quinta-feira, 17 de maio de 2012

Contentamento ou submissão?

Desde há uns bons meses para cá que tenho evitado dizer que estou "cheio de trabalho" ou que nem sei para onde me hei-de virar. E se isto acontece é por olhar à minha volta e saber que muitos colegas estão numa situação extremamente precária ou mesmo no desemprego. E alguns, com desemprego de longa duração...

Certo é que os professores que conseguem trabalho (do quadro e alguns contratados) cada vez têm mais tarefas atribuídas, menos tempo para as concretizar e com pior remuneração. 

No entanto, ficam sempre duas dúvidas cada vez que tento silenciar o meu lado mais "queixinhas": Até que ponto é correto dar graças a Deus pelo emprego, e continuar a aceitar aquilo que me é imposto? Qual será o limite entre o contentamento e a "submissão"?

10 comentários:

  1. Idem ""
    A verdade é que também começo a ficar desmotivada. São papeis e mais papeis, cargos e mais cargos...e claro perante a situação de tantos colegas, aceitamos tudo e não nos queixamos.

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  2. E qual é a diferença entre um professor do Quadro e um Professor «Contratado» ?

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  3. Começamos, atualmente, a considerar ter emprego como uma benesse, quando não deveria ser assim - o trabalho é um direito! No entanto, perante o panorama, tê-lo parece-nos uma benção, por isso vamos aceitando tudo, calando tudo. É triste mas é assim que estamos.

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  4. Caro Ricardo
    Após ter conhecimento do panorâma que está a ser imposto pelas DRE´s aos diretores, apesar da sua forte oposição, ao nível da rede escolar, digo-lhe que vai ser uma razia! O trabalho vai ser uma benção!!!

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  5. Eu este ano a determinada altura estava a vir para a Escola e dei comigo no carro a ter inveja de um desempregado...... eu sei que isto não se diz mas quando o trabalho tende para mais infinito e o tempo que temos e o reconhecimento tende para menos infinito. DAMOS POR NÓS A PENSAR ASNEIRAS.

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  6. Não diria que somos afortunados. Esses são os que têm tempo para viver. Nós vamos ganhando algum dinheiro, mais do que o subsidio de desemprego é verdade,vamos pagando as contas, cumprindo os objectivos na escola e tal...Mas e o resto onde fica? Onde está o tempo para ler com prazer, escrever,ver um filme sem adormecer a meio, compor uma música ou para para um qualquer hobbie? Como se pode sair com os amigos, ter tempo para a familia ou paciência para educarmos os nossos filhos, depois de tanto tempo a aturar os dos outros,em escolas com ambientes caóticos, em infinitas e inuteis reuniões? Não, lá porque temos trabalho não somos afortunados. Pela parte que me toca, apesar de ser contratado, recuso tudo o que fuja da minha componente lectiva, passo o menos tempo possivel na escola, e as planificações são as que advêm de 8 anos de experiência. Talvez um dia, quando nos tratarem com a dignidade e reconhecimento que merecemos, volte a ser o professor de 18 valores nos 3 anos de estágio, de Muito Bom e Excelente, que já fui, ou aquele a quem convidavam sempre para dar aulas em colégios privados, para complementar mais um pouco o orçamento. Até lá, tento arranjar tempo para viver, porque a vida é demasiado curta para a desperdiçar com ingratos.

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  7. Olá,
    Concordo em parte com o Luís... e digo em parte porque em boa verdade qualquer pessoa que trabalhe num cargo médio/alto de uma empresa (k já foi o meu caso) trabalha bem maissss k um professor. Somos uns desgraçados pk temos k trabalhar a centenas de km de casa por meia duzia de euros, porque não têm respeito de nós em n situações que se vão sabendo, temos n reuniões totalmente inuteis ( culpa de muitos de nós) mas e repito mas a maioria dos professores n pode dizer k trabalha noite e dia porque isso é mentira salvo raras excepções...
    Abraço
    Pedro_Norte(chat)

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  8. God!
    Isto é o k dá escrever depressa... Sorry pelos erros apresentados no comentário anterior..

    Pedro_Norte(chat)

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  9. Ó Pedro Norte, já chegam os alunos a escrever à SMS...

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  10. J.J.Teixeira de Mellomaio 19, 2012 8:25 da tarde

    Ou opressão? De facto, a gestão dos recursos humanos no Estado é nula ou pouco mais que inexistente, cada vez mais opressora e ditatorial. Ao arrepio, verdadeiramente, de tudo o que se estuda ou pratica até nas melhores empresas. Cada vez mais, seguem os piores exemplos privados...

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