Comentário: O tema gera profundas discordâncias na opinião pública, e mesmo dentro da nossa classe as opiniões são divergentes (basta lerem os comentários colocados aqui por alguns colegas). Existem argumentos para todos os gostos, no entanto, parece-me inegável que deixando de constituir uma disciplina contabilizada para a média final, existem fortes probabilidades de um decréscimo de empenho da parte dos alunos (com tudo o que isso possa acarretar).
É verdade, mas é um absurdo prejudicar um miúdo que poderá ser um bom médico porque não tem jeito pata o basket ou futebol. Não faz sentido e os professores de EF não tiveram sensatez e abusaram do poder de dar notas. Há muito que se sabia que os pais estavam profundamente dasagradados.
ResponderEliminarHá cerca de 10 anos, ainda eu era estudante, ed. física era contabilizada na média final do 12º ano, mas não para acesso à universidade! Penso que se mantém assim, não?
ResponderEliminarcaro regras
ResponderEliminarda mesma forma que seria um absurdo prejudicar um miúdo que poderá ser um bom médico porque não tem jeiTo para a matemática ou informática, etc..
haja coerência, equilíbrio e justiça para TODOS
Para um dos anonimos de cima! PAIS DESAGRADADOS,SÓ AQUELES PAIS EM QUE OS FILHOS NÃO QUEREM MEXER O RABO, PORQUE OS PAIS DOS OUTROS ALUNOS NAO PENSAM ISSO. A GRANDE MAIORIA DOS PAIS DEFENDE QUE A ED FISICA CONTE PARA MEDIA.
ResponderEliminarEu não fui para engenharia civil porque era mau a Português ! Tive que ir para professsor de matemática. Vamos então acabar com o ensino do Português! Português a deixar de contar para média de acesso...ou melhor, a contar para a média apenas de alunos que querem seguir a área das linguisticas!O que dizem? Parece bem!
ResponderEliminarHá aqui algumas confusões nos comentários acima.
ResponderEliminarUma pessoa para ser médica não precisa de Ed. Física. Não quero com isto dizer que a disciplina não sirva ou não seja importante. Agora, não me venham é dizer que é importante a nota entrar na média.
Agora, o Português é importantíssimo para todas as áreas. A Matemática é fundamental para um médico. Etc. Etc.
É uma medida completamente acertada, por muito que isso custe aos professores de Ed. Física.
Esta é a medida mais acertada os últimos tempos!!!
ResponderEliminarA grande maioria dos pais defende que esta disciplina só deve contar para a média dos alunos que seguem um curso relacionado comn E. Física, é isso que os pais e toda a gente de bom senso defende!
ResponderEliminarCerto e sabido que a fast Food aumenta nas barrigas da facilidade .
ResponderEliminarDe novos , coitados ; saiem de casa já todos perfumados e perfumadas com a roupinha da moda que se vê nas Novelas da Tv e quem é que quer entrar na escola e despir para ir suar ???
Taditos dos futuros obesos , Portugal já e quase o n.º 1 em obesidade infantil ... depressa vai chegar ao TOP .
País das facilidades ... onde antigamente os nossos avós ... comiam da terra porque só em 1980 e pouco nasce o 1º centro comercial ... e eram activos quanto bastem , no entanto não largam os centros de saúde e andam carregados de medicamentos para tudo de doenças que existem , nã ofrequentaram discotecas e nem tomaram shot´s .
Imaginem agora estes jovens de agora se meterem a actividade física como uma especie de : embuste e a continuarem a tomar alcool destilado do mais barato a partir dos 11 anos até aos 30 anos de idade ... quando tiverem 50 anos estão arrumados a bater com a cabeça na parede !
E em que é que a não entrada da nota de Ed. Física na média final contribui para isso??
ResponderEliminarEste deve ter plano de acompanhamento, deve.... se os alunos hoje "estudam" para médias, e não sabes o que é que contribui para isso? Clic, dava jeito, não.?
