Pela primeira vez, em mais de 30 anos de vida, fiquei retido na neve (em plena IP4 - a 3 km do alto do Pópulo). Muitas vezes fiz juízos de valor sobre as pessoas que ficavam retidas na neve. O que eu me fartei de gozar... É para aprender. Pode acontecer a qualquer um.
E para não me rir, estive retido na neve, mais de 5 horas! Para piorar das 12h às 18h, ou seja, em plena hora de almoço e também lanche. A fome que eu tinha! Ponderei mesmo comer folhas secas e acompanhá-las com bolas de neve. A última solução era mesmo digerir as folhas do DR 1-A/2009, que tinha na minha pasta, mas achei que iria vomitar ou então "apanhar" uma indigestão.
Quando já estava a ver tudo a andar à roda, optei por sair do carro e meter conversa com 2 camionistas que estavam a meu lado (curiosamente a mesma começou pela enorme utilidade do "Magalhães" para limpar a neve da estrada. Eh eh eh). Ao fim de algum tempo, estas duas almas caridosas ofereceram-me batatas fritas e uns "bollycao´s" de chocolate (souberam-me pela vida). Ainda bebi um copo de tinto (bastante bom, diga-se de passagem). Foi o meu almoço.
Passadas 2 horas, vem alguém bater-me no vidro do carro a perguntar-me se tinha papel higiénico. Não tinha... Mas tinha guardanapos de papel, e lá os forneci. Ouvi um obrigado e a coisa ficou por ali. Quando já estava quase a dormir, lá vem novamente a mesma pessoa bater-me no vidro e dar-me um quarto de pão de lenha com chouriço. Maravilha... Achei que estava a sonhar com tanta caridade e altruísmo.
Isto tudo para "dizer" o quê?
Que fiquei doente? Fiquei... Que a GNR nem a vi? Correcto... Que os bombeiros passavam a rir? Passavam... Nada disso me interessou no final. O que realmente me importou é ter verificado de forma inequívoca, que o povo português (pelo menos uma parte dele) é solidário. Foi nisso que vim a pensar no resto do caminho de regresso a casa.
E para não me rir, estive retido na neve, mais de 5 horas! Para piorar das 12h às 18h, ou seja, em plena hora de almoço e também lanche. A fome que eu tinha! Ponderei mesmo comer folhas secas e acompanhá-las com bolas de neve. A última solução era mesmo digerir as folhas do DR 1-A/2009, que tinha na minha pasta, mas achei que iria vomitar ou então "apanhar" uma indigestão.
Quando já estava a ver tudo a andar à roda, optei por sair do carro e meter conversa com 2 camionistas que estavam a meu lado (curiosamente a mesma começou pela enorme utilidade do "Magalhães" para limpar a neve da estrada. Eh eh eh). Ao fim de algum tempo, estas duas almas caridosas ofereceram-me batatas fritas e uns "bollycao´s" de chocolate (souberam-me pela vida). Ainda bebi um copo de tinto (bastante bom, diga-se de passagem). Foi o meu almoço.
Passadas 2 horas, vem alguém bater-me no vidro do carro a perguntar-me se tinha papel higiénico. Não tinha... Mas tinha guardanapos de papel, e lá os forneci. Ouvi um obrigado e a coisa ficou por ali. Quando já estava quase a dormir, lá vem novamente a mesma pessoa bater-me no vidro e dar-me um quarto de pão de lenha com chouriço. Maravilha... Achei que estava a sonhar com tanta caridade e altruísmo.
Isto tudo para "dizer" o quê?
Que fiquei doente? Fiquei... Que a GNR nem a vi? Correcto... Que os bombeiros passavam a rir? Passavam... Nada disso me interessou no final. O que realmente me importou é ter verificado de forma inequívoca, que o povo português (pelo menos uma parte dele) é solidário. Foi nisso que vim a pensar no resto do caminho de regresso a casa.
Pois é, quando menos esperamos ficamos encravados, foi, também, o que nos aconteceu na carreira... Eu já contava, e devia, estar num escalão bem diferente do que estou, mas vei o gelo e congelou tudo...
ResponderEliminarEsperemos pela primavera...
A ver vamos quando é que a prima chega, porque por este andar, o melhor é irmos nós à procura dela... ;)
ResponderEliminarLamento colega o que lhe aconteceu... mas, no meio disto tudo, não é confortável o facto de desconhecidos seus partilharem consigo a pouca comida que tinham?
ResponderEliminarÉ nestas situações que se vê ou não o espírito de solidariedade e partilha, não acha?
Não me entenda mal: lamento a sua viagem.
Mas pense apenas no mais bonito que aconteceu e que tão raro é...
Para quink644: Eh eh eh... Esperemos é não ficar congelados mais nenhuma vez.
ResponderEliminarPara alebana: Foi exactamente nisso que eu pensei. E acabei por não lamentar esta viagem, pois o que me sucedeu, foi bem mais importante e enriquecedor que uma "mera" paragem forçada.
ResponderEliminarApesar do sucedido, tudo correu bem para sí!! Não se esqueça que estava rodeado de pessoas com alma transmontana!!! Já estive encurralada numa situação parecida mas devido a um acidente no Inverno e no Centro do país e NINGUÉM se preoccupou com NINGUÉM!!
ResponderEliminarBoa Sorte para o regresso!!!
Pois... Ou com alma transmontana ou que respiravam ar transmontano. Eh eh eh. De qualquer das formas, foram portugueses quem me ajudou. Isso é que interessa.
ResponderEliminarQuanto ao regresso: Agradeço a preocupação. Se for o caso, espero que também lhe corra bem a viagem.