individualistas.
A vinculação é o nosso objetivo e o nosso maior anseio, mas tenho para mim que não podemos nem ficar euforicos, nem desmobilizar.
A iniciativa do colega Jorge Costa parece-me descontextualizada e de um grande individualismo. Se ele faz parte do grupo de vinculação porque enviou essa carta em mnome individual?
Sempre tive para mim que as acções coletivas são mais profícuas se consistentes e bem organizadas.
Mariaa, se calhar nos últimos anos ficou-se sempre à espera de ações coletivas que nunca apareceram... Ainda bem que alguém toma a iniciativa e não continnua à espera das "suas" ações coletivas...
ResponderEliminarPT discordo de que no último ano não tenho surgido ações coletivas.
ResponderEliminarExiste um grupo, desde 2007, que tem vindo a desenvolver um conjunto de ações junto dos grupos parlamentares, do Ministério da Educação, das forças sindicais e outras iniciativas.
O que se está a conseguir, neste momento, não é fruto de uma única iniativa, ainda que louvável, mas de um trabalho persistente e aturado de um grupo de professores que muito tem dado do seu tempo e do seu dinheiro para mobilizar e sensibilizar quem de direito para a injustiça que é a dos professores contratados.
Nos últimos dias, a iniciativa do colega Cesar Paulo conseguiu mobilizar muitos colegas.
Quer queiramos quer não as iniciativas individuais, podem ser muito justas, mas podem comprometer um trabalho que está a ser desenvolvido.
CLARO QUE ESTA É A MINHA OPINIÃO!
Tenho 22 anos de tempo de serviço do Grupo de Economia e Contabilidade. Sem palavras.....
ResponderEliminarSimplesmente vergonhoso.
ResponderEliminarO país transformou-se nisto: UM PAÍS DE RENDAS FEUDAIS SOBRE OS PORTUGUESES.
Vejam o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=KKZalzL3Z-Y
Sempre houve dinheiro para touradas, fundações, institutos e parcerias mas nunca para vincular os professores...
SIMPLESMENTE O DINHEIRO É ROUBADO AOS PORTUGUESES TODOS OS ANOS PARA ALIMENTAR GRUPOS DE ABUTRES QUE CRESCEM DIA APÓS DIA...