ResponderEliminarAbsurda a ideia de fazer contar a nota de EF para um percurso no ensino superior. Bem, se for para um curso superior de desporto... tirando isso é absurdo!
ResponderEliminarAh percebi... estudam muito para Ed. Física, também... ok.
ResponderEliminarLOL
Cambada de ignorantes.
ResponderEliminarAgora até saber dar uns pontapés numa bola e fazer uns cestos e dar umas cambalhotas era necessário para a entrar na Faculdade, querem ver???!!
ResponderEliminarEnquanto pai começo por dizer que concordo inteiramente com esta medida que só peca por tardia, aliás penso que foi um erro alguma vez ter contado para a média do secundário senão vejamos:
ResponderEliminar1- A promoção da prática desportiva ao longo da vida bem como de hábitos saudáveis não depende da nota de educação física, isto é um aluno de 20 a ed. física não é só por si garante de ser amanhã um adulto que adote estas práticas. Mas em contrapartida não sei se por má ou deficiente prática lectiva dos docentes da disciplina conheço alguns que detestam ed. física porque foram sujeitos a humilhações ao longo do seu percurso escolar tais como: serem os últimos a ser escolhidos para as equipas, alvo de chacota quando não conseguem fazer os exercícios sem que muitas vezes os professores os ajudem a ultrapassar as dificuldades, criticas depreciativas dos docentes apelidando-os de descoordenados, obesos, pouco esforço etc. Poder-se-á assim dizer que foi para estes a própria disciplina de educação física a responsável pelo seu afastamento do que muitos dizem ser a essência que justifica a disciplina, obtendo-se assim o efeito contrário ao desejado. Os professores de ed. física raramente elogiam um aluno pelo seu esforço e progresso, sendo mais normal os elogios serem dirigidos aos que têm mais facilidade e obtêm melhores resultados
2- Muitos destes alunos são ou foram excelentes a outras disciplinas (as agora chamadas estruturantes), e a questão que se coloca é saber se estes alunos desde logo discriminados na prática letiva o devem continuar a ser, agora também interferindo no seu percurso académico. Seria penalizar estes alunos duas vezes. A pretexto de quê?
2- Comparar a importância das disciplinas estruturantes com Educação física em termos do exercício de uma futura profissão (inteletualmente mais exigente) só poderá ser aceite num contexto de mera brincadeira. Na verdade um excelente médico, engenheiro, investigador etc, poderá não praticar desporto. Em contrapartida a um detentor de um grau académico superior não é aceitável que não domine corretamente a Língua Portuguesa seja na linguagem escrita ou falada, seja a Matemática como forma de trabalho. Estes devem ter também detentores de uma elevada capacidade de raciocínio.
3- O que acima foi referido justifica claramente a diferenciação entre as várias disciplinas e a sua importância no exercício profissional de todos. Logo a lógica: para situações diferentes medidas diferenciadas, aplica-se na sua pleinitude. Dito de outro modo: não poderemos dar o mesmo tratamento a situações que não são comparáveis.
4- Assim concordo que a nota de Ed. Física entre em linha de conta nos cursos da área do desporto, mas o mesmo não se poderá aplicar relativamente a outras áreas.
4- Finalmente parece-me que os docentes de Ed. Física se preocupam mais em justificar o injustificável do que propriamente contribuir para aquilo que dizem defender, adoptando metodologias e estratégias que não afastem os alunos e neles promovam o gosto pela prática desportiva, contribuindo assim para que cada vez mais os portugueses adoptem hábitos de vida saudáveis através da promoção desportiva. Para isto não é fundamental que a nota conte para a média final.
Analisando todos estes comentários e os restantes do post que falava de educação física, só posso infelizmente concluir que estamos no estado em que estamos por culpa própria.
ResponderEliminarQuer dizer estamos perante o maior ataque de sempre à classe docente, quer contratados quer pessoal dos quadros e estamos aqui a discutir uns com os outros.
Pessoal é isto que o sr. (com letra pequena) ministro crato quer. E nós caímos como patos.
