terça-feira, 3 de março de 2009

Incongruências eleitoralistas.


Nota: Conforme se pode ler no início da notícia: "Sócrates fez o anúncio: pré-escolar obrigatório para as crianças com cinco anos, um ano antes de entrarem no ensino básico. Mas a oferta da rede pública, apesar das melhorias, é escassa e deixa de fora milhares de crianças. Nas creches são 65% os que não têm vaga, nos três anos, 23%". Os pais e encarregados de educação, aplaudem. Bem, há aqui qualquer coisa estranha, pois "nos cinco anos, apenas 4% das crianças ficaram de fora". O problema reside no acesso às crianças com 3 anos, e não no acesso às de 5 anos. Claramente uma medida eleitoralista... E que resolve apenas uma fracção extremamente reduzida do problema.

2 comentários:

  1. Sábias palavras. Bom seria que este raciocínio fosse tido pela população em geral, já que face à absoluta inexistência de creches públicas, esta medida vem apenas prolongar até aos 4 anos o período de angústia (pela falta de vagas) e esforço financeiro (pela ausência de concorrência) de quem se atreve a ter filhos não dispondo de familiares que os possam cuidar. Para quando o reconhecimento do tempo de serviço prestado em creche, a regulamentação de preços praticados pelas creches e o alargamento real do parque pré-escolar?
    Por este andar especializo-me em geriatria e abro um lar, que ao preço a que anda a educação de crianças abaixo dos 5 anos, poucas pessoas poderão continuar a dar-se ao luxo de as ter...

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  2. Um excelente raciocínio. E pejado de razão...

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