No Diário de Notícias de 11/01/2008: "As escolas públicas portuguesas têm 30 dias úteis para aprovar os instrumentos de medida e registo e estabelecerem os objectivos individuais de avaliação de cada um dos cerca de 150 mil professores que integram a rede. O prazo consta de um decreto regulamentar publicado ontem em Diário da República. Os primeiros resultados destas avaliações, bienais, só serão conhecidos após o ano lectivo de 2008/09.
O novo regime de avaliação e progressão, inscrito no Estatuto da Carreira Docente aprovado há quase um ano, será decisivo para a evolução profissional dos professores, decidindo quem progride mais rapidamente e quem, em última análise, poderá mesmo ser afastado das suas funções. Mas os sindicatos, contrariando o optimismo do Governo, continuam a criticar a mudança e a questionar os seus reais objectivos.
"Nunca nos opusemos a uma revisão do modelo de avaliação", disse ao DN Mário Nogueira, secretário- -geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). "Mas esta é uma mudança feita pela negativa, que parte do princípio que o trabalho feito pelos professores é negativo", acrescentou. "[o modelo] estabelece quotas para os melhores e impede a progressão na carreira a todos os que tenham uma classificação abaixo do 'bom'. A atribuição de uma classificação de 'regular' corta dois anos de serviço na progressão nos professores e há uma vontade de poupar enorme", criticou.
Faltam as fichas de avaliação
A Fenprof - que a partir da próxima segunda-feira vai promover uma "semana de luto" contra o novo estatuto docente, que incluirá vigílias em frente ao Ministério da Educação - duvida ainda da exequibilidade do diploma: "Só se não fizerem mais nada no próximo mês é que as escolas vão conseguir preparar os processos individuais de 150 mil professores", augurou Mário Nogueira. "Até porque ainda não estão definidas as fichas de avaliação. E creio que em 2009 este ou outro Governo vão perceber que o modelo não funciona."
Ao DN, o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, assegurou que as fichas "serão disponibilizadas na próxima semana pela Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação, a par de diversos recursos de apoio às escolas", explicando que tal ainda não sucedeu por decorrer um "processo de discussão do conteúdo das mesmas, nomeadamente com os sindicatos". "Mas as escolas sabem há muito o que vai acontecer", acrescentou o secretário de Estado.
Por outro lado, Jorge Pedreira rejeitou "por completo" a sugestão de que o novo modelo vá conduzir a uma estagnação profissional de grande parte dos docentes: "Não percebo de onde a Fenprof tira a ideia de que há uma orientação para dar 'satisfaz' a todos os professores. Também se poderia presumir que vão ter todos 'bom', contrapôs o secretário de Estado, para quem "uma maioria muito significativa" dos docentes vai subir na carreira a cada avaliação."
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
O novo regime de avaliação e progressão, inscrito no Estatuto da Carreira Docente aprovado há quase um ano, será decisivo para a evolução profissional dos professores, decidindo quem progride mais rapidamente e quem, em última análise, poderá mesmo ser afastado das suas funções. Mas os sindicatos, contrariando o optimismo do Governo, continuam a criticar a mudança e a questionar os seus reais objectivos.
"Nunca nos opusemos a uma revisão do modelo de avaliação", disse ao DN Mário Nogueira, secretário- -geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). "Mas esta é uma mudança feita pela negativa, que parte do princípio que o trabalho feito pelos professores é negativo", acrescentou. "[o modelo] estabelece quotas para os melhores e impede a progressão na carreira a todos os que tenham uma classificação abaixo do 'bom'. A atribuição de uma classificação de 'regular' corta dois anos de serviço na progressão nos professores e há uma vontade de poupar enorme", criticou.
Faltam as fichas de avaliação
A Fenprof - que a partir da próxima segunda-feira vai promover uma "semana de luto" contra o novo estatuto docente, que incluirá vigílias em frente ao Ministério da Educação - duvida ainda da exequibilidade do diploma: "Só se não fizerem mais nada no próximo mês é que as escolas vão conseguir preparar os processos individuais de 150 mil professores", augurou Mário Nogueira. "Até porque ainda não estão definidas as fichas de avaliação. E creio que em 2009 este ou outro Governo vão perceber que o modelo não funciona."
Ao DN, o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, assegurou que as fichas "serão disponibilizadas na próxima semana pela Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação, a par de diversos recursos de apoio às escolas", explicando que tal ainda não sucedeu por decorrer um "processo de discussão do conteúdo das mesmas, nomeadamente com os sindicatos". "Mas as escolas sabem há muito o que vai acontecer", acrescentou o secretário de Estado.
Por outro lado, Jorge Pedreira rejeitou "por completo" a sugestão de que o novo modelo vá conduzir a uma estagnação profissional de grande parte dos docentes: "Não percebo de onde a Fenprof tira a ideia de que há uma orientação para dar 'satisfaz' a todos os professores. Também se poderia presumir que vão ter todos 'bom', contrapôs o secretário de Estado, para quem "uma maioria muito significativa" dos docentes vai subir na carreira a cada avaliação."
Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)
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Preparem-se para este "embate" lendo com muita atenção o Decreto Regulamentar respectivo que podem encontrar aqui no blog. Mal sejam publicitadas as fichas de avaliação colocarei aqui os links para as mesmas.
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