Triste continuar a dar tiros nos pés...
Alguém acredita que é com 135 minutos de aulas de Ed. física por semana que se combate a obesidade?
ResponderEliminarSegundo creio a obesidade tem variadíssimos para além do exercício prático. E são estes fatores que muitas vezes não controláveis pelos alunos e suas familias que causam grande dificuldade no combate a esta doença, causando grande sofrimento a alunos e famílias. No entanto este princípio errado de que a Ed. física só por si consegue combater a obesidade e a transmissão do mesmo para os alunos revela-se injusto, incompreensível e penalizador do ponto de vista da imagem e auto conceito aos que dela sofrem. Já agora conheço professores de educação física obesos. Porque será?
A educação Física é uma disciplina como outra qualquer, e como tal deve ser respeitada como todas as outras.
ResponderEliminartodas são importantes, todas devem contar!
Hoje ataca-se a Ed. Física, no passado recente a EVT e a próxima qual será?
Nessa altura vão os restantes profesores deixar de olhar para o seu umbigo?
A educação é de todos, deverá ser para todos e com todas as disciplinas, independentemente da aptidão com que se nasceu para o exercício físico, cálculo, ou línguas!
PS: para além de estúpida esta medida nem sequer vai ajudar a média final, uma vez que na grande maioria dos alunos até ajuda a média a subir.
ABRAM OS OLHOS!
Existem comentários que são autenticas barbaridades...todas as disciplinas são importantes para a formação académica. Ed Física deverá contar para a média de ingresso? Claro, é uma disciplina como outra qualquer, com metas de aprendizagem, currículo específico, professores licenciados, etc.. li que um médico não precisa de ed. física para nada, pois não, mas será o primeiro a dizer que a prática da actividade física ajudará ao ser humano tornar-se saudável...um cirurgião sem destreza fina motora é um péssimo cirurgião, mas para esses iluminados que querem destruir a disciplina deveriam eles de se deitar numa mesa de operações com alguém sem destreza! Se o nível de exigência da disciplina é assim tão grande que dificulte a vida aos alunos, temos pena, mas o Sr. Nuno Crato assim nos obriga!
ResponderEliminarPorque não fazem uma sondagem ao nível dos alunos para serem estes a abrirem os olhos a mentecaptos ou aberrações que preferem sentar-te atrás de um pc, ou tablet a enfardar MacDonald´s do que um bom e simples jogging no parque da cidade ou uma boa aula de Softball ou Unihoquey...para ser diferente!
Ao que anteriormente escreveu devo-lhe perguntar:
ResponderEliminarConhece ou pura e simplesmente desconhece o percurso académico e não só de um cirurgião?
Sabe qual a formação e provas e acompanhamento que um cirurgião tem antes de poder pura e simplesmente operar? Bem aconselho a informar-se para perceber qual a carreira e o percurso de um médico e certamente não voltará a escrever o que atrás ficou dito.
A informação é fundamental para não cair em descrédito aqueles que fazem semelhantes afirmações.
Não se trata de ser ou não cirurgião mas sim de entrar na licenciatura em medicina. Percebe a diferença? se não conseguir sugiro acompanhamento e explicações e poderá assim ascender a defender o indefensável. Boa sorte
Qual a legitimidade de tirar a nota de E.F das suas médias e não a mais baixa? Já agora porque é que não se tira Física e Química ou Matemática da média de quem quer ir para Desporto?? Não somos todos burros que só sabemos dar pontapés na bola???
ResponderEliminarE.F não continua a ser das disciplinas com melhores notas e com menos negativas? Este ano ao meu 12º ano dei 3, 18, 5, 17 e uma série de 16. A nota mais baixa foi um 13. Tenho a média mais alta de todas as outras disciplinas.
