No Público a 30/09/2009: "Os movimentos independentes de professores não vão deixar que os novos deputados tenham tempo para se acomodar. Com o PS sem maioria absoluta, irão exigir que os partidos da oposição cumpram promessas. Primeiro passo: mal o novo parlamento entre em funções, vão solicitar que "sejam agendadas com urgência iniciativas parlamentares com vista à suspensão" do novo Estatuto da Carreira Docente (ECD) e do modelo de avaliação de desempenho que se lhe seguiu, confirmou ao PÚBLICO um dos dirigentes da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE).
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Apesar de o PS estar agora mais fragilizado, os professores na verdade ainda "não conquistaram nada", insiste o dirigente da APEDE, que aponta também um objectivo para este regresso às aulas: "não ceder um milímetro". Este é o desafio pós-eleitoral que propõe aos docentes do ensino básico e secundário e que, para este movimento independente, deve começar por um "boicote ao novo concurso de professores titulares".
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Apesar de o PS estar agora mais fragilizado, os professores na verdade ainda "não conquistaram nada", insiste o dirigente da APEDE, que aponta também um objectivo para este regresso às aulas: "não ceder um milímetro". Este é o desafio pós-eleitoral que propõe aos docentes do ensino básico e secundário e que, para este movimento independente, deve começar por um "boicote ao novo concurso de professores titulares".
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Não se sabe ainda quando serão abertos novos concursos - o PÚBLICO não obteve respostas do Ministério da Educação (ME) -, mas desde meados de Agosto passou a estar disponível no site do ME uma aplicação electrónica para a inscrição de candidatos à categoria de titular.
"Se os professores se precipitarem em massa a participar no concurso, tal significará a cristalização definitiva da divisão da cadeira", adverte a APEDE. Também Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, alerta: "É necessário que não cedam à tentação. Só desta forma poderemos alcançar o fim da divisão da carreira e a revogação do ECD."
Ver Artigo Completo (Público)
"Se os professores se precipitarem em massa a participar no concurso, tal significará a cristalização definitiva da divisão da cadeira", adverte a APEDE. Também Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, alerta: "É necessário que não cedam à tentação. Só desta forma poderemos alcançar o fim da divisão da carreira e a revogação do ECD."
Ver Artigo Completo (Público)
Comentário: Concordo com tudo o que acima foi descrito... Mais, para além de termos de redobrar a atenção também teremos de ser mais interventivos se quisermos que a (aparente) fragilidade do governo PS produza algum tipo de resultado positivo para a escola pública.
Relativamente aos últimos dois parágrafos do artigo: Bem... Também concordo. Na realidade sem divisão da carreira, o ECD esfumar-se-ia em grande parte e não existiria este modelo de avaliação docente. Se não existissem titulares esta avaliação seria invalidada, no entanto, é um problema complexo que não pode ser analisado com leviandade. Mas isso seria começar a "casa pelo telhado"... Não posso criticar quem concorreu a titular e é neste momento titular, tal como não posso criticar quem o irá fazer no futuro. Se o fizesse, também teria de o fazer em tudo o que concerne à avaliação. Bem sei que não são exactamente o mesmo, pois uma é opcional e outra é obrigatória, no entanto, o final acaba por ser o mesmo. Pelo menos, em termos de combatividade ao modelo de avaliação. Já há muito que ando a dizer que o problema começou com a divisão da carreira (e posterior concurso para titular), mas na altura ninguém ligou. Só mesmo quando"doeu" com a avaliação é que as pessoas começaram a estar mais atentas, mas aí já era (e é) tarde demais. Mas chega de divagações...
Cada um decide o que quer fazer de acordo com imensas variáveis (pessoais) que não podem ser alvo de crítica avulsa.
Relativamente aos últimos dois parágrafos do artigo: Bem... Também concordo. Na realidade sem divisão da carreira, o ECD esfumar-se-ia em grande parte e não existiria este modelo de avaliação docente. Se não existissem titulares esta avaliação seria invalidada, no entanto, é um problema complexo que não pode ser analisado com leviandade. Mas isso seria começar a "casa pelo telhado"... Não posso criticar quem concorreu a titular e é neste momento titular, tal como não posso criticar quem o irá fazer no futuro. Se o fizesse, também teria de o fazer em tudo o que concerne à avaliação. Bem sei que não são exactamente o mesmo, pois uma é opcional e outra é obrigatória, no entanto, o final acaba por ser o mesmo. Pelo menos, em termos de combatividade ao modelo de avaliação. Já há muito que ando a dizer que o problema começou com a divisão da carreira (e posterior concurso para titular), mas na altura ninguém ligou. Só mesmo quando"doeu" com a avaliação é que as pessoas começaram a estar mais atentas, mas aí já era (e é) tarde demais. Mas chega de divagações...