Ao sr. Ministro da Educação, que certamente gostará muito das probabilidades, das variáveis e das capacidades de raciocínio, só lhe tenho a dizer o seguinte:
Num situação jogada, o ser humano tem que analisar e interpretar, mais variáveis do que na maioria das equações matemáticas. Depois disto, ainda tem de selecionar qual a melhor opção dentro de muitas. De seguida tem que aplicá-la utilizando uma série de conhecimentos previamente adquiridos. E tudo isto é feito em milésimos de segundo.
SABIA DISTO SR. MINISTRO????
Anónimo de Cima! LOLOLOL, você é um LOLOL! Talvez um pouco mais de informação sobre a matéria lhe faça bem! Não diga mais coisas parvas! Olhe...nem vou perder tempo consigo a explicar o que quer que seja...Já não há paciência para tipos destes...LER é BOM
ResponderEliminarLOLOL
Anónimo de Cima! LOLOLOL, você é um LOLOL! Talvez um pouco mais de informação sobre a matéria lhe faça bem! Não diga mais coisas parvas! Olhe...nem vou perder tempo consigo a explicar o que quer que seja...Já não há paciência para tipos destes...LER é BOM
ResponderEliminarLOLOL
Falemos um pouco de aptidões. Todos nós temos áreas em que temos mais aptidão do que outras, é algo perfeitamente normal. Os alunos são avaliados por um conjunto de disciplinas que desenvolvem e testam essas mesmas aptidões. A sua média para a faculdade é o resultado dessas mesmas aptidões, ou falta delas.Existem muitos alunos que por mais que se esforcem, por mais que estudem não conseguem atingir um 16 ou 17, nas disciplinas ditas "nucleares". Porque razão é que esse esforço não deve ser valorizado?? Os critérios de avaliação dessas disciplinas dão um peso muito grande aos testes, inviabilizando uma compensação por esse esforço. E.F tem em muitas escolas uma divisão de 60% prática, e os restantes 40% em fatores que não dependem da aptidão prática do aluno.
ResponderEliminarOutra situação:
costumam utilizar a trigonometria, as derivadas, as equações de 2 e 3 grau no vosso quotidiano?? E falo de Matemática pq o atual ministro é da área.
O equilíbrio, a coordenação, a força, a resistência, o trabalho em equipa, o cumprir regras, não utilizam diariamente? E agora dizemos que a disciplina que transmite estes conteúdos não deve contar para a média? E o que dizer de Filosofia ou Física e Química...
Eu acho que todas são importantes, cada uma na sua maneira, eu percebo que a resolução de uma equação trabalha vários aspetos cognitivos, como a capacidade de raciocínio. Um gesto técnico, um movimento tático não está apenas a desenvolver a execução desse conteúdo, está a dotar o nosso cérebro para executar algo que pode ser aplicado em diversas situações no futuro.
Por isso fico revoltado quando leio que E.F é apenas dar uns pontapés na bola. Estou farto que me chamem professor das cambalhotas. Sempre fomos uma disciplina descriminada em que a maioria dos seus profissionais luta diariamente para mudar uma mentalidade redutora e simplista da nossa área.
Agora as pessoas ficam chocadas por estarmos indignados e chateados. CLARO QUE ESTAMOS! RESUMEM TODO O NOSSO TRABALHO A PONTAPÉS NA BOLA!!! O QUE SENTIAM SE VOS DISSESSEM QUE O VOSSO TRABALHO NÃO SERVE PARA NADA???? RESPEITEM-NOS PORRA!!!
"Eric De Boever, Secretário Geral da EUPEA e Presidente da Associação Belga de Profissionais de Educação Física, em resposta à divulgação das matrizes curriculares, dirigiu carta ao Gabinete do Ministro da Educação e Ciência dos Ensinos Básico e Secundário."
ResponderEliminarCaro Alexandre
ResponderEliminarNão foi nem será meu propósito desrespeitar ou ter menos respeito pelos docentes de E. F. Pelo contrário gostaria de deixar claro o meu apreço por todos os profissionais da educação que se dedicam e trabalham diariamente em prol da formação de cidadãos. Bem hajam. No entanto isso não é impeditivo nem tem qualquer relação com a importância e o lugar que e. f. e outras disciplinas devem ter na formação e percurso académico dos jovens, assim como as implicações que as decisões politicas têm na sociedade e em especial nos mais jovens. A E. F. é obrigatória e isso só por si demonstra a importância da disciplina, mais, ela vai ser considerada na avaliação. Pura e simplesmente deixa de ser tida em conta na média final. Não me parece um drama, mas sim uma opção politica com a qual concordo pelas razões que já tive oportunidade de referir neste e outros blogs. Por outro lado dificilmente entenderei a esmagadora maioria dos motivos apresentados por muitos dos defensores da opinião contrária, embora as entenda do ponto de vista cooperativo e não só. Devemos refletir sobre o que nos move, que implicações tem no futuro, que cidadãos desejamos etc, etc.. Por mim deveremos formar cidadãos livres, críticos, com hábitos saudáveis, amantes e respeitadores da natureza, mas fundamentalmente capazes e competentes para construir e desenvolver uma sociedade mais justa e se possível deixar aos nossos filhos e netos uma prosperidade de que não nos podemos neste momento orgulhar. Para isso é necessário mudar, escolher os mais capazes, e se assim for necessariamente todos ficaremos a ganhar. Poderemos divergir na forma de mudar, mas não na essência.
Caro anónimo das 4:33 (pq razão não se identificam???):
ResponderEliminarAgradeço as suas palavras e o meu comentário final não foi para si.
Eu compreendo os seus argumentos, mas discordo deles.
A sociedade não é a mesma de há 20 anos atrás, os alunos já não têm a mesma postura de há 20 anos atrás. Mesmo numa disciplina como a E.F, em que sempre se disse que está entre as preferidas pelos alunos, deparamo-nos cada vez mais com situações de recusa em realizar os exercícios e diminuição dos índices de trabalho.
A maioria dos alunos aplica a máxima do rendimento mínimo, logo o seu rendimento será apenas para o 10 e com os atuais critérios o 10 é fácil de atingir.
Outro problema é o sentir na pele a descriminação da parte dos colegas e e.educação, esta medida vai potenciar ainda mais essa descriminação.
Mas como docente de E.F, o que mais me preocupa é saber (pois eu vivo isto todos os dias)que o desempenho dos alunos vai mudar, logo os objetivos da disciplina estarão comprometidos. Teremos futuros cidadãos que não valorizaram a atividade física numa altura chave do seu desenvolvimento. E isso terá consequências, não tenha dúvidas!!
Acrescento que esta medida é injusta, pois não se baseia em nenhum estudo sobre o impacto da disciplina na média dos alunos. E porquê E.F??? Porque não Filosofia??? Porque não a nota mais baixa???
As vagas do ensino superior sempre foram ocupadas, nomeadamente as vagas dos cursos com melhor média. Se algum aluno ficou de fora foi porque tinha outro que era superior a ele, não quer dizer que fosse E.F a culpada! E mesmo que fosse, não é melhor ter um aluno transversalmente superior a outro nas diversas áreas curriculares?
Porque não valorizar mais a especifica? Diminuindo o peso das restantes disciplinas que não são nucleares para o curso que se quer seguir?
O sr. Ministro optou pelo caminho mais curto, mas por vezes os atalhos não compensam...