Cada um decide o que quer fazer de acordo com imensas variáveis (pessoais) que não podem ser alvo de crítica avulsa.
Até que enfim que tenho possibilidade de apertar contigo... ;)
ResponderEliminarNão posso criticar quem concorreu a titular e é neste momento titular, tal como não posso criticar quem o irá fazer no futuro. Se o fizesse, também teria de o fazer em tudo o que concerne à avaliação. Bem sei que não são exactamente o mesmo, pois uma é opcional e outra é obrigatória, no entanto, o final acaba por ser o mesmo.
Pensa lá um bocadinho comigo.
Então mas não são as duas opcionais?! É que, a meu ver, a avaliação dita obrigatória, é um processo bem mais simples e estéril que aquele que existia anteriormente. A diferença reside na opção de, cada um de nós, se poder candidatar às classificações de Muito Bom e Excelente...
Com base nisto, explica-me lá qual é a diferença entre o concurso de Titulares e a ADD...
É que eu, muito sinceramente, não encontro diferenças nenhumas. :P
Grande Abraço
que eu saiba todas as vagas para o primeiro concurso a professor titular foram preenchidas, e muitos ficaram a chorar por não terem apanhado lugar por uns pontinhos, ou seja que a divisão da carreira ficou definitivamente cristalizada nessa altura. tudo o resto é futebol, a intenção da ministra de "inverter a pirâmide invertida" (palavras dela, em 2006) foi concretizada com sucesso e com a conivência da classe. o ensino público em portugal morreu, os seus restos mortais serão entregues a empresas de engenharia educacional. admiro o empenho do ricardo, mas não posso deixar de subscrever o comentário do hzolio.
ResponderEliminarJá de há uns tempos que os pais tiravam os filhos do Ensino Público e os colocavam no privado, do 10º ano até ao 12º, vá-se lá saber porquê. Com a criação de turmas de CEF, PIEF e outras trapalhadas que por aí vêm, fora o alargamento da escolaridade até aos 12 anos, cada vez mais vamos assistir a este cenário, desta vez em toda a escolaridade obrigatória e não só por uma questão de médias para entrar nas universidades. Já disse isto pelo menos uma vez em comentários neste blogue: os professores contestaram o ECD, mas quando abriu o concurso para titular era vê-los a contar pontos, até os sindicalistas negociaram com o ME a possibilidade de concorrer.
ResponderEliminarCHRIS, faz parte da condição humana... Se não podes com eles, junta-te a eles!
ResponderEliminarInfelizmente, acredito que, quando abrir o próximo concurso, a "afluência" à coisa ainda irá ser maior... Mas a ver vamos!
Bom fds a todos(as)
A minha questão provavelmente está aqui fora de contexto, mas também já não sei onde colocá-la e assim aqui vai: preciso que me informem com urgência, sobre o nº minimo de Educadores para formar o departamento do Pré escolar.
ResponderEliminarDesde já grata pela atenção.
Maria Peres
Para HzoLio: Mas não apertaste...
ResponderEliminarE a resposta é: Não, não são as duas opcionais. A avaliação (com ou sem entrega de Objectivos Individuais) obriga à Auto-Avaliação. E a auto-avaliação como sabes teve de ser feita de acordo com as normas estabelecidas por este modelo... Mesmo que não optasses pelo MB ou EXC, era obrigatória por este modelo de avaliação do desempenho (com o preenchimento da tal ficha).
A avaliação feita nestes moldes até pode ser mais simples ou estéril, mas obriga-nos ao preenchimento de um papel segundo moldes impostos pelo ME. E só isso já diz muito.
O concurso a titular é opcional, ou seja, se não quiseres não concorres. Aliás, em lado nenhum no ECD consta a obrigatoriedade de concorrer a titular.
E está explicado... Esta é a minha visão. Contudo (e deves ter dado conta disso no post), acabei por escrever que independentemente de opções e obrigatoriedades, o final acaba por ser o mesmo, ou seja, ocorre a anuência a um modelo ministerial que nos prejudica a todos no final, pois cria desunião e confusão.
Manda mais dessas. Às vezes é necessário que sejam os amigos a puxar por mim, pois ocasionalmente são esses que o sabem fazer. Estás nesse grupo...
Um abraço para ti.