Caro Alexandre
ResponderEliminarEm primeiro lugar vou identificar-me, porque nada tenho a temer, muito menos na lógica que eu defendo. Eu compreeendo bem todas as questões que colocou.Mas perceba eu sou pai de uma aluna do 9º ano. Pratica ou já praticou desporto desdes muito cedo, nomeadamente: andebol desde os 6 anos e balet desde os 3 anos de idade. Neste momento ela está no 5º grau de balet ( reconhecido e sujeita a exames pela Royal Academy of Dance de Londres)e faz parte de um grupo de percursão. Pratica atividade desportiva para além do horário da escola, tenta manter um estilo de vida saudável, etc. Do que atrás eu referi penso que não restam grandes dúvidas quanto á sua motricidade e predisposição para a sua prática. Então como se explica que ela não consiga mais do que três desde o 7º ano? Para não referir que esse três muitas é referenciado pela professora???? de quase dois.E foi sua professora durante três anos consecutivos. Como posso eu contestar esta possível arbitrariedade? Não sou detentor de quaisquer elementos que sustentem a deficiente ou ineficiente avaliação da minha educanda. que elementos a docente forneceu aos encarregados de educação? Como sustentou a avaliação da minha educanda e dos restantes? Como posso eu acreditar neste sistema em que a ed. f. define e conta para a média final se não me dá garantias de imparcialidade e justiça? Se não se faz acompanhar de documentos objetivos que sustentem esta avaliação? Assim permita-me que lhe diga: a transparência gera confiança e a confiança gera afinidades e compreensão. Não vale apena falar de objetivos da disciplina, metodologias, ideologias se na prática existe tudo menos isso.
Lamento não poder apoiar mais os docentes de E. F. e outros que são íntegros e tentam rumar contra a maré. Deixo no entanto uma mensagem de força para si e todos os que têm a coragem de dar a cara pelos outros sem que muitas vezes o mereçam
Caro Manuel,
ResponderEliminarProvavelmente a sua filha não sabe dar chutos numa bola, nem fazer uns cestos...
Caro Manuel. Obrigado por se ter identificado.
ResponderEliminarO que menciona é complicado de comentar pois não disponho dos dados todos. O que lhe posso dizer é que o programa de E.F é vasto e obriga-nos a leccionar uma série de modalidades. Posso dar a minha experiência pessoal de como avaliamos na minha escola.
60% - modalidades leccionadas, que variam entre as modalidades coletivas e individuais;
10% - testes de aptidão física, onde são avaliadas as capacidades condicionais (força, resistência, flexibilidade, etc.
10% - componente teórica
10% - percentagem de aulas realizadas (inclui-se o empenho)
10% - atitudes e valores.
Como vê os alunos são avaliados de uma forma transversal, cada caso é um caso. Já tive de tudo, alunos brilhantes em algumas áreas e péssimos noutras.
A conclusão a que chego é que todos aqueles que defendem esta medida, foram "vítimas" direta ou indiretamente (familiares)dos resultados. Eu enquanto diretor de turma tive várias reclamações, a diversas disciplinas, mas nunca desejaram que as mesmas não contassem para a média. Por isso pergunto, e se o mesmo acontecer a outra disciplina, teria a mesmas posição?
Esta é a questão central, as politicas educativas não podem ir ao reboque de casos individuais, que na minha opinião, são uma minoria.
Recuso-me a aceitar que tenha sido esta a razão para retirar E.F da média final dos alunos.
Enquanto Professor de Educação Física, enquanto profissional exijo uma resposta consistente, por parte da tutela e devidamente fundamentada.
Por causa destes casos individuais é que eu defendo a introdução de exame a E.F, assim os próprios docentes de E.F e os seus pais saberiam o que os alunos/filhos teriam de trabalhar ao longo do ano para depois serem avaliados.
P.S- No seu caso, eu já teria pedido um esclarecimento à diretora de turma, até mesmo uma reunião com a docente em causa. Muitas vezes os mal entendidos são resolvidos rapidamente com uma simples conversa.
Cumprimentos e boa sorte para a sua filha.
Só para acrescentar...
ResponderEliminarSabe como é que eu avalio as minhas turmas?
Diferencio-os, adapto os critérios de avaliação ao nível deles, permitindo que uma aluna por exemplo no futebol consiga ter uma nota equivalente a um rapaz que normalmente são superiores. Uns são avaliados em situação analítica, outros são avaliados em situação jogada.
Sabia que as grelhas de aptidão física (fitnessgram) diferenciam os resultados baseando-se no sexo do aluno e na sua idade.
Ou seja, nós, professores de Ed Física fazemos há muitos anos algo que o ME agora quer incluir (turmas de nível), nós na mesma aula podemos estar a dar 3, nós na mesma aula ajustamos os exercícios às capacidades inatas dos alunos, bem como à sua evolução. Nós avaliamos os nossos alunos não apenas num momento (teste), mas ao longo de toda a unidade didáctica.
Nós somos diferentes, e eu tenho orgulho em ser de E.F.
O problema é por sermos tão diferentes, somos tratados de julgados de forma depreciativa. Também temos alguns ovos estragos, mas quem não os tem???
Cumprimentos.
Caro Alexandre
ResponderEliminarCompreendo tudo o que explanou. Acredito que em muitas escolas e com muitos (provavelmente a maioria) dos docentes assim aconteça. Também creio que muitos dos pais que defendem uma posição semelhante á minha tenham familiares que foram vítimas de situações semelhantes ás que vivo com a minha filha. Também não descarto a ideia de ser por escolha dos alunos ou a pior das notas a não ser contabilizada para a média final do secundário. Compreendo que os alunos não são os mesmos nem têm os mesmos comportamentos e atitudes da altura em que fui aluno. Será provavelmente muito mais difícil motivar um aluno para a disciplina de E. F. sabendo que esta não será contabilizada na média final, mas será que se porventura fosse uma á escolha dos alunos não se correria o risco de se transpor esta dificuldade para todas as outras disciplinas, isto é ter alunos desmotivados em todas? A questão que se coloca não tanto esta reconhecida dificuldade dos professores, mas sim a forma como os alunos são ordenados para o acesso ao ensino superior. Na minha situação concreta (e provavelmente de muitos pais) teria em defesa da minha filha duas soluções: ou a mudava para outra escola pública para não correr o risco de voltar a mesma docente, ou então, o mais provável era escolher uma escola privada contornando desta forma a situação. No entanto deixe-me que lhe diga que esta segunda hipótese já levada a cabo por muitos pais, encerra em si mesma uma desigualdade gritante com base no poder económico (as escolas ou colégios privados atribuem por norma melhores notas a E. F, como certamente saberá). No entanto deixe-me que lhe diga: os currículos são iguais, os docentes têm habilitações semelhantes, etc... Considerando o que atrás ficou dito continuo a entender que a posição que defendo embora não seja a ótima, e seja sujeita a críticas, continua a ser aquela que melhor defende os interesses dos alunos.
Já agora digo-lhe que a minha filha tem sido uma excelente aluna desde a Pré-Primária, tendo entrado com no 1º ciclo ainda com 5 anos. Tem normalmente excelentes resultados em todas as disciplinas, mas em particular na Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Educação Visual, TIC. Obteve o melhor resultado do agrupamento que frequentava nas provas de aferição. Quanto a exames nada posso ainda dizer porque vai (está )ser sujeita aos mesmos neste ano (9º ano). Assim, muito dificilmante eu aceitarei que todas estas capacidades reveladas sejam postas em causa pela disciplina de E. F. nas condições que anteriormente referi.
Caro Manuel,
ResponderEliminaro que refere sobre o ensino privado tem uma razão de ser, os alunos têm um perfil diferente, são mais competitivos e trabalhadores. Não é por acaso que as privadas podem escolher os alunos... Além disso, acredito que se existir um professor que dê umas notas abaixo do "normal" (leia-se normal, médias que possam atrair alunos para a dita escola), é provável que o docente não fique lá muito tempo...
Sobre o risco dos alunos não se aplicarem a todas as disciplinas pq podem excluir uma da média, não me parece, pois sabiam que só podiam excluir uma e eles rapidamente fazem essa escolha.
Sobre a "solução" para a sua filha, pode ser fazer um requerimento ao diretor de turma/diretor para que a sua filha mude de turma, evitando assim a docente em causa
Cumprimentos
Acima de tudo é o espelho do país que temos. Numa disciplina onde a média da esmagadora maioria dos alunos é beneficiada, há uma pequena elite poderosa que consegue provocar a alteração de uma lei em seu proveito. (Onde é que já vimos isto?